The Perfect Pace - 2° Temporada

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Alex's POV:
6:32 AM ⏰

Eu acabo de acordar com o despertador tocando alto nos meus ouvidos. Eu me levanto da cama para desligá-lo e vou em direção ao banheiro.
Tomo um banho rápido e desço para a cozinha e encontro a minha mãe preparando o café da manhã.
— Bom dia mãe. — Digo e dou um beijo na sua bochecha.
— Bom dia meu filho. — Minha mãe retribui o beijo enquanto eu pego uma xícara de café e me sento na mesa.
— Alguma novidade sobre o emprego?
— Ainda não. Ainda está tudo em análise. É bem capaz de ainda estar arquivado. — Minha mãe diz com desânimo na voz.
— Ainda?! Mas já se passaram vários meses.
— Para você ver como são as coisas meu filho... — Minha mãe diz golando o seu café. — Oi gente, bom dia! — Minha mãe diz e eu me viro para trás.
— Bom dia. — Priscilla e Vitor dizem juntos enquanto se juntam a mim e a minha mãe na mesa para tomar café.
Nós tomamos café todos juntos e logo depois eu, minha irmã e Vitor saímos de casa indo até à faculdade.

Logo que nós chegamos nós nos encontramos com o resto do grupo e começamos a conversar até que o sinal da primeira aula tocasse.
Quando nós estamos caminhando até a sala Bruna quebra o silêncio:
— Gente, o que é aquilo ali? — Bruna pergunta apontando para algum lugar.
Quando todos nós olhamos para a direção á qual Bruna apontou nós vemos dois garotos andando pelos corredores da faculdade, eram os dois garotos novos de ontem e eles estavam... Sujos?
— O que aconteceu com vocês? — Bruna questiona e então nós começamos a prestar melhor atenção aos garotos. Eles estavam com buracos na cabeça por conta do cabelo raspado à máquina, eles estavam todos sujos de tinta, comida e ovo... Provavelmente podre porque o cheiro é insuportável e as roupas rasgadas e imundas.
— Trote de faculdade, nunca ouviram falar? Já esperávamos por isso. — Leandro diz tirando a sujeira dos ouvidos.
— É... Mas acontece que nessa faculdade a gente não faz trote. — Ingrid diz como se fosse óbvio.
— Tem certeza? Não é o que parece! — Rodrigo diz em deboche e os dois se encaram.
— Absoluta! Quando nós chegamos aqui na faculdade nós éramos novatos assim como vocês dois e não aconteceu nada disso com a gente. Foi tudo normal. — Priscilla diz ajudando os garotos a limpar o cabelo.
— É mas... Ao que parece, agora isso é permitido. — Leandro diz limpando o rosto.
— Não é não! Eu tenho certeza que o reitor não aceitaria isso. Esse aqui é um lugar civilizado. — Bia diz tomando o caminho de volta até a sala.
— É, mas a professora autorizou.
— Quem? A professora nova?
— Ela mesma. — Rodrigo diz caminhando com a gente até a sala.
— Desde quando os professores dessa faculdade permitem esse tipo de trote? — Bruna pergunta exaltada.
— Eu não faço ideia, mas, eu vou ter que entrar na aula desse jeito. — Leandro diz apontando para o próprio corpo.

Vitor's POV:

E o fim das primeiras aulas chegam, agora eu e todo o nosso grupo estamos indo até à biblioteca passar o intervalo lá.
— Que ódio viu! Vai ficar todo mundo olhando para mim o dia todo! — Rodrigo diz irritado ainda insistindo em tentar limpar a sua roupa suja.
— Não adianta você tentar limpar essa roupa com a mão. Não vai sair mais nada daí... — Ingrid diz olhando o garoto e ele dá a língua para ela. — Quem dá a língua pede beijo... Idiota. — Ingrid diz retrucando o gesto do garoto.
— Pega, pode usar. — Eu digo estendendo uma blusa de moletom que estava guardada na minha bolsa e Rodrigo a veste.
Nós nos sentamos na mesa e começamos a conversar até o meu celular começar a tocar. Eu me levanto e atendo.
— Alô?
— Alô? Vitor! Aqui é a Pâmela, tudo bem? Está podendo falar agora?
— Sim, pode falar.
— Eu estava pensando se dá para marcarmos uma reunião com o grupo, temos uma coisa importante para conversar com vocês.
— Dá sim... Pode ser amanhã?
— Amanhã... Podemos... Podemos sim.
— Ok, fechado então.
— Fechado, até amanhã.
— Quem era? — Priscilla me pergunta enquanto eu me sentava novamente na mesa.
— Era a Pâmela, ela marcou uma reunião amanhã com a equipe, ela disse que tem uma novidade para contar para nós.
— Equipe? Que equipe? — Rodrigo pergunta confuso.
— Ah, é que no ano passado aqui na faculdade teve um concurso musical e o prêmio para vencer esse concurso era uma oportunidade de viajar e gravar um álbum... E nós vencemos. É uma longa história... — Bia diz animada.
— Nossa, que maneiro. — Leandro diz.
— Vem com a gente, vai ser legal apresentar vocês para eles. — Ingrid diz fazendo o convite.
— Não vai atrapalhar vocês? — Rodrigo pergunta.
— Não, claro que não. Vem com a gente. — Ingrid insiste.
— Valeu pelo convite, nós aceitamos. — Leandro diz animado e sorri.
Nós conversamos por mais alguns minutos e logo depois o sinal para as últimas aulas tocou.

Letícia's POV:

Agora eu estou a caminho do meu trabalho, desço do táxi com o meu café na mão e entro no edifício.
Logo que eu chego no meu escritório Maurício vem me receber com um bom dia.
— Bom dia Letícia, vai bem?
— Muito bem! E você?
— Hoje eu estou feliz. Eu me sinto feliz. — Ele diz sorridente.
— Hum... Que bom... Algum motivo em especial? — Pergunto me sentando na minha mesa e começando a arrumar o meu espaço de trabalho.
— Daqui a alguns dias eu vou ver a minha filha, ela já chegou da viagem que estava fazendo, mas ela está com a mãe agora.
— Fico feliz por você! — Digo dando um meio abraco no homem e começo a trabalhar.
— Letícia! Eu preciso conversar com você! — Thomas sai da sua sala e grita o meu nome.
— Boa sorte. — Maurício sussurra para mim e eu vou em direção à sala.
— Com licença. — Eu digo me sentando na cadeira á frente da mesa.
— Eu só te chamei aqui para saber como está o andamento do seu livro. Está indo bem?
— Sim, na medida do possível.
— Ótimo, era só isso que eu queria saber mesmo. Já pode ir.
— Com licença. — Saio da sua sala e volto para a minha mesa.
— E aí, como foi? — Maurício pergunta enquanto mexe em seus óculos.
— Ah, nada de mais.
— Hum... Tudo bem— Maurício diz dando de ombros e me entregando um sorriso.

Vitor's POV:

— Ah meu Deus, a minha voz está acabada. O que essa professora está fazendo comigo? — Bia diz com a sua voz em completa rouquidão.
— Ela pega muito pesado meu Deus. Eu odiei essa aula de partituras. Quando eu vou usar isso? — Eu digo igualmente exausto.
— Bom, pelo menos a aula de hoje acabou... Tchau pessoal, até amanhã. — Bia diz e se despede do grupo com Ingrid.
— Nós também já vamos indo, temos que dar um jeito nisso aqui. — Rodrigo diz ainda com resquícios do trote que os meninos sofreram. Eles foram embora e logo só ficamos eu, Alex e Priscilla no portão da faculdade.
— Bom, eu também vou seguindo o meu caminho. Vou dar uma passada rápida na minha casa e ver como a minha mãe está. — Digo arrumando a mochila nos meus ombros e pegando o meu celular.
— Quer que eu vá com você até lá? — Alex me pergunta abraçado a mim.
— Não precisa, eu vou dormir por lá e amanhã nós vamos nos ver. Eu vou tomar cuidado... Prometo. — Eu digo e me despeço de Alex e Priscilla com um beijo na bochecha.
Então começo a caminhar pelas ruas a caminho da minha casa sentindo a brisa gelada bater no meu rosto. Eu começo a prestar atenção na paisagem à minha volta. Faz tempo que não faço isto, paro para prestar atenção no mundo à minha volta.
Estes pensamentos tomam a minha cabeça até eu finalmente chegar na rua da minha casa.
Eu pego as minhas chaves na bolsa e entro na minha casa.
Eu subo as escadas e encontro a minha mãe em seu quarto escrevendo algo em seu computador, eu dou leve batidas na porta antes de entrar.
— Oi meu filho, o que você está fazendo aqui? — Ela pergunta parando de digitar no seu notebook.
— Eu vim aqui para ver se a senhora está precisando de algo e também dormir aqui hoje.
— Tudo bem meu filho, obrigada.
— O que a senhora está fazendo? — Eu pergunto me sentando na cama ao seu lado.
— Meu chefe me passou a tarefa de escrever um livro... A sorte é que não tem prazo para entrega, então posso escrever ele no meu tempo, mas, mesmo assim não é tão fácil.
— Entendo, mas eu acho muito legal. Espero que a senhora consiga e, se precisar de ajuda pode falar comigo.
— Obrigada meu filho. Pode deixar. — Minha mãe diz me dando um beijo na testa e eu vou ao meu quarto para dormir.

Clara's POV:

Eu estava na sala lendo um livro e esperando os meus filhos chegarem, eu acho um pouco estranho eles ainda não terem chegado sendo que já passou do horário da saída deles.
Eu escuto batidas na minha porta e me levanto para abrir e ver quem é.
— O que você está fazendo aqui Renato? — Eu pergunto ainda espantada de ver ele aqui.
— Eu quero conversar Clara. Por favor, me escuta.
— Não tenho nada para escutar Renato.
— Por favor, me dá uma segunda chance. Eu quero tentar recomeçar a nossa família. Eu sei que eu errei e...
— Mas eu não sei Renato! Você sabe o que você fez, mas eu não sei. O meu filho não fala sobre isso até hoje.
— Foi por isso que eu voltei. Eu quero me redimir. Eu preciso conversar com o Alex.
— Você sabe muito bem que ele não quer te ver na frente dele nunca mais.
— Eu sei, e eu não tiro a razão dele, mas, por enquanto eu quero conversar com você. Por favor, vamos tentar.
— Tudo bem Renato... Uma chance. Vamos marcar um almoço amanhã para conversar... Tudo bem?
— Tudo... Tudo ótimo. Até amanhã então.
— Até Renato.

Continua...