🎁 Emoji 22: Presente 🎁

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Depois daquela reação inesperada, tanto Taehyung quanto Jungkook se afastaram no mesmo instante, ambos ficando surpresos e em total silêncio durante longos segundos, tentando interpretar o que havia acabado de ocorrer, evitando se olharem.

O garoto mais novo se levantou desesperado e alegou que estava indo para a sala na frente, não querendo que a professora acabasse notando a falta deles - que não era uma falta presencial, já que suas mochilas e apetrechos estavam em seus lugares.

Saiu pela porta do terraço e desceu a primeira seção de degraus, podendo parar para respirar e pensar no que exatamente havia acontecido. Tae nem havia lhe beijado na boca sequer o tocado em algum lugar alarmante e havia soltado um maldito gemido só de senti-lo em sua orelha.

Rapidamente ergueu sua mão e tocou-a. Não era tão sensível assim, então, por que diabos reagiu de uma maneira tão vergonhosa, quando apenas foi tocado em uma região que nem deveria ser tão sensível? Há pouco Jimin também havia lhe tocado ali, mas não havia se mostrado com tamanha sensibilidade.

Encostou seu indicador sobre seu lóbulo, podendo sentir que a sensação recente da respiração quente do maior e os dentes dele que mordiscaram ali, tudo isso ainda queimava sobre sua pele, contribuindo para que quase morresse de vergonha parado no meio da escada, tentando conter seu nervosismo e breve surto perante àquilo.

Se perguntava o que estava acontecendo com Taehyung, já que ultimamente ele estava tocando-o como nunca havia tocado. Ao menos, não depois que entraram na puberdade e não mantinham os mesmos costumes de quando eram crianças.

Aquele abraço, fazia muito tempo que o maior não o colocava devidamente em seus braços, então Jeongguk nem sabia mais qual era a sensação, mas com certeza foi previsível. O calor que envolveu seu peito assim que Tae lhe abraçou desesperado daquele jeito, foi imenso.

O modo como ele afagou seus fios e fez um carinho com a intenção de lhe fazer parar de chorar o quanto antes, havia sido muito bom e o Jeon só pensava no quão deveria se permitir ser frágil e chorão mais vezes, quando na maioria das vezes, se segurava.

Chorar fácil sempre foi uma coisa que odiou em si mesmo. Se emocionar facilmente com coisas e lágrimas saírem de seus olhos de imediato com qualquer discussão ou coisa boba era deveras ruim, mas sempre havia sido assim.

Claro que agora que estava um tanto velho demais pra ficar chorando por qualquer coisa, dava um jeito de permanecer firme, até porque deveria impor regras a si mesmo, não podia continuar sendo o garotinho que caía aos prantos se desse uma raladinha no joelho ou se seu pai erguesse o tom de voz consigo.

Não queria transmitir uma imagem sua frágil e sensível para os outros, muito menos para Taehyung, então, deveria confessar que por mais que tivesse segurado seu choro no terraço, não foi capaz, não como as outras vezes.

Talvez porque o assunto fosse seu melhor amigo, que também era o cara de quem gostava e nutria um amor platônico há aproximadamente 5 anos. E isso explicava também o fato daquele som ter saído de sua boca quando ele mordiscou seu lóbulo, porque era Kim Taehyung e não importasse onde ele lhe tocasse, se tornaria de imediato sensível em tal região.

Realizar isso não era uma coisa que pretendia fazer tão logo, pois imaginava que os breves contatos que tinha com o maior sempre seriam apenas de brothers e mesmo assim, aquele abraço e a mordidinha que ele deu em sua orelha, lhe fez constatar que não tinha como o mais velho estar pensando em si apenas como amigos, sequer considerá-lo como um irmão como havia dito, não depois do que havia passado a fazer.

O quase beijo em seu apartamento e podia apostar que mais uma vez o moreno parecia querer beijá-lo, só que por alguma razão, desviou e não teve coragem. Talvez por que havia dito que gostava de alguém?

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