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Alex's POV:

— O que você achou sobre o Christian ajudar a gente nas coreografias? — Vitor me pergunta enquanto nós estamos caminhando pelo parque em meio à neve.
— Não sei... Contanto que ele não fique tão perto de você. — Eu digo com um sorriso de lado no rosto.
— O quê? Por quê? — O pequeno me pergunta parando á minha frente.
— Porque eu não gosto que ele fique tão próximo assim de você... Como ele ficou da última vez. Eu tenho ciúmes. — Eu digo isso de uma vez e sinto o meu rosto esquentar e Vitor sorri bobo.
— Porque você sente ciúmes de mim? — Ele me pergunta com um sorriso sapeca que residia em seu rosto.
— Ah... Porquê... — Nessa hora eu começo a ficar nervoso, eu sabia muito bem o porquê de sentir ciúmes dele. Eu sei a resposta e eu quero muito dizer isso a ele, mas, eu não sei como dizer isso... O que eu tenho a perder? Nada!
— Porque eu te amo! — Digo convicto e endureço o meu corpo diante do garoto. Ele me encara estático sem saber o que dizer, a respiração dele está acelerada e o seu rosto está violentamente corado e sua boca levemente aberta.
— Eu te amo muito, eu espero que um dia, nós possamos viajar para Paris, por exemplo.
Se você deixar, eu digo para minha mãe que eu quero me casar com você, para ficarmos juntos para sempre.
Você sempre me diz todas as coisas que eu quero e gosto de ouvir da sua boca.
Quando eu saio, você sempre diz que me quer por perto.
Você olha nos meus olhos, diz que deseja que nós possamos ficar juntos por toda a vida.
Eu torço para que esses sentimentos que nós temos não desapareceram. — Eu termino de dizer isso e Vitor sorri, se vira de costas e continua andando.
— Eu preciso dizer que de todas as mentiras que eu já ouvi, essa do
"Eu te amo" é a minha favorita até agora... — Ele diz sorrindo ladino para mim. — Eu sei que despedidas machucam, mais do que ninguém. Eu não quero me precipitar e você sabe disso... — Ele diz de costas para mim. — Eu preciso ouvir você dizer isso, mais uma vez. Mais uma vez, para que eu possa acreditar... — Ele diz se virando novamente para mim. — Mas ainda assim, de todas as mentiras que ouvi durante toda a minha vida, "Eu te amo" foi a minha favorita! — Ele diz se aproximando de mim, sorrindo.
— Então eu digo bem devagar para você acreditar... — Eu digo me aproximando do pequeno, eu o puxo pela cintura e coloco a minha boca próxima ao seu ouvido: — Eu... Te... Amo! — Sorrio contra o ouvido do menor.
— Eu pensei que eu e você fossemos apenas bons amigos, por mais que a gente não se conheça desde o tempo da escola... — Diz me entregando um de seus lindos sorrisos. — Eu pensei que estava pensando demais, como sempre costumo fazer. — Ele diz encostando a sua cabeça em meu peito e suspirando pesadamente.
— Bons amigos... Nós somos amigos que se conhecem muito bem! — Eu digo soltando um leve riso contra os cabelos negros do pequeno. Eu escuto ele rir e me dar um leve tapa nas costas.
— Você está falando sério? — Ele levanta a cabeça e eu noto que o seu rosto está um pouco molhado de lágrimas. Ele volta a falar: — Você me ama mesmo? — Ele diz com a voz chorosa.
— Sim, eu te amo muito! E eu quero ficar o tempo todo com você. — Eu digo sorrindo e sinto uma lágrima descer solitária pelo meu rosto.
— Eu também te amo, eu te amo muito. — Vitor diz limpando as lágrimas e deposita um beijo calmo em meus lábios e eu retribuo o beijo pedindo passagem com a minha língua. Nós continuamos um beijo quente e fomos interrompidos pela falta de ar se fazendo presente.
— Eu... Te... Amo! — Eu digo para Vitor em meio á selinhos e esfrego os nossos narizes delicadamente. Vitor me dá mais um abraço e eu retribuo sentindo o calor do seu corpo contra o meu.
Depois de mais um tempo andando pelo parque nós resolvemos voltar para o hotel para nos aquecermos.
— Eu vou tomar um banho, ok? — Vitor diz indo em direção á sua bolsa e pegando uma roupa.
— Ok, depois eu vou. — Eu digo isso e Vitor já entra no banheiro. Eu pego o meu celular que eu havia deixado no quarto e resolvo mandar uma mensagem para a minha mãe, quero saber como estão as coisas por lá.

Clara's POV:

— Oi Clara, como está indo o andamento do processo? Você já conseguiu provas o suficiente? O julgamento está chegando.
— Oi Letícia, eu estou tentando coletar o máximo que eu posso para poder provar para o juiz que o seu filho era agredido, mas, está bem difícil achar alguma prova concreta que aquele advogado não distorça á favor do seu marido.
— A gente vai pensar em alguma coisa, precisamos ter calma. Ainda tem alguns dias antes do último julgamento.
— Tem razão, eu vou tentar descobrir mais alguma coisa sobre as mensagens no celular do Arthur.
— Ok, boa sorte!
— Obrigada.

Alex's POV:

— Aconteceu alguma coisa? — A voz de Vitor ecoa pelo cômodo assim que o mesmo sai do banheiro.
— A minha mãe me mandou uma mensagem dizendo que não conseguiu encontrar provas concretas o suficiente sobre o seu caso, e as únicas "provas" que ela encontrou podem e vão ser facilmente distorcidas pelo advogado que o seu pai arrumou, á favor dele. — Eu digo e vejo o pequeno se aproximar com um olhar preocupado e pensativo no rosto.
— A gente precisa pensar em alguma coisa, urgente! A minha mãe precisa vencer este caso, e a gente não pode esquecer que o futuro da sua mãe depende disso. Prometo que eu vou pensar em alguma coisa, ok?
— Você sabe que não precisa se sobrecarregar por conta disso, não quero que você fique se preocupando desse jeito só pela minha mãe. — Eu digo fazendo um cafuné nos cabelos do pequeno.
— Mas mesmo assim, eu vou pensar em alguma coisa que possa ajudar a sua mãe neste caso, eu prometo.
— Ok, mas não fica pensando nisso agora, quer me ajudar a terminar a música? — Eu pergunto para o pequeno com um sorriso e ele sorri de volta.
— Pode ser. — Ele diz e se aproxima e eu o abraço de lado.

Continua...

The Perfect Pace - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora