ᴀғᴛᴇʀ ᴍᴇᴇᴛɪɴɢ ʏᴏᴜ • JK +18

27. Assine minha carta!

Estar naquela posição, quando consegui finalmente abrir meus olhos com tanta gente a espreita verificando se eu ia ou não os deixa-los era sufocante.

Assim que acordei, via uma luz branca forte em meus olhos igual quando apaguei. Lentamente, ao me recompor naquela cama de hospital, eu pude ver a Solar, meus pais, Jimin e Hoseok me olhando com um olhar de choro, espero que agora seja de alegria. Minha cabeça doía muito, eu estava cheia de dores pelo corpo, havia esquecido completamente o que tinha me ocorrido.

Depois de um tempo sendo medicada por aqueles enfermeiros, pude falar com meus pais e amigos. Era difícil de acompanhar cada um falando mesmo não vendo de fato o que aconteceu! Mas faltava alguém, aqui comigo.

Eles me explicaram o que tinha acontecido, e ai pude me recordar aos poucos, e não demorou para os sentimentos negativos que desenvolvi por Jungkook virem atona. Sim, foi por esse motivo pelo qual o odiei por anos! isso mesmo S/n, volte o que era antes. Só assim pra eu aprender o que um simples coração partido pode fazer com alguém.

Eu queria matar ele, sabe? bater nele até ele virar homem, como em um dia ele me trata com uma mulher de classe, e no outro sem mais e sem menos ele me descartou dessa forma? Não! Isso não vai ficar impune! Jamais, eu me recuso a aceitar essa pouca vergonha vinda dele e essa falta de respeito que ele impôs da noite para o dia entre nós.

Jungkook deve ter desvio de caráter...não é possível. E mesmo irada de raiva, ainda sim dei total atenção a quem permaneceu ao meu lado nesse tempo de fragilidade minha.

Conversei um tempo com eles, e em nenhum momento contei o motivo do acidente, disse apenas que foi um tombo por falta de atenção na minha casa.

Quando deu 14h meus pais tiveram de se ausentar dali, e voltaram ate o restaurante pra continuar com os negócios.

Solar voltou para o café junto com Jimin, mas ela disse que no mesmo dia estaria aqui comigo. Hobi se recusou em me deixar naquela situação, sozinha então permaneceu como acompanhante principal, quando na verdade era pra ser o meu marido.

Ele me ajudou bastante nesse tempo em que eu fiquei internada.

Eu acabei dormindo naquela maca de hospital, e hobi na poltrona ao meu lado, ele não deixou um segundo se quer de segurar minha mão.

No outro dia eu acordei, Hobi ja estava acordado lendo um livro de romance, "O vento da alma" ele era apreciador nato de obras românticas.

—gosta disso?

—sim, é um cliche. Contudo, contraditório! —disse ele olhando por cima dos óculos.

—por que? —questionei. —agora fiquei curiosa!

—ele abandona ela. —disse ele.

—Típico de um homem. —respondi. —nem espero mais nada vindo desse ninho de mau-caratismo

— na verdade não, ela o rejeitou por motivos que ela não soube entender ele, ela também o machucou, ele a deixou porque o personagem principal, mais conhecido como Will na verdade, ele morre no final.

—como assim ele morre? —perguntei. —Que droga é essa que você considera clichê? Meu modo clichê é totalmente diferente do seu.

—Deixa eu fala, apressada! ele era doente, ele sofreu um acidente de moto fazendo-o perder todos os movimentos de seu corpo, mas nao foi culpa dele! ela que foi fraca, além dele se ferir com o processo de aceitação que agora a vida dele não ia ser mais a mesma, ela o feria com falta de compreensão! Will no livro, retrata um homem cheio de dores, com resistência baixa o fazendo ficar vulnerável a qualquer resfriado. A Lu, Luiza Clarke pra ser mais específico, é uma mulher maravilhosa, mas ela não o entendia, não queria aceitar seus motivos mesmo que ele estaria fazendo isso de forma legal aprovada pela Suíça. No final, Will com todo o amor que criou pela Lu, deixou um dinheiro pra que ela também pudesse seguir o que ela queria com certeza! Mas antes disso, ele a guiou até paris.

—mas ele não havia partido?

—Ele a guiou com um pedido que fez antes de concluir ó suicidio. Não existiria ninguém jamais nesse mundo, que ia conseguir mudar o coração daquele homem.

—e isso pra você é romance?

—80% do livro é baseado em momentos felizes, mas no final, ele concluiu o que ele queria fazer desde o acidente.

—ai que horror Jung Hoseok!

—ja te falei que não gosto quando se refere assim comigo? —perguntou ele, fechando seu livro e cruzando as pernas.

—e por que não senhor raio de sol?

—parece brava ou chateada comigo. Apenas Hobi, insisto.

—ok meu querido e tão amado Hobi, mil perdões. —Disse e ele se aproximou dando um beijo em minha bochecha. Quando ele deu conta de que Jungkook entrou e ficou parado nos observando sem se pronunciar, ele decidiu que era sua hora de vazar! Hobi saiu na mesma hora e me olhando com um olhar tipo: "conversem e se resolvam" mas tudo foi feito ao oposto disso.

— Então vcs estão juntos de fato mesmo! Sabia que você continuava a mesma menina baixa de 7 anos atrás. Não mudou nada, uma vez vítima de Taehyung e agora do meu tão e amado companheiro Jung Hoseok.

—você é um nojento mesmo. —disse o desprezando com todos os olharas que eu poderia expressar por ele.

—Agora a culpa é minha por você não ser mulher de palavra?

—E eu tenho que ser mulher aceitando um casamento falso, ser a base de carência do marido e ainda por cima ter a ciência que ele me trai na cara dura pra não se enjoar? se você veio me atazanar ja pode ir saindo, eu não preciso disso.

—Na verdade vim te entregar isso. —Disse me entregando uma pasta. —É sua contribuição com a sociedade, melhor dizendo, seu estágio, ja esta preenchida com o tempo restante, alegando que você fez tudo da maneira correta com horarios e acrescentei uns extras pela viagem e o tempo em que te retirei de seu expediente. Você pode se recuperar, e voltar para as atividades do hospital assim que tiver alta daqui.

—Obrigada, mas eu me demito. Eu não quero mais te ver, muito menos conviver com você.

—Ok fácil assim...Passe no RH assim que sair daqui, acerte seu salário. Suas coisas serão transferidas novamente para seu antigo apartamento. Melhor assim, eu também não queria mais ver você, pois já estava...

—Sentindo o que não deveria? Você é muito sínico mesmo Jeon...Se não for pedir muito, por favor pode se retirar? sua presença é insignificante aqui pra mim. —disse tentando conter meu coração de ter um colapso.

—Ok, adeus. A ultima vez que nós iremos no ver é pra assinar os papeis do nosso divórcio — Disse ele saindo, me virei deitada para o lado oposto sem responde-lo e só sentia as lagrimas caindo em minha pele.

Eu não queria me afastar drasticamente assim, mas doía porque eu sabia que não ia mais tocar nele, sentir seu corpo, ser beijada por ele...Eu realmente amava ele, e me dói mais em pensar que eu também já fui filha da puta com ele anos atrás.  De novo ele voltou pra minha vida, pra intensificar mais os sentimentos que por anos ficaram fraquejados no fundinho do meu coração.

O meu karma não errou, é aquele ditado "O karma tarda mas não falha" e acabei me apaixonando por aquele HOMEM, que me dava nostalgia e alegria mas depois daquele casamento, me deixou angustiada e com crises de insegurança repentina.

QUEBRA DE TEMPO

Fiquei no hospital por 5 dias diretos, Hobi só saia pra mudar a roupa de seu corpo, e voltava pra me ver. Jungkook? nem sinal dele, ele havia me bloqueado de todas as redes comunicativas dele, e fiz o mesmo.

Eu tentei ligar diversas vezes em seu celular, até descobrir que ele restrigiu seu numero pra não receber sms ou ligações minhas.

Me doía ainda mais saber que meu amor por ele só aumentava cada vez mais. Eu sentia a falta dele, eu queria ver ele, mas sabia que nunca mais o veria novamente.

Chorar por ele, virou rotina outra vez. Era fato. Olhar nossas fotinhas juntinhos no meu celular era como uma faca perfurando meu abdômen.

A dor no meu peito e o mau estar faziam parte da minha postura diária. Não comia, não queria conversar...eu queria sumir! Morrer era a melhor opção.

Continua...