The Perfect Pace - 2° Temporada

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Beatriz's POV:

— Como assim, eu agredi outra colega minha? As únicas colegas que eu tenho, eu nunca faria isso com elas. Olha bem para mim senhor, eu tenho cara de quem agride outra pessoa? Ainda mais outra mulher? — Eu digo indignada com essa conversa.
— Olha só senhorita, o intuito não é lhe ofender. Você afirma que essa história que me contaram sobre você é falsa?
— Sim, eu afirmo com todas as letras.
— Tudo bem, eu peço desculpas de ter te chamado até aqui. — Eu me despeço do reitor e então saio da sua sala encontrando as meninas paradas na porta me esperando.
— O que aconteceu amiga? — Priscilla diz se aproximando de mim.
— O reitor me chamou aqui dizendo que chegou até ele por alguém que eu não sei que eu agredi outra garota aqui na faculdade.
— Eu quem você acha que fez isso? — Ingrid diz com cara de tédio.
— Quem?
— Eu tenho certeza que foi aquela piriguete ruiva.
— Eu não acredito que foi ela que fez isso. Agora sim eu vou dar na cara daquela maldita. Agora sim ela vai ter motivos para dizer que eu agredi ela... Eu mato aquela vaca folgada. — Eu digo furiosa saindo da secretaria.
— Você ficou louca Beatriz? — Priscilla diz entrando na minha frente. — Se aquela garota já foi falar de você para o reitor sem você ter feito nada, imagine se você realmente der motivos.
— Essa piranha já está me irritando, não é possível, parece que ela brotou do inferno só para me irritar.
— Amiga relaxa, certeza que tudo isso só está acontecendo pelo concurso, as pessoas fazem qualquer coisa para vencer. — Priscilla diz me dando um copo de água.
— Mas esse ano nem vai ter um prêmio tão importante assim, igual ao ano passado. Esse ano vai ser só um troféu para o ganhador... Pelo menos foi o que me falaram. — Ingrid diz pegando a sua bolsa.
— Bom, mas só o fato de "vencer algo" já é o suficiente para mexer com a cabeça das pessoas.
— Isso é verdade. — Acrescenta Bruna.
— E se você ficar irritada e ir atrás, você vai estar fazendo o que aquela garota quer. Ela está procurando motivos para te prejudicar.
— Quem vai sair prejudicada dessa história vai ser ela, pode ter certeza. — Digo enquanto pego a minha bolsa e caminho até o portão da faculdade.

Vitor's POV:

Faltam exatamente cinco minutos para o fim das aulas, eu estou com muito tédio e eu não tenho conseguido descansar muito nestes últimos dias por conta de toda a ansiedade que eu estou sentindo, o dia do concurso se aproxima e se Deus quiser vai dar tudo certo até lá.
Assim que o sinal do final das aulas soou nos alto-falantes da faculdade eu começo a guardar as minhas coisas, coloco a minha mochila em um dos ombros e me levanto da cadeira.
— Alex, vem aqui por favor, eu quero falar com você... — Eu escuto a voz da professora Danielle chamar por Alex. Eu olho na direção dela e vejo ela se sentar em cima da mesa e eu me aproximo juntamente dele. — A sós. — Ela diz lançando um olhar de desprezo na minha direção.
— Hum... Infelizmente não vai dar, a gente está atrasado. A gente tem coisas mais importantes para fazer. — Eu digo fingindo olhar o horário no meu celular, que está descarregado.
Eu lanço um último olhar para a professora e então eu puxo Alex para sairmos daquela sala antes que a piranha resolva dar o bote de novo.
— Quem marcação de território é essa. — Alex diz enquanto caminha ao meu lado.
— Eu tenho cara de cachorro para marcar território por acaso? — Respondo em um tom um tanto ríspido.
— Ela não ia fazer nada. — Ele diz enquanto escondia o riso.
— Eu não confio mais nela, e eu disse que se ela chegasse perto de você mais uma vez eu daria uma coça nela.
— Você não é violento, você é só um bebê.
— Experimenta ficar de graça com a piranha para ver se eu não acabo com você. — Digo genuinamente irritado.
— Tudo bem, eu não falo mais desse assunto. Vamos, a minha irmã está esperando a gente para ir embora. — Alex diz passando os seus braços pelos meus ombros e então nós saímos da faculdade.
— Eu vou passar na minha casa para ver como está a minha mãe e depois eu vou para a sua casa, pode ser? — Digo me separando do mais velho e arrumando a minha mochila nos ombros.
— Tudo bem, eu vou estar te esperando. Tchau. — Alex se despede de mim com um beijo na bochecha e então nós nos separamos.