67. atritos

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Depois de ontem a noite, jungkook e eu fomos dormir tarde da noite. Ficamos deitados em minha cama, assistindo programas de tv. Óbvio que antes disso eu o levei até a adega de vinhos do papai, ficamos ali juntinhos por algum tempo e depois voltamos ao meu quarto. Jungkook resolveu assaltar minha geladeira na madrugada, roubando minha pasta de amendoim todinha e me fazendo correr atrás dele pra pegar de volta o que era meu.

Dormimos pouco tarde pra acordar muito cedo, para que eu pudesse amamentar as crianças. Eu estava quase a dormir, quando Jungkook entrou pelo quarto, e me avistou sentada amamentando Sunnie, enquanto Haneul brincava no tapete com seus brinquedos. Ele me olhava escorado na porta do meu quarto sorrindo com um copo de suco em suas mãos que havia trazido a mim.

—Seu pai está com visitas. —disse ele.

—Agora de manhã? Sabe quem é? —respondi e ele negou —bem, vou terminar de amamentar nossa princesa e ai a gente desce.

—Está bom, meu raio de sol. — sorriu, pegando haneul em seu colo junto com uma pelúcia que estava próxima. Quando Sun terminou de ser amamentada, ela acabou dormindo no meu colo certo tempo depois. Coloquei-a no berço, e fui em direção a porta quando dei de cara com meu pai com sorriso no rosto.

—Meu girassol, nem vai acreditar quem está aqui! —disse entusiasmado.

—Quem? — perguntei.

—Seu padrinho, e sua familia. Lembra dele quando pequena? —a voz do meu pai sumiu no vácuo daquele espaço, meu corpo formigou dos pés a cabeça e o suor que escorria da minha cabeça era frio. Em segundos meu olhar seguiu a pessoa que subia a escadaria da minha antiga casa, sem dúvidas alguma, era ele. O cara que arruinou minha vida, parado em minha frente com sua liberdade e sem condenações por seus pecados. Eu ainda o odiava, muito. Afinal, como eu iria perdoar alguém que sujou meu corpo puro com suas mãos amaldiçoadas?

—Eu não tenho interesse em ve-lo papai, estou voltando para meu quarto e me avise quando ele for, que ai eu desço. Ande Jungkook, você vai ficar aí?

—Não meu amor, estou indo logo atrás. Se importa em levar Haneul? —me perguntou e eu neguei. Peguei ele de seu colo e entrei ao meu quarto fechando a porta. Mamãe não entendia nada e logo veio atrás, entrando ao meu quarto fazendo aos céus mil e uma pergunta. Claro que eu não respondi, eu ainda sentia muito medo daquele homem e de suas promessas.

S/n off

Jungkook on

Não poderia ser quem eu imaginaria que fosse, ou és o homem que s/n tanto temeu por anos, fazendo se afastar de todos os outros homens bons que pudesse te causar o bem e não o mal. Lembro ainda como se fosse hoje, ela me afastando se haver motivos ou explicações de sua parte. E foi tão fácil quando ela me contou, sem eu insistir no assunto. Parecia que ela precisava desabafar a anos, precisava daquele choro, ela estava presa naquilo e não tinha saída até que ele me contou tudo. Eu odeio esse homem, odeio todo mal que ele causou em minha garota, odeio da raiz de suas unhas até o ultimo fio de seu cabelo.

Quando o termo "padrinho" foi dito entre o vácuo daquele corredor eu pude me recordar em menos de instantes, olhar s/n sem movimentação ou expressão ja dizia e respondia minhas dúvidas. O olhar de deboche e tranquilidade naquele demônio consagrado a homem me dava nojo, e eu só queria meter a porra de um soco no meio daquela cara de cinismo dele.

Quando ela se negou a cumprimentá-lo, meu sogro se espantou com a falta de 'educação' com seu próprio padrinho! Ah mas, se ele soubesse...nem mesmo ele o queria dentro dessa casa, mas eu vou mostrar a esse homem o que é o verdadeiro inferno vivido na terra. Ou eu não me chamo Jeon Jungkook.

—Você deve ser o Jungkook, é um prazer! —Disse o velho. Me aproximei sorrindo ao homem, estendendo as mãos para um cumprimento civilizado.

—Queria poder dizer o mesmo, mas tudo o que eu posso dizer é apenas pra manter cuidado comigo. Se tocar, chegar perto, ou respirar perto da mulher que eu amo, e isso resultar em feri-la de qualquer maneira que seja, peço que viva seu último dia de forma mais plena possível, porque eu te mando direto da terra ao inferno.

—Como você é educado. Mas tenha em mente que eu jamais vou ferir ela. Não teremos atritos, senhor Jeon. Sorriu ele, mas sabemos o que ele queria fazer comigo. e também acho que você não deve ameaçar qualquer um que apareça em sua frente. Você pode se meter em problemas.

—Meu querido, sejamos sinceros e realistas, se eu quiser te meter em uma cela para o resto de sua vida e te deixar apodrecer sem condições de ver sua família, eu faço.

—Não duvido disso. disse ele.

—Então, quem deveria tomar cuidado aqui, é somente você e não eu, meu querido. Agora eu tenho que ir. Foi um prazer em te conhecer, volte menos vezes. disse e entrei no quarto junto com s/n. O pai dela não entendeu nada, muito menos a família do padrinho dela. Na verdade os únicos que entendiam algo era somente eu, s/n e esse nojento!

Continua...

ᴀғᴛᴇʀ ᴍᴇᴇᴛɪɴɢ ʏᴏᴜ • JK +18Onde histórias criam vida. Descubra agora