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Alex Oliveira
Sábado
2:30am

Baile estava começando a esquentar e eu confesso que já estava planejando ir embora. Quando era mais novo curtia pra caralho um baile até o dia amanhecer, mas agora já perdi o pique. A Laís só veio porquê a Bruna veio, essas coisas nunca foram o estilo dela.

A minha mulher é a mais gata desse baile, gata para caralho usando um vestido tubinho preto com as costas nuas, que embora seja simples, a deixou sexy demais. Além disso, viemos combinando sem nem planejar, não que eu esteja de vestido, só estou de preto também.

Obviamente eu estou gato pra caralho, porquê o pai é charmoso.

As crias não quiseram vir, ficaram na casa da Bruna com a minha mãe, o francês e o Bruno. Tive que reforçar a segurança de lá, pra não ter erro.

A musica alta já estava tocando e não demorou nada pra Bruna levar a Laís pra dançar com ela. Tá pra nascer uma pessoa com a energia da Bruna, não para nem grávida e o dia todo fazendo alguma coisa.

Eu não sei se ficava olhando pra Laís mexendo a bunda na minha frente ou se olhava pros lados pra ver quem estava olhando pra ela.

É meu filho, pra ter essa mulher do lado você tem que ter paciência porquê chama atenção e esses urubus ficam olhando. E se você for paciente vai brigar até com o vento.

Mas é muito pra minha sanidade ver essa mulher dançando, mesmo que timidamente poe estar de vestido.

Depois de dançar pra caralho ela voltou pra perto de mim. Isso porquê o Caco chamou a Bruna pra ela beber uma água, a criança devia tá tonta dentro da barriga.

— Tá toda suada em? Chegar em casa vai tomar um banho, não durmo com gente fedida — jogo os cabelos dela pra trás e passo o meu braço pela cintura dela marcando território descaradamente. Deslizo minha mão por sua barriga e aperto levemente sua cintura. Ela se arrepia e eu gosto de ver que tenho efeito sobre ela.

Um tempo depois já estava pra explodir de vontade de mijar e não deu mais pra segurar. Deixei a minha mulher e fui atrás de um banheiro ou qualquer lugar que desce pra esvaziar.

Acabei entrando no primeiro banheiro que vi e quando saí dei de cara com uma perturbadinha.

— Qual foi minha filha? Vai sair ou eu vou ter que passar por cima?— olhei bem pra fuça dela. Satanás tá querendo me foder.
Pode ir indo de ré coisa ruim. Maria passa na frente, pisa na cabeça da serpente.

— Só queria conversar, Alex— desculpa mas o meu pau não quer conversar com a sua xereca.

— Tenho cara de psicólogo eu? Vai estudar menina — sai batendo no ombro dela de propósito e voltei pro meu lugar. Acho que essa não tinha mais que dezessete anos e tá atrás de papo. Mesmo se eu fosse solteiro não daria moral pra uma menina que tem praticamente a idade da minha filha.

Tem umas garotas que preferem usar o corpo pra ser bancada por traficante  do quer ir estudar.

— Estava mijando um caminhão pipa?— a outra já me olhou desconfiada e eu até pensei em provar por ela estar com ciúmes.

— Eu estava era pisando numa serpente ali, eu em, essas sebosas querendo usar o meu corpinho — passo a mão no meu peito e ela bate na minha mão. Seguro o riso.

— Sei — fechou a cara completamente. Sentou lá na cadeira com um bico deste tamanho.

— Vai ficar com raiva de mim minha deusa? Eu nem fiz nada. Quando eu sai do banheiro uma serva de satanás me fechou querendo assunto, mas Maria já pisou na cabeça da serpente — expliquei certinho e ela ameaçou a rir.

Luz em todo morroOnde histórias criam vida. Descubra agora