Vitor's POV:
Eu não sei o que pensar agora. Eu estou no táxi a caminho do tribunal, eu não consigo explicar o meu nervosismo... As minhas pernas tremem, as minhas mãos estão suando e a minha mente está um turbilhão de pensamentos.
Alex parece ter percebido o meu estado já que no caminho todo ele me disse que vai ficar tudo bem, que dará tudo certo mas... Isso não está ajudando muito. Eu nem mesmo pensei nas coisas que eu vou dizer para testemunhar contra o meu pai ou o que eu poderia dizer em minha defesa ou em defesa da minha mãe. Eu só sei que eu vou dizer o que a minha mente me mandar dizer.
De repente eu começo a pensar em como a minha vida mudou, eu era apenas uma criança apaixonada por música que tinha todo o apoio da minha mãe e agora eu estou aqui, a caminho de um tribunal indo testemunhar contra o meu próprio pai que agredia a mim e à minha mãe.
— Vitor? Vamos? A gente já chegou. — Alex diz fazendo carinho em minha mão e me despertando de todos esses pensamentos infelizes.
Eu desço do táxi e olho para a fachada do tribunal, imediatamente um choque percorre cada centímetro do meu corpo e eu sinto um frio na barriga enorme, acompanhado com uma náusea muito forte.
— Olha, se você quiser desistir não tem problema. A gente está colocando em jogo a sua saúde mental aqui. Tem certeza de que quer continuar? — Pergunta Alex parando atrás de mim.
— Não eu... E-eu estou bem. A gente pode entrar. — Eu digo me virando para o homem e entregando um mínimo sorriso ao mesmo que apenas vasculha a minha expressão com seus olhos castanhos.
Nós caminhamos em passos lentos até a entrada do tribunal, assim que adentramos o local uma brisa gelada corre por todo o meu corpo e me arrepia, e então, a náusea de novo. Quando de repente, nós paramos.
— O que houve? — Eu pergunto me virando para Alex que parecia pensar em algo.
— Não... Nada, só... Fica aqui, eu já volto. Não sai daí, por favor. — Ele diz me olhando e logo se afasta.
— Tudo bem, mas, não demora. — Eu digo e logo ele some do meu campo de visão. Eu começo a olhar para todos os lados daquele corredor frio e vazio onde eu me encontrava.
Eu sei que pode ser só apenas uma paranoia minha pelo meu nervosismo, mas, eu estou com muito medo de que aquele homem possa aparecer por aqui e tentar fazer algo comigo, caso ele descubra que eu estou aqui.
Minhas mãos começam a tremer e a suarem descontroladamente e as minhas pernas ficam bambas, eu sinto um nó se formar na minha garganta e uma fina lágrima desce pelo meu rosto.
Isso tudo é medo? Por quê?
Eu me apoio na parede fria e escura daquele corredor e tento regular a minha respiração, eu fecho os meus olhos e começo a respirar fundo, tentando pensar em qualquer outra coisa que não seja o nojento do meu pai.
Minha linha de raciocínio é interrompida por uma mão repousando em meu ombro e como um mecanismo de medo e defesa do meu próprio corpo eu dou um leve pulo de medo e fico imediatamente em alerta, assim que eu me viro para ver quem havia tocado o meu ombro eu dou de cara com Alex.
— Olha só, eu já conversei com o juiz que vai apresentar o caso do seu pai e eu também já te apresentei como a testemunha chave do caso, você vai ficar em uma sala esperando ser chamado pelo juiz, tudo bem? — Alex diz olhando no fundo dos meus olhos e me dando um sorriso ao final, tentando me confortar.
— Tudo bem, a gente pode ir. — Eu digo convicto da minha decisão e nós começamos a caminhar em direção à sala onde eu ficaria, Alex me estende um copo de água e eu bebo.
— Obrigado. — Eu digo para o homem tentando sorrir e ele faz o mesmo.
— Aqui, chegamos... — Alex diz ao parar em frente a uma grande porta de madeira escura e maçanetas adornadas a ouro. Ele abre a porta da sala e me dá passagem para eu entrar. — Fica bem. — Ele me faz um carinho na bochecha e logo deixa a sala e fecha a porta.Alex's POV:
Assim que eu deixo Vitor naquela sala eu começo a caminhar em passos rápidos pelos corredores daquele lugar até chegar a sala principal, onde o julgamento aconteceria.
Eu chego em uma porta, que não é a principal, e entro. Ela dá para uma espécie de piso superior onde eu pude ter uma ampla vista daquela sala, ela era enorme e muito bem decorada. As pessoas importantes do lugar já começavam a chegar e logo eu pude avistar a minha mãe de longe com outra mulher, a mãe de Vitor.
Eu desço do piso superior e vou caminhando em passos lentos e demorados até a minha mãe, assim que avisto o seu banco eu chego perto e me sento, ela não parece ter notado a minha presença até aquele momento.
— Meu filho?! O que você está fazendo aqui?! — Eu escuto a voz da minha mãe sair sussurrada, porém exaltada ao mesmo tempo.
— Mãe, agora eu não tenho tempo de explicar, quando eu sair daqui eu te explico tudo. — Eu digo olhando para a minha mãe que dá um aceno de cabeça ainda sem tirar seus olhos de mim.
Nosso olhar é quebrado pela porta do tribunal se abrindo e revelando o juiz em seus tradicionais trajes e se posiciona no púlpito, logo toma a sua fala:
— Vamos dar início a este processo apresentando o réu, Arthur Palmeira... — Assim que o juiz diz isso a porta lateral da sala é aberta revelando o homem que é seguido de dois... Policiais, eu acredito? E ele se senta na cadeira que fica um pouco abaixo do púlpito do juiz. — E o seu advogado de defesa, Patrick Oliveira. — Assim que esse nome é citado, um homem alto e com olhos claros se levanta e se senta rapidamente.
— A advogada de defesa Clara Petrillo e a sua cliente, Letícia Santos... — Minha mãe se levanta e logo senta.
— Antes do início deste julgamento, me foi notificado de última hora que uma testemunha chave deveria ser apresentada a esse julgamento, então eu peço a entrada da testemunha, filho de Letícia Santos e Arthur Palmeira, Vitor Santos.
Assim que o juiz diz o nome dele, a minha mãe e a mãe de Vitor me olham incrédulas, porém eu não digo nada, a porta principal da sala é aberta e Vitor passa por ela em passos lentos e quando passa ao nosso lado nos entrega um mínimo sorriso e logo se encontra sentado na outra cadeira do púlpito, ao lado oposto ao seu pai, que lhe olhava com um olhar assustador, mas o garoto não parecia se intimidar com isso.
— Certo, nós daremos início a este julgamento apresentando o lado do réu, Arthur Palmeira, que está sendo julgado por violência doméstica e violência física e psicológica contra a sua mulher, Letícia Santos e ao seu filho, Vitor Santos. Qual o seu depoimento quanto a isso, senhor Arthur? — O juiz pergunta dirigindo o seu olhar para o homem.
— Antes de qualquer coisa eu só quero dizer que eu nunca cometi nenhum destes atos contra nenhum deles. Eu amo a minha mulher e o meu filho. — O homem começa a dizer com um tom de falso arrependimento.
— Então, o senhor nega qualquer acusação contra você, de que você tenha sido responsável por cometer violência doméstica?
— Nego.
— Protesto! — A minha mãe diz em alta voz no tribunal, se levantando da sua cadeira. — Quando eu fui ao hotel em que o senhor estava hospedado, o senhor mesmo me disse, no seu próprio depoimento que já tinha sim, agredido a sua mulher e ao seu filho.
— Como eu mesmo disse naquele depoimento, eu só estava querendo educar o meu filho, como qualquer outro pai faria. — Diz Arthur com uma voz calma demais.
— Você não estava tentando educar o meu filho, você nem mesmo se preocupava com isso. Você não apoiava ele no único sonho que ele tem, que é estudar música, isso era o mínimo que você deveria ter feito como pai! — Letícia diz se levantando da sua cadeira, em defesa de Vitor.
— Senhor Arthur, pelo, o que eu pude observar, o senhor andou infringindo uma lei e dever do senhor, visto que o senhor tem um filho com necessidades especiais. — O juiz diz enquanto coloca os seus óculos no rosto e lê um documento.
— Que lei é essa? O meu filho não tem necessidades especiais! — Arthur diz aumentando o seu tom de voz.
— O senhor infringiu um direito do seu filho, visto que ele tem um grau mediano de autismo, um, de vários dos seus direitos são, direito de uma vida digna, a integridade física e moral, o lazer, a cultura, o livre desenvolvimento da personalidade, o acesso a serviços de saúde e a informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento, assim como o acesso à educação e ao ensino profissionalizante, à moradia, à previdência social e à assistência social. Entretanto, o senhor infringiu esta lei no quesito de integridade física e moral...
— Protesto... — O advogado de Arthur interrompe a fala do juiz. — Não me foi apresentado, e nem ao meu cliente, nenhum relatório médico que diz que o seu filho, Vitor, apresenta um grau de autismo.
— Eu nem sabia que o meu filho sofria de autismo. — Arthur fala e Vitor revira os olhos em descrença.
— Protesto! — Agora é a vez da minha mãe se manifestar. — Como o senhor, sendo pai de Vitor, não tinha nenhum conhecimento das necessidades especiais do seu filho? Isso é um direito... Direito não, dever! O senhor tem o dever de saber sobre as necessidades que o seu filho passa.
— Continuando... — O juiz diz não deixando o lado de Arthur se manifestar quanto a isso. — Como eu estava dizendo, o senhor infringiu a lei no quesito de integridade física e moral, como diz no artigo de número 129: Sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial... Lesão corporal é todo ou qualquer dano produzido por alguém à integridade física de outro. Injúria é a palavra ou ação que leve a indignação que fere a dignidade de uma outra pessoa... Lesão corporal. Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outro. O infrator desta lei pode pegar uma pena de detenção, de três meses a um ano. Segundo o depoimento que me foi apresentado, o senhor é infrator de todos estes crimes passionais?
— Continuo negando. — Ele diz sem demonstrar nenhum sentimento em sua fala.
— Certo, agora nós estaremos passando a palavra para a advogada Clara Petrillo que estará apresentando o lado de sua cliente e vítima de violência doméstica, Letícia Santos.
Ao que o nome da minha mãe é mencionado, a mesma se levanta e se encaminha para o centro da sala e começa á dizer: — Eu gostaria de dar início a este discurso de defesa apresentando o depoimento da minha cliente. Segundo as palavras da mesma, todos os casos de violência doméstica contra ela e o seu filho, começaram logo depois do réu apresentar sérios problemas em dependência alcoólica. Como a mesma me disse, a cada dia que passava, os atos de violência eram cada vez mais constantes em sua casa, principalmente contra o seu filho. O que nos leva também, ao crime de homofobia, onde o mesmo está violando um direito humano que se classifica como direito humano fundamental de liberdade de expressão da singularidade humana, revelando-se um comportamento discriminatório. As leis em vigor preveem o crime de homofobia, portanto, a determina no Art. 3.º inciso XLI que constituem objetivos fundamentais da República Federativa: "promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação; e no Art. 5.º, inciso XLI, que "a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais".
— Protesto... — O advogado de Arthur diz logo em seguida. — Está certo, mas até agora eu não vi vocês apresentarem nenhuma prova de acusação contra o meu cliente, só o que eu ouvi até o momento foi, vocês falando leis e mais leis... E nada de provas de acusação. Vocês têm alguma prova? — O homem diz lançando um olhar de descrença para cima da minha mãe, o que fez o meu sangue subir, mas, minha mãe manteve a sua postura.
— Bom, eu acho melhor nós ouvirmos o depoimento da testemunha chave do caso antes de tirarmos quaisquer conclusões. Certo, seu juiz? — Minha mãe diz dirigindo a palavra ao juiz do caso.
— Certo, eu gostaria de passar agora, a palavra para a testemunha chave deste caso, Vitor Santos.
Você confirma que foi agredido pelo seu pai assim como a sua mãe também foi?
— Sim. Confirmo.
— Bom, você poderia contar como começaram as agressões?
— Eh... Pelo que eu posso me lembrar, as agressões contra mim e a minha mãe começaram quando eu tinha por volta dos meus onze anos, onze ou dez anos, eu acho.
E todas elas começaram quando eu decidi me assumir gay para os meus pais, no começo meu pai e a minha mãe aceitaram bem, mas depois... O meu pai começou a beber e ficar muito violento e ele batia em mim e na minha mãe quase diariamente, fora os dias que eu não estava em casa e eu não sabia o que acontecia, ou então às vezes que eu acordava e percebia que a minha mãe tinha chorado.
Ele batia em mim todos os dias e sem nenhum motivo e...
— Protesto! Como que você espera que nós acreditemos nessa história? O que impede que você esteja inventando tudo isso apenas para se ver livre do seu pai? Até porque, pelo depoimento que me foi apresentado, você sempre odiou o seu pai, até mesmo antes de "tudo isso" acontecer, enquanto ele só queria te fazer o bem. — Assim que o advogado de Arthur diz isso Vitor dá uma risada vazia.
— Realmente... Ele me fazia muito bem. Eu nunca fiz questão de esconder o ódio que eu tenho por esse homem e... Não tem como você falar que tudo isso que eu disse é invenção, só eu sei o que eu passei nas mãos desse homem. — Vitor diz visivelmente mais alterado.
— O ódio que você sente pelo seu pai sem motivo algum não quer dizer nada e não vale de nada aqui, o seu pai só queria o melhor para você e...
— O melhor para mim? É sério? Esse homem nunca soube o que é melhor para mim. Um pai não xinga o seu filho e muito menos agride ele sem motivo algum! Ele nunca soube nada sobre mim. Ele nem mesmo sabia que eu sou autista, ele não sabe das necessidades do próprio filho.
— Sem motivo algum? Eu só te batia para ver se você virava homem de novo e deixava de ser viado, mas não, continua a mesma aberração! — Arthur diz já gritando, e confesso que até este ponto eu já estou tomado de ódio por esse homem.
— Isso não justifica tudo o que você fez comigo! E aberração é você que tem coragem de bater na própria mulher e no filho!— Vitor responde no mesmo tom que o pai.
— Ordem! Ordem no tribunal!
— Mas, segundo o próprio relato que o seu pai deu, tudo o que ele fez foi para educar você da melhor maneira. — O homem retruca com um sorriso ladino em seu rosto.
— Me educar!? Esse desgraçado quase me matou, duas vezes! — Vitor diz com lágrimas que eram visíveis em seus olhos castanhos.
— Provas? — Retruca o maldito advogado.
— Esse imbecil já me deu uma surra e depois tentou me enforcar... — Vitor diz se levantando com pura raiva. — Ele já me enforcou várias vezes enquanto me dava uma surra, ele já jogou uma garrafa de cerveja na minha direção, sem contar os vários chutes e socos que ele me deu. — Vitor diz chorando cada vez mais e dona Letícia se levanta para amparar o seu filho, àquele ponto, várias lágrimas já rolavam pelos meus olhos também.
— Eu já disse, suas palavras de ódio e suas lágrimas não são o suficiente para acreditamos em você. — Quando essas palavras foram proferidas pelo homem mais velho eu pude ver o ódio crescer em seus olhos e Vitor se levanta, para à frente do homem e começa a tirar a camisa que usava.
— Você está vendo isso aqui?!... — Vitor pergunta apontando para uma cicatriz em seu pescoço e outra em suas costas e várias outras pelos braços e peito. — Foi esse desgraçado que fez isso, ele me jogou em cima de uma mesa de vidro eu fiquei todo cortado naquele dia, eu parei no hospital! E quando eu fui denunciar ele para a polícia ele me deu mais uma surra, ele ameaçou me matar e ainda por cima tentou abusar de mim. E ele teria conseguido se eu não tivesse revidado... — Vitor estava se acabando em lágrimas e várias outras rolavam pelo meu rosto.
— E ele começou a ameaçar a mim e os meus amigos, que não tinham nada a ver com essa história toda, junto de outra vagabunda que eu tenho certeza que foi com ela, que o meu pai traiu a minha mãe na maior sem-vergonha!
— Senhor, eu peço que se controle se não eu serei obrigado a pedir que o senhor seja retirado do tribunal. — O juiz diz com uma voz calma até demais.
— E como você pode provar ser o seu pai que mandava estas mensagens e não você mesmo?
— Como você pensa que eu... — Vitor diz cada vez mais alto e passa as mãos pelo seu rosto tentando se manter em controle. Ele pega algo em seu bolso de modo rápido e começa a mexer no mesmo impacientemente, procurando algo.
— Aqui, eu tenho fotos das conversas que o meu pai tinha com aquela mulher, dá para ver claramente que ele está tentando me ameaçar, não só a mim, aos meus amigos também... E, além disso, ele está falando sobre roubar o meu dinheiro... Eu nem sei que dinheiro é esse que ele está falando. — Vitor diz entregando o celular para o juiz e ele começa a avaliar as mensagens.
— Você sabe quem é essa moça com quem o seu pai conversa? — O juiz pergunta ao garoto.
— Não, e acredite, se eu soubesse era capaz dessa mulher nem estar mais viva.
— Está vendo? Esse garoto, além de apresentar argumentos sem nenhum fundamento contra o próprio pai, ainda por cima insinua a violência contra uma mulher, tudo isso enquanto está tachando o próprio pai de violento e assassino. A julgar pelo seu comportamento garoto, eu acredito que o verdadeiro capaz matar alguém seja você.
— Olha aqui, você não tem o direito de falar assim do meu filho! — Letícia diz exasperada já se levantando também.
— Se acalma Letícia. — Minha mãe diz colocando uma mão no ombro da mulher que logo se acalma e volta a se sentar.
— O único assassino que eu estou vendo nessa sala aqui é esse homem. Se ele não for preso, é muito capaz dele ir até à casa da minha mãe e me matar, pode ser que eu nem apareça vivo amanhã se esse homem continuar solto por aí.
— Olha só, eu peço para o senhor se acalmar e nós avaliaremos todo o caso e decidir o que podemos fazer, enquanto isso vá tomar um ar. Agora eu peço que os senhores se retirem. — O juiz diz com a sua voz mansa enquanto bate o martelo e Arthur e o seu advogado se retiram da sala, mas Vitor permanece estático no seu lugar, eu vou até ele:
— Você está bem? Vem, vamos tomar uma água. — Eu digo passando meus braços em volta de seus ombros e o guio para fora do tribunal.
— Meu pai tem que ser preso, eu não vou conseguir dormir sabendo que esse homem ainda está à solta por aí. — Vitor diz preocupado enquanto toma um pouco de café.
— Vai ficar tudo bem, a justiça vai ser feita, acredita em mim. — Eu digo abraçando o pequeno que apoia a sua cabeça em meu peito.
— Eu espero. — Ele murmura contra a minha camisa.Vitor's POV:
Depois de mais ou menos uns quarenta minutos todos foram chamados de volta ao tribunal para saber o resultado do processo. Logo o juiz toma a sua frente no púlpito.
— Bom, após analisarmos os depoimentos que foram apresentados está noite, nós decidimos que...Continua...
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The Perfect Pace - 2° Temporada
RomanceUm ano já se passou e os nossos jovens estão de volta! Após vencerem o concurso da faculdade onde estudam Vitor, Alex, Priscilla, Beatriz, Ingrid e Bruna vão se aventurar sozinhos pelo mundo afora na chance de se tornarem famosos. Eles vão fazer nov...