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Alex's POV:

Eu estou acordado, na verdade, eu acordei mais tarde do que eu planejei. Acordei abraçado à Vitor, nossos corpos estavam bem próximos.
"Tão lindo." — Eu penso enquanto observo o pequeno dormindo em meus braços, eu começo a reparar em cada detalhe de seu rosto.
Em um ato inconsciente eu junto os nossos lábios. Eu gosto de sentir o toque macio dos lábios dele nos meus, isso me deixa feliz.
Resolvo levantar da cama e tomar um banho e me arrumar para sairmos. Hoje nós iríamos tomar café fora.
Eu me levanto e entro no chuveiro, eu gosto da sensação da água quente tocando a minha pele, eu começo a pensar em qual seria a sensação dos toques do Vitor no meu corpo. Esse pensamento me faz arrepiar intensamente.
Eu penso no calor do corpo dele combinado à água quente do chuveiro. Eu penso no toque macio dos seus lábios combinado com os macios toques de seus dedos na minha pele.
Eu penso na umidade dos meus lábios, combinada com a maciez da pele do garoto.
Talvez esses desejos que eu tenho não sejam nunca recompensados ou realizados, mas, eu não posso evitar. Talvez seja errado me apaixonar por esse garoto?
Mas eu não posso evitar, eu já o considero meu, ele não é meu, mas eu o considero como meu. "Meu pequeno."
Saio do banho para interromper esses pensamentos. O que esse garoto faz comigo? Eu estou a ponto de enlouquecer.
Assim que eu saio do boxe dou de cara com o motivo dos meus errados pensamentos o tempo todo.
— O que foi? Não foi você mesmo que disse, que o mesmo que você tem, eu também tenho? Está fazendo essa cara por quê? — O mais novo diz me lançando um sorriso debochado.
— T-tá mas, m-mesmo assim. — Eu digo nervoso. Isso não vai ser nada legal, eu e ele dividindo o mesmo banheiro.
— Relaxa, eu só vou escovar os dentes.
— E eu vou me secar na sua frente? — Ele simplesmente não responde e começa a escovar os dentes.
Eu estou nervoso, o fato de ele estar tão perto de mim e eu não poder tê-lo. Na verdade, se eu quiser, eu posso fazê-lo meu aqui mesmo, mas eu não vou fazer isso. Por mais que isso me mate por dentro, ter o pequeno tão próximo de mim e eu não poder tocar nele do jeito que eu desejo. Isso é torturante.
Saímos do banheiro e trocamos de roupa.
— Ei, você quer ir tomar café comigo? — Eu pergunto para o pequeno que me olha confuso.
— A gente não vai esperar as meninas acordarem?
— Ah, a gente não precisa esperar elas acordarem, depois elas tomam café juntas. — Eu digo com um sorriso.
— Ah, t-tá, pode ser. — Assim que ele me responde eu solto um sorriso de ponta a ponta.
Aqui estamos nós, em direção á um parque de Nova Iorque. Está caindo neve do céu e enquanto andamos vemos várias crianças brincando de guerrinha de bola de neve. Então eu tenho uma ideia, eu formo uma pequena bola de neve com as minhas mãos e jogo no garoto que está andando a minha frente.
— Ei! por que você fez isso? — Eu não respondo nada, então vejo o pequeno formar uma bola de neve com as mãos e jogar direto na minha cara.
— Eu não acredito nisso. — Eu digo para o garoto, fingindo estar bravo com ele e o mesmo me joga outra bola, agora no peito.
Eu então jogo outra bolinha de neve nele e saio correndo atrás dele tentando pegá-lo. Então depois de muito tempo correndo eu paro para respirar um pouco.
— E-espera aí, e-eu estou cansado. — Digo fingindo.
— Já cansou? — Ele me pergunta chegando perto de mim.
Fico um tempo parado sem dizer nada e quando ele facilita eu o pego pela cintura e o prendo em meus braços.
— Te peguei! — Eu digo olhando no fundo dos olhos dele e sorrindo. Ficamos nos encarando por algum tempo e eu reparo no sorriso que há em seu rosto. É um sorriso fofo e tem um brilho em seus olhos que é muito especial.
Eu estou sentindo a respiração quente dele bater no meu rosto gelado e isso me traz arrepios gostosos pelo corpo, eu reparo no seu rosto, o seu nariz e as suas bochechas estão vermelhinhos.
Eu passo o meu polegar em seu rosto de leve e eu sinto que eu ele treme o corpo, eu solto um sorriso com o seu ato. Eu estou no controle, eu estou com ele literalmente nas minhas mãos, eu posso tê-lo aqui, agora. Eu quero tê-lo, eu quero senti-lo.
Aproximo mais o meu rosto do pequeno e selo os nossos lábios em um ato calmo e gentil.
Eu ansiava pelo sentimento de tocar os lábios macios do pequeno, o choque térmico causado pelos lábios quentes do menor nos meus lábios gelados me traz uma sensação diferente e gostosa.
Eu estou extasiado com essa sensação, o toque das minhas mãos na pele macia do pequeno traz arrepios leves em sua nuca. A sensação de ter a língua do garoto dentro da minha boca tocando a minha língua me traz arrepios intensos e me faz tremer.
Infelizmente a droga do ar nos falta e nós nos separamos, mas, eu continuo dando leves selinhos nos seus lábios, eu só quero ter mais contato com o pequeno.
Assim que nos separamos olho para o garoto a minha frente, ele está mais fofo ainda, a sua pele está mais vermelha e os olhos dele brilham, os seus lábios estão vermelhos também, eu pego o meu polegar e passo levemente nos lábios do pequeno que me dá um meigo sorriso. Nós vamos andando em direção ao hotel um ao lado do outro, nós dois estamos com sorrisos bobos no rosto.
Enquanto nós estamos caminhando eu sinto o pequeno se aproximar e entrelaçar os seus dedos nos meus, eu solto um sorriso instantâneo, é impressionante como eu me sinto necessitado pelos toques do menor na minha pele.
Nós chegamos no hotel e fomos direto para o nosso quarto, nós olhamos em volta e vemos que Priscilla não está ali.
Assim que entramos, Vitor vai direto para debaixo das cobertas, realmente está muito frio essa manhã. Eu vou até o canto do quarto para ligar o aquecedor. Eu começo a olhar para o pequeno deitado na cama, ele está se tremendo de frio.
Entro debaixo das cobertas e lhe abraço, eu aconchego o menor em meu peito em uma tentativa de aquecê-lo. Ele deita a cabeça no meu peito e fecha os olhos, eu começo a fazer um cafuné de leve nos seus cabelos.

Bruna's POV:

— Gente eu amei esse lugar!
— Correção querida, nós, amamos esse lugar. — Priscilla diz andando ao meu lado com várias sacolas de roupas.
— Gente, na moral, Nova Iorque é muito "top", sério mesmo. — Ingrid diz enquanto olhava tudo ao seu redor.
— Gente, a "Times Square" é demais, eu já me imagino andando por aqui com os meus vestidos de grife sendo rodeada por milhões de fãs loucos correndo atrás de mim. — Bia diz enquanto balançava os cabelos.
— Ah! Eu não vejo a hora de ser famosa... Aí, mudando completamente de assunto. Aqui é cheio de homem gato né? Meu Deus! — Diz Ingrid enquanto se abanava com as mãos.
— Ai meu Deus amiga, só você mesmo. — Eu digo rindo e as outras meninas me acompanham.

Priscilla's POV:

Assim que eu chego na porta do quarto eu me deparo com um envelope jogado no chão. Eu o pego e entro no quarto.
— Oi meninos, cheguei.— Digo assim que entro no quarto.
— Oi.— Os dois respondem em uníssono.
— Isso aqui estava na porta do nosso quarto quando eu cheguei. — Eu digo estendendo o envelope na direção dos meninos.
— O que é isso? — Alex questiona.
— Eu não sei. Vamos abrir para ver. — Eu digo e os meninos concordam.
Assim que terminamos de ler o recado que tinha na carta nós não acreditamos. Eu então chamei as outras meninas.
— Isso estava na porta de vocês também? — Bruna nos pergunta assim que entra no quarto.
— Sim. — Todos respondem em uníssono.
— Meu Deus que maneiro. — Ingrid diz e todos nós sorrimos.
— Essa vai ser uma grande oportunidade para a nossa vida, vocês sabem disso né? — Vitor nos diz enquanto sorria.
— Mas é claro. — Todos nós respondemos.

Spinnin' Records

Nós, da diretoria da gravadora Spinnin' Records, gostaríamos de afirmar que os jovens:
Alex Petrillo, Beatriz Salles, Bruna Soares, Ingrid Salles, Priscilla Petrillo e Vitor Santos foram selecionados para fazer um teste facultativo para concorrer a uma vaga de destaque na gravadora, e assim, serem lançados publicamente no ramo musical.
Se caso, os jovens forem aprovados nesta vaga, ela lhes darão benefícios. Entre eles, estão:

Parcerias exclusivas com grandes nomes da música, uma equipe especializada e profissional para a realização e gravação dos clipes musicais, um estúdio profissional com equipamentos de primeira mão para composição de músicas e ritmos de autoria própria, um estúdio de dança na cobertura do nosso prédio para a realização de coreografias, se necessário, um pacote com 60% de desconto em qualquer compra de passagens, para qualquer lugar do mundo, com número ilimitado de passageiros por compra, entre vários outros benefícios.

Nós, da Spinnin' Records, desejamos uma boa sorte aos nossos jovens nessa seleção.

A seleção está prevista para acontecer no dia 15/01, sábado às 12:30. (É recomendado chegar algumas horas antes para a conferência de cada candidato.)

Uma boa sorte a todos.

Ass:
Spinnin' Records diretoria.

Continua...

The Perfect Pace - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora