44. Regaste

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eu estava debilitada ainda. Com uma dor imensa no meu pé por conta do tiro que tomei.

Estava um frio devastador, estava escuro e somente a luz da lua iluminava metade daquele prédio em construção.

Eu tive um surto de pânico, onde eu chorava e gritava por toda a extensão daquele andar. O vento da chuva era intenso e me deixava com muito frio. Era tortura aquilo, eu estava com muito pavor. Eu não esperaria tamanha crueldade daquele homem, que aparentemente não é um bom homem, doce e gentil. Ele era mau, horrendo, perigoso...era um risco a sociedade. Como pude me enganar?!

Jungkook está prestes a assinar um contrato esperando ter respostas e sua liberdade de volta. Eu choro por ele...a única coisa que eu fiz por último foi gritar com ele, berrar e o maltratar. Eu nunca mais vou ve-lo?

Não s/n nem parece ser você, há esperanças ainda e devo lutar. Por ele, por nosso amor e pelo nosso bebê que está a caminho.

Eu me recuso totalmente  aceitar a ficar  com Hoseok na marra contra minha vontade só pra ele ter o prazer de ver o Jungkook sem nada. Ok, a historia dele é triste e o senhor Jeon é um homem extremamente ruim, eu sempre soube desde mais jovem quando eu ainda era apenas amiga de JK. A mãe do Jungkook é uma mulher amável e doce, ela ainda ama o amante dela, ainda tem contato com ele, e olha sinceramente eu não me importo. Não me importo mesmo.

Estou aqui, com uma dor insuportável no pé, com ele em uma espécie de faixa, cheio de sangue. Eu não aguento mais esperar, não aguento mais ficar um minuto sozinha e amendrontada pelos acontecimentos dos últimos dias. Eu quero abraçar meus pais, eu quero abraçar Jimin e Solar, eu quero me deitar ao lado de Jungkook, sentir seu toque e seu beijo, ouvir todas as juras de amor dele antes de dormimos, sentir seu beijo...eu quero ver Yoongi e Nam sorrindo mais uma vez...eu quero meu melhor amigo, aquele que cuidou de mim e parecia verdadeiro, eu quero aquela versão de Jung Hoseok.

Não consigo acreditar nessa versão péssima dele, que tristeza eu sinto nesse meu coração. É tão amargura assim, ao ponto de querer matar um cara que sempre fez de tudo por ele? E nunca causou dor? Jogar a responsabilidade de outra pessoa em um inocente e tudo porque ele se apaixonou pela mulher errada...de outro cara...

Eu realmente não vou entender ele jamais pra estar me colocando nessa situação, eu quero minha casa. Eu quero minha família, eu quero meu noivo..

Quebra de tempo.

22hs, Capital do pais, Seoul - Coreia do Sul.

Eu estou deitada a horas, morrendo de dor no meu pé, eu gritei por Hannah e Hoseok por horas e nenhum teve a disposição pra me ajudar. Já desistindo e sem obter respostas de ambas as partes, mancando até o colchão me aconcheguei e me deitei. O temporal estava feio, eu via a chuva cair e os trovões estavam caindo sem parar, as luzes dos raios pareciam flashs de câmeras fotográficas. O único barulho era da chuva e dos trovões, e a minha respiração.

Fechei meus olhos, e derrepente cantarolei uma canção, ah é! Aquela canção de anos atrás...Me lembro até hoje nós 3 na casa de campo, ouvindo sua composição feita pra sua mãe. Eu não lembro tudo, ja que ele cantou apenas uma unica vez, mas eu ainda me lembro: Euphoria. Ele dizia que quando estavamos juntos, ele entrava em utopia. Eu não reconhecia naquela época tudo o que ele sentia por mim, tudo o que deveriamos ter sido desde aquele momento...evitando essa catástrofe toda.

Mais uma vez encontro-me em lagrimas, meu choro agora é baixo, seguido de um aperto no coração. Eu amo esse homem, eu amo ele, seu cabelo, sua voz, suas tatuagens e sua boca...Seu jeito doce, a forma que ele sorria feliz ao me ver em um roupão branco, nosso jeito de se amar, a maneira que ele cuidava de mim, nossas brincandeiras na banheira, o jeitinho que ele desfilava de terno preto fosco com aquele paninho brega vermelho no bolso do paletó, a maneira que ele dizia que eu era sua luz, a pessoa que mudou ele pra melhor, eu sentia tanto amor quando ele descia e me trazia café na cama, de como ele me elogiava mesmo estando toda descabelada. De como dizia: "Não há raridade maior que você" e logo após aquele sorriso, e ah! o sorriso...

Ah imagem dele sorrindo não saia da minha mente, eu nunca senti tanta falta dele, talvez agora, eu sentia mais saudades porque eu sei de fato o que está acontecendo

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Ah imagem dele sorrindo não saia da minha mente, eu nunca senti tanta falta dele, talvez agora, eu sentia mais saudades porque eu sei de fato o que está acontecendo...

Eu escutei barulhos das destrancas abrirem, e por fim a safada silicona plastificada entrou.

Ela veio com uns curativos e veio "limpar meus ferimentos" eu gritava de dor, e ela pouco sentia algo quando ouvia minha agonia se expandir por todo o canto daquele andar.

Quando ela terminou, finalmente fez um curativo descendente e me deu alguns analgésicos pra dor que em breve passaria segundo ela. O que me mais me intrigou nisso tudo, não foi ela ter vindo me "ajudar"  sim ter dito: "foi mal pela bala no pé, mas se me estressou né?!"

Será que a clínica psiquiátrica estava lotada pra essa doente estar a solta? Sério que ninguém nunca se importou com ela o suficiente pra reconhecer que ela é doente? Eu vou tentar, eu vou...

—Hannah? Espere um momento, venha cá. —chamei a bela moça que estava prestes a sair do quarto.

—O que você quer agora S/n? Você ja comeu hoje. —falou.

—não é sobre comida, é sobre você. —falei e ela voltou-se a mim.

—você tem 5 minutos. —Disse se sentando ao meu lado.

—por que faz isso com Jungkook? Você não ama ele?

—Amo muito! —Disse em tom mais arrogante —mas pra ter ele, tem que ser assim. Ele ama você e sempre vai amar, mas saber que posso ter ele pra mim, se estalar os dedos então tudo bem, não me importo se tem que ser assim.

—não faz sentido o que você acabou de dizer.

—não faz, vc tem razão. Mas a verdade é essa! —disse ela. —mesmo que seja dolorido, ele vai ser meu.

—Hannah você precisa de ajuda e sabe disso. Jungkook pode te ajudar e eu também, só seja sincera com as autoridades por favor. Eu sei que você pode se redimir, você é uma pessoa boa e pode se refazer novamente. —Falei e a mulher se pôs a chorar com tristeza profunda, ela tentava limpar as lagrimas mas eram impossível já que eu talvez tenha tocado em seu ponto sensível. —o que você sente pelo Jungkook, não é amor, é independência emocional. Isso é grave, doentio e não te faz bem.

—Eu não sei mais o que fazer sobre isso, eu sinto que Jungkook vai morrer pelas mãos do Hoseok, eu to confusa, eu tenho medo. Se eu trair Hoseok, ele me mata e do que vai adiantar? mas se ele matar Jungkook eu não vou aguentar, eu amo muito ele, ninguem nunca vai amar Jungkook como eu, nem mesmo você. Eu não vou saber viver sem ele. Eu não existo sem ele. E tenho certeza que mesmo que fosse você em meu lugar, nunca estaria disposta a estar nessa posição —Disse se levantando —aliás nem sei por que estamos nessa pauta, você não vai ficar por muito tempo aqui, assim que sair a sentença você e seu novo marido vão se mudar pra Pequim na China. —Disse ela.

—China...Hannah, por favor pense bem...—pedi enquanto ela me olhava seriamente enxugando seu choro. —Hannah! Por favor...não vai...Hannah! —gritei pela mulher que permanecia parada sem me dizer nada. Meu peito apertou, e meu desespero se instalou. Que droga!

Continua....

ᴀғᴛᴇʀ ᴍᴇᴇᴛɪɴɢ ʏᴏᴜ • JK +18Onde histórias criam vida. Descubra agora