Luz em todo morro

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3 meses depois/ Dezembro.
Véspera do natal.
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Laís Silva
Segunda
20:45pm

Se eu for falar desses três meses que se passaram eu com certeza vou chorar.

Meus hormônios estão a flor da pele e eu me tornei uma chorona.

Mas está tudo acontecendo de uma forma tão boa. O Alex realmente falou sério quando disse que iria participar de tudo, ele faz questão de participar das consultas, de comprar roupinhas, fica mais tempo em casa conosco e acho que o bebê já tomou abuso da voz dele de tanto que ele conversa com ele.

Meus filhos estão sendo anjos na minha vida, Lucas me ajuda de mais na distribuidora, me ajuda a olhar as coisas no computador e também vai lá fazer algumas coisas pra mim.

A Cecília é a minha fiel companheira, está me ajudando a olhar alguns móveis pro quarto do bebê, me ajuda nas coisas em casa, assim como a Maria. Faz questão de ficar conversando comigo e faz todas as minhas vontades.

Eu não estou saindo muito, só pro necessário, achei melhor assim.

Os dias depois da descoberta da gravidez passaram rápido e devagar ao mesmo tempo.

A minha barriga demorou um pouco para parecer, mas agora está crescendo todos os dias um pouco mais e a obstetra que está acompanhado a gestação disse que o meu bebê está muito bem, saudável e crescendo super rápido e que por isso a minha barriga está até maior do que o esperado.
Entrei pro quarto mês a uma semana e já descobri o sexo, vai ser o presente de natal do Alex.
Pra ele tanto faz se for menino ou menina, mas eu quis fazer a surpresa.

Nós também escolhemos os nomes, se for menina será Helena e se for menino será Ravi. Escolhemos estes porquê os dois tem como um de seus significados a luz, porquê será a nova luz de nossas vidas.

De início o Alex encheu o saco querendo que fosse Pedro, mas eu não quis. Noventa e nove por cento dos Pedros não prestam.
Mas Helena ele aceitou desde o começo.

Esse ano vamos passar todos juntos aqui. Quando eu digo todo mundo é todo mundo. Até os pais do Kaique, tanto tempo que eu não os vejo e agora vamos nos reunir.

A nossa confraternização será aqui em casa dessa vez, Alex providenciou uma mesa enorme que vai ficar no quintal.

Ajudei a Maria a preparar a ceia,  mesmo ela me expulsando da cozinha.

Esse ano ela não passará o natal e nem o ano novo aqui, vai com o marido pra casa da filha.

Por isso adiantamos as coisas e mais tarde eu só coloco o que precisa pra esquentar.

O pessoal combinou de chegar umas nove horas. Organizamos um amigo secreto e eu "peguei" o Alex. Por motivos óbvios.

- Tem certeza que ficou bom? Tô me sentindo estranha!- perguntei pro Alex que calçava o sapato. Eu coloquei uma vestido rosa bem clarinho no estilo ciganinha, ele deixou a minha barriga bem desenhada e até um pouco maior. Mas eu estava me sentindo estranha.

Digamos que tem algumas mudanças no meu corpo que eu ainda não me acostumei. O meus seios estão bem maiores e eu já ganhei peso. O que deixou o meu rosto mais redondo.

- Tá linda amor!

- Eu tô gorda não tô? Inchada com a cara redonda!

- Laís para de neura, você não tá gorda, você tá grávida e eu não sei onde você tá vendo rosto redondo, tá linda cara. Para de bobagem- levantou e me abraçou por trás,  me olhando pelo espelho- você é a mulher mais linda do mundo e agora que tá carregando o nosso filho tá mais linda ainda.- colocou a mão sobre a minha barriga e beijou o meu rosto.