43. A verdade

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S/n on

Fazem cerca de dois dias que estou nesse galpão com a mala da Hannah, eu só posso me locomover sob supervisão da mesma. Eu não posso tomar nenhuma atitude precipitada, ela está com aquela maldita arma na cintura. Um passo em falso, e eu me lasco.

Incrível como Jungkook não sentiu se quer uma única vez a minha falta. Não tem ninguém atrás de mim, e eu estou aqui, presa sem ter o que fazer contra isso.

Além de ser um mentiroso filho da mãe, ele me colocou em risco esse tempo todo e pior, era pra me proteger mas não conseguiu me avisar. Certeza que a viagem que fizemos não foi pra termos um tempo só, ele estava com medo, e ele sabia do que acontecia, e agora sabendo que Lee, Mi Sun e Hannah estavam em mesmo trabalho juntas não me surpreendeu nem um pouco. Claro, eu estou assustada e com medo do pior, estamos falando da minha vida, mas tamanha maldade eu não esperaria de mais ninguém a não ser delas ao ponto de matar um ser que ainda estava sendo gerado.

Eu estava com fome, e essa praga havia se ausentado do quarto, eu fui até a porta mesmo com dificuldade e dor pra Andar, ainda sim queria verificar se estava destrancada e pra minha desgraça, não estava. A Hannah pode ser iludida, porém burra nem tanto.

Após ter um surto de estresse, senti meu corpo gelar, e a cabeça rodar. Senti minhas mãos formigar, e derrepente a ânsia de vomito me tomou por completo. Corri para aquele banheiro imundo que estava naquele quarto e me ajoelhei colocando tudo pra fora.

Quando terminei, me sentei no vaso limpando o canto da boca. Ao olhar pra cima, pude ver a Hannah encostada na abertura da porta me observando com os braços cruzados.

Eu apenas a olhava com raiva, essa biscatona esta me mantendo aqui por que ela tem em mente que Jungkook vai me largar por conta dela, mas é o cúmulo.

—Náuseas? —Perguntou ela me olhando. Eu assenti com a cabeça, e ela se virou andando a frente. —Vem até aqui s/n. —ela falou, e eu fui. Em cima da mesa, tinha uma marmita e uma garrafa d'agua. —coma, talvez você melhore. Vou precisar sair então você vai ficar sozinha, e então nem pense em dar uma de espertinha pra cima de mim que de burra eu não tenho nada. —falou e saiu me trancando.

Ah não é? de burra não tem nada? Só o cérebro então. Que sintoma de fome faz vomitar? Sério meu Deus, talvez eu esteja doente apenas e essa sequelada me trazendo comida embora estivesse morta de fome, eu saberia que colocará futuramente tudo pra fora.

Poxa, nem pra trazer um suco, uma coca sei la, água? Isso parece uma prisão sob supervisão. Sequestradora de merda, faz nada direito, serve pra nada.

Sentei naquela mesa quase caindo aos pedaços e abri a comida que essa biscate me trouxe, poderia estar envenenada, porém eu iria morrer de estomago cheio.

Após terminar minha refeição, fui até o colchão velho jogado no canto e me acomodei, eu estava esperando o que ela iria fazer comigo, quando uma pessoa encapuzada entrou.

Aquilo me apavorou de uma forma nova. Algo que nunca havia sentido antes naquele momento, me pegou de jeito! Sentia meus pés formigarem, meu coração acelerar, senti meus olhos arderem e derrepente me peguei quase chorando. Hoje não s/n, hoje não. Eu me envolvi naquele canto de uma maneira tentando me esquivar e não ter contato físico com ele.

Até que finalmente ele fez algo, veio até mim, e se colocou de joelhos em minha frente. Ele pegou minha mão, e deu um beijo nela, na hora eu mal pensei em consequências e tasquei um tapa nele. Senti que agora eu iria me foder bonito!

ᴀғᴛᴇʀ ᴍᴇᴇᴛɪɴɢ ʏᴏᴜ • JK +18Onde histórias criam vida. Descubra agora