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Any Gabrielly's POV

   Não creio que vou para Nova York! Desde o meu último semestre no colégio, não paro de pensar como será estudar na Columbia. Consegui uma bolsa para cursar moda, então não poderia estar mais feliz.

     Converso com Noah quase todos os dias, ainda mais agora que vou morar perto dele. Acerto os últimos detalhes da minha chegada e desligo o celular para dar atenção no que minha mãe diz.

- Não beba, não fume e nem use drogas- começa com os seus protocolos de mãe- se for transar, use proteção e tome a pílula do dia seguinte por precaução- nesse momento, algumas pessoas na sala de embarque olharam para gente, o que fez meu rosto ficar muito vermelho.

- Já deu né mãe- murmuro envergonhada- Vou te ligar quase todos os dias e Noah vai cuidar de mim, fica tranquila- mesmo depois do vexame, sorri e a abracei.

- Mais um bebê meu está indo- sinto lágrimas molhando meus ombros- Vai me deixar sozinha com a louca da sua tia- não pude conter o riso ao ver o rosto de Laura, que estava ao nosso lado.

- Vou fingir que não ouvi isso- ela semicerra os olhos para a irmã.

- Última chamada para o vôo 5487 com destino a Nova York- uma voz robótica corta nosso momento emocional.

- Preciso ir- sorri segurando as lágrimas- Amo vocês- puxo as duas mulheres ao meu encontro e demos um abraço apertado.

- Liga quando chegar- minha mãe grita quando entrego minha passagem e passaporte para a aeromoça.

- Vou ligar- antes de adentrar o avião, acenei para as duas.

     Outra aeromoça se encontra na porta da aeronave, com um sorriso de propaganda dando "bom dia" para os passageiros. Segui até a minha poltrona, localizada ao lado da janela.

     Em alguns minutos, uma senhora se sentou ao meu lado e me cumprimentou com um sorriso fofo.

     Às 12h em ponto, o avião decolou. E nesse mesmo horário, dei um tchau para minha vida antiga e um olá para essa nova fase.

    Seriam longas quase 10h de vôo, então me entreti com um livro de inglês, para me acostumar com o idioma, também assisti "Harry Potter e a pedra filosofal". Metade do tempo já havia passado.

     Conversei um pouco com a senhora simpática ao meu lado. Ela falou sobre os filhos e a netinha de apenas 4 anos. Depois de toda essa conversa, me senti cansada. E depois de comer, adormeci.

[...]

     Desperto com a grande agitação no avião. Pessoas se organizando para sair, pegando bagagens e causando um congestionamento de corpos no corredor principal.

     Olhei o horário no meu celular e vi que eram 21h12. O fuso horário é de apenas uma hora menos do Brasil, então não vou ter problemas para me acostumar.

     Peguei minha mochila no bagageiro e depois de alguns minutos, saí da aeronave. Fui até a parte das esteiras para pegar minha mala, o que, ainda bem, não demorou muito.

     Segui até a porta do desembarque. Ao sentir o ar nova iorquino, sorri como uma criança. Mas logo voltei à realidade.

- Miojinho!- ouvi aquele apelido que não escutava pessoalmente fazia anos.

- Little picles!- corri até Noah e o abracei apertado- Que saudades!

- Demais- ele sorriu e assim pude notar seus detalhes.

     Noah não aparenta ter vinte e três anos, se passaria por dezenove ou vinte com facilidade. Seu rosto está mais maduro, mas o sorriso continua o mesmo.

      Veste um moletom azul, calça jeans escura e seu clássico all star preto. Ele está bem musculoso até, o que é estranho. Porque quando éramos pequenos, Noah era um graveto.

- Vamos, Saby está esperando no carro- diz pegando minhas duas malas e indicando o caminho com a cabeça.

     Ele e Sabina se conhecem desde que Noah tinha dezesseis anos. Viraram amigos em uma viagem que fizemos ao México e depois se encontraram por acaso na grande Nova York.

     Descobriram que cursavam a mesma faculdade e começaram a namorar. O relacionamento dele é de dar inveja, e são bem melosos, mas é fofo toda essa relação de 4 anos.

- Faz tempo que não a vejo- comento olhando a paisagem ao redor.

- Ela está pulando no banco, quase que veio junto comigo- murmura ao meu lado- Mas se ninguém ficar no carro, corre o risco de sermos guinchados.

     O papo encerra quando paramos em frente à um veículo preto. Lá de dentro, minha cunhada desce animada e sorridente.

- Larina!- exclama me dando um abraço sufocante.

- Oi Saby- a cumprimentei com o mesmo calor.

      Ela continua do mesmo jeito de antes, só cortou um pouco o cabelo. Como uma estudante de estética, Sabina está impecável.

     Noah colocou minhas malas no carro e logo entramos, o que me causou um choque térmico pela diferença da temperatura.

     Durante todo o percurso, conversei com Noah e Saby mas não pude deixar de apreciar a paisagem a minha volta.

     Muitas luzes, prédios gigantes, lojas e bares lotados como em uma sexta a noite deve estar. É tão mágico estar aqui.

- Hoje você dorme com a gente- Noah instrui- Amanhã de manhã eu te levo até seu apartamento com Josh. As aula começam terça, então acho que dá tempo de se organizar.

- Tudo bem- concordo sem tirar o sorriso do rosto.

      Não conheço e nunca nem falei com esse tal de Josh. Mas Noah disse que ele é confiável, só um pouco explosivo, porém vou me adaptar logo.

      Paramos em frente à um prédio e entramos no condomínio. Meia hora depois, já estávamos dentro do apartamento quentinho.

      É um loft pequeno mas muito aconchegante. Possui uma suíte, sala com sofá cama e televisão. Cozinha americana e uma pequena lavanderia.

      Pelo cansaço excessivo, meus olhos já estavam pesando. Tomei um banho rápido, coloquei meu pijama e preparei o sofá pra dormir.

       Noah e Saby ficaram no meu pé perguntando se estava confortável, se precisava de algo e etc. Consegui tranquiliza-los e os dois foram para o quarto.

       Com o som da movimentação da cidade, capotei com um sorriso esboçado no rosto. Não vejo a hora para todas essas mudanças.

continua...

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