64. Dear, Yoongi.

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Eu acordei aos braços de Jungkook, que me segurava muito forte em suas mãos. Eu estava atrás da mesa de Yoongi deitada no colo de Jungkook, enquanto ele me protegia agachado no chão por cima do meu corpo. Eu ouvia barulhos de disparos ao meu redor e aquilo me causava pânico, sim, eu estava em pânico.

Jungkook pedia pra que eu não gritasse, mas naquela altura do campeonato não havia como eu não ceder aos gritos de medo que eu sentia. Eu levantei de pressa e vi Yoongi com mais dois policiais aos tiros com Hoseok, Jungkook deu sinal pra que eu não fizesse nada, mas ver Yoongi em risco pra salvar a minha vida e a dele sem eu ao menos tentar impedir qualquer tipo de loucura de Hoseok seria muita ingratidão, depois dele quase perder mais de uma vez a vida pra tentar me salvar.

Antes que eu pudesse me levantar, mais homens a mando de hoseok entraram e se iniciou uma guerra com os policiais. Foi tiro para todos os lados, e ao fechar meus olhos, pedi ao céu que aquilo terminasse de vez e, para total surpresa minha, logo segundos depois por eu clamar pelo fim daquilo, a troca de disparos parou. Jungkook me olhou assustado em dúvida se tinha acabado, e só havia uma única maneira de saber.

Eu fui me erguendo bem lento por de trás da mesa, tanto os policiais quanto os capangas de Hoseok estavam no chão boiando em suas poças de sangue frias e tenebrosas. Yoongi estava mais pálido que o normal com as mãos pra cima. Hoseok por sua vez apontava a arma para ele tremendo, seu cabelo estava bagunçado e o paletó que vestia ja estava no chão. Conseguia enxergar sua coluna através daquela blusa de seda branca fina que ele vestia, ele estava irado, fora de controle e com ódio. Muito ódio! Ele dizia que Yoongi iria parar de atrapalhar seus planos, e ja que não seria por bem, ele disse por fim, que seria por mal.

Meu corpo gelou, mas era preciso. Por mais que eu lutasse contra, eu sei que tinha que ser feito. Era a coisa certa, ele faria o mesmo por mim. Meu vestido branco, estaria manchado de sangue, chegando a pingar mas era isso, meu destino.

—Hey hoseok. —Gritei e ele me olhou.

—O que você quer s/n? Se despedir?! Fui muito bonzinho com você e com essa porcaria de Yoongi. Ele destruiu meus planos, mas ainda não é tarde, se eu mata-lo antes das 4 horas da madrugada você ainda sera minha, e seremos muito felizes juntos, meu amor.

—Hoseok, eu não te amo. Eu te odeio, eu te abomino, você acabou com minha vida, com meus sonhos e a minha esperança! Eu nunca vou te amar, nunca vou te desejar, nunca! você pode me levar, mas eu nunca vou desistir de tentar fugir de você. Eu nunca serei sua.

—A escolha é sua. —disse ele dando de ombros e sorrindo com os lábios fechados.

Derrepente tudo se clareou, eu vi a luz se apagar, e se eu fui embora, espero que eu soube ao menos cumprir o meu propósito aqui na terra.


4 dias depois.

Seuol - Coreia do Sul, Ásia.

16h40, quinta feira.

Jungkook on

Está um dia cinza hoje, chove lá fora e logo estará nevando também. Sun está vestida já esperando por Namjoon, a empresa está fechada e pedi uma força para Nam com as crianças essa tarde. Ele ams crianças, tem se dado muito bem com os meus pequenos e a bebê de Jin Hyung. Ainda estou dando banho em Haneul, ele anda muito choroso nesses últimos dias, mesmo que eu ainda esteja destruído e abalado, era preciso ser forte por eles. Coloquei um terninho preto nele, e sorri ao ver que ele é exatamente o que eu era quando pequeno. Um mini homenzinho, meu retratinho falado! Mamãe iria morrer, e morder muito ele se o visse nessas vestimentas que somente o papai daria conta. Ainda lembro da mamãe colocando uma gravatinha em meu pequeno terno e me levando a imprensa pra me apresentar aos maiores, papai ja se preparava pra se candidatar a política sul coreana, e perdendo feio no mesmo ano para o atual presidente do país. Anos depois ele desistiu da política e abriu uma indústria de exportações. Foi xeque mate total.

ᴀғᴛᴇʀ ᴍᴇᴇᴛɪɴɢ ʏᴏᴜ • JK +18Onde histórias criam vida. Descubra agora