Capítulo 62

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Comemos conversando o Cria sempre o mais fechado, era 3h da manhã Jady jogou as embalagens fora, deu boa noite e subiu pra dormir fiquei na sala com ele, era um silêncio ele mexia no celular de um lado e eu mexia do outro.
Levantei e fui no banheiro lavei a boca e avisei ele que ia subir também, ele apenas concordou subir, liguei o ar, tirei essa roupa e fui no closet dele pegar uma blusa pra eu dormir, eu nem sou abusada né.
Me vesti, liguei a tv e deitei na cama quietinha, me cobrindo com edredom maravilhoso dele.
Não demorou muito ele entrou no quarto, foi pro banheiro e depois de um tempo saiu de banho tomado e cueca branca, se sentou na ponta da cama mexendo no celular a todo momento, Jady tinha mandando mensagem que toda vez que acontece algo que deixar em preocupado ele se fecha, que ele era assim mesmo conclusão um estranho nem parece o mesmo de hoje cedo, mas entendo também são muitas preocupações e a cabeça dele tá valendo muito.

eu: tá tudo bem? - digo quebrando o silêncio.

Cria: suave - concordei fiquei mexendo no Twitter e apareceu a preocupação dele pra era um vídeo dele e os seguranças era mais de 20 homens na segurança dele, pegava bem o rosto dele e a mídia com certeza ia cair em cima amanhã, com certeza era por isso da operação.

eu: essa é a sua preocupação?

Cria: também po, mas me preocupo mais com meu filho do que comigo mesmo, nem sei do que sou capaz se acontecer algo com esse vacilão! - disse mega cabisbaixo — Mas isso ai tá rodando já em tudo né?

eu: sim, principalmente no Twitter

Cria: se eu descubro quem gravou, porra nem quero imaginar nem corpo sobra pra contar história

eu: nem eu - cheguei me arrepiar no modo que ele falou, no ódio que ele estava.

Cria:  mídia vai querer minha cabeça sinistro agora, tenho que me preparar se acontecer alguma coisa comigo.

eu: tá doido não vai acontecer nada não

Cria: Lauany eu só tenho dois destinos

eu: eu não gosto de pensar Renato

Cria: mas pensa, pois nada dura pra sempre, uma hora sempre a casa cai

eu: para com isso - ele ficou quieto mexendo no celular e fiquei vendo os comentários no Twitter

eu: ou

Cria: oi - falou mexendo no celular.

eu: olha pra mim - falei fingindo irritação

Cria: que foi? - falou me olhando.

eu: não to gostando nada dos comentários, todas te elogiando, não verem que você é feio

Cria: pelo menos vem os elogios, pai tá chato do momento - riu

eu: não to gostando Renato - falo seríssima.

Creia: tá com ciúmes?

eu: não, quem senta sou eu - falei rindo toda convencida, ele veio até mim e me beijou paramos com selinho.

Fiquei mexendo no celular e ele também sentir a claridade.

eu: que susto, a não tira de mim olhando - ele tirou outra foto. — me manda - ele mandou e ficamos um fazendo carinho no outro, mão ali, mão aqui o clima estava esquentando. Era super engraçado como a gente não conseguia ficar só de carinho, a gente sempre pulava pra parte da safadeza, ele começou a chupar o bico do meu peito e apertava outro devagar, ele desceu a mão começou a massagear minha buceta me deixando toda molhada.

eu: ahhhhh..

Cria: hum, gostosa demais - beijou meu pescoço, mordeu meu ombro, ele ia descendo me beijando quando ele ia chegar na minha preciosa o rádio dele começou a chiar e chamando ele.

Cria: puta que pariu - pegou o celular e olhou a hora.

eu: que foi?

Cria: vou ter que sair

eu: tudo bem - olhei no relógio era 4h39, ai só queria ele me comendo. Af

Fui pro banheiro fiz xixi e voltei pro quarto, ele se equipava todo parecia que ia pra uma guerra cheguei a me arrepiar, encarei ele e o mesmo percebeu.

Cria: qual foi?

eu: nada

Cria: com essa cara de cu, queria da uma namorada né - falou rindo.

eu: ummmmm.. - falei rindo

Cria: pena que deu minha hora, queria também po vai que era a última

eu: para de loucura garoto

Cria: né não - rimos.

eu: idiota - ele se despediu me deu um selinho — que Deus te proteja Renato

Cria: amém - ele saiu e fiquei ali com coração apertado, sempre era assim preocupação com meu padrasto, agora querendo ou não fico preocupada com ele. Não to pagando de apaixonada, nem nada do tipo mas sinto um carinho por ele porque quando mais precisei ele esteve ao meu lado, fez eu ter uma certa que gratidão pela pessoa que o Renato é!

Não conseguia dormir por nada, fiz diversas orações, rolava pra um lado pro outro e nada, fui pro quintal apertei um e fumei, estava cheio de bandido na rua era uma escuridão danada, pela primeira vez a favela estava em silêncio uma coisa super difícil de se acontecer, acabei de fumar e deitei na cama com um sono master.

[...]

Acordei com a alguém se deitando do meu lado, abri os olhos lentos e era a Jady por um instante queria que fosse ele e que já tivesse tudo acabado.

Jady: começou - mas mal estava começando.

eu: nem ouvi - acordei meia sonolenta, e pude ouvir o barulho do helicóptero que estremecia tudo, principalmente as janelas que parecia que ia cair, os tiros eram intensos.

Jady: nunca vou acostumar com isso, queria minha irmã aqui, preocupada com eles - fala com os olhos cheio de lágrimas.

eu: vai ser rápido, tenta dormir um pouco que passa mais rápido

Jady: quem dera se eu conseguisse - era assim mesmo até quem não tem envolvimento com traficante não conseguia dormir em paz, muito difícil se ter paz quando se tem operação, o helicóptero fica baixo demais dando tiro sem direção, os policiais entrando nas casas levando as coisas de valores nem se importando se é morador ou não! Comendo as coisas na geladeira, dia de operação realmente era um dia difícil para todos da comunidade!

Cria havia guardado tudo de valor, minha casa também ele passou lá pra pegar as coisas de valores porque não se pode da mole que eles levam tudo, peguei o celular e só dava operação no complexo da Maré. Era muitos tiros, minha dor de cabeça veio forte.

eu: aqui tem remédio pra dor de cabeça?

Jady: tem sim, vou pegar - ela foi e fiquei esperando, liguei pra minha mãe pra saber como ela estava, falei rápido com ela que estava tudo bem, avisei que ela tinha que se manter calma por causa do neném!

Lauanny - Libertina - Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora