Yu Nishinoya...
- Hinata - grito pelo mesmo que joga a pantufa em mim da cozinha.
- Eu estou perto de você não precisa gritar, quase derrubei o café todo aqui - rio.
- Desculpas, só queria saber se você já falou com o Kageyama. O Asahi esqueceu de colocar o celular para carregar, só deu tempo de avisar que estava indo encontrar o Kageyama.
Enquanto falo olho ao redor, para as mochilas minha e do alaranjado, que tem apenas algumas coisas que compramos aqui, já que na nossas casas tem tudo que precisamos. A semana passou rapidamente, tivemos algumas provas para fazer e depois de tanto esforço um descanso é merecido. O Daichi nos deu permissão de pular o treino de hoje, para não pegarmos o ônibus tão tarde, vamos chegar lá no início da noite.
- Ah, ele me disse que eles já estão chegando para irmos para o terminal. Você já arrumou tudo? - assinto.
- Acabei de conferir também- ele sorri.
- Então vamos pegar as mochilas e descer, eles já devem estar chegando.
Assinto enquanto pego o meu casaco e o do Hinata, ambos são do mesmo modelo só muda a cor. O meu sendo preto e o dele azul.
- Lembro quando compramos isso- rio.
- Promoção compre um e o outro sai pela metade do preço.
- Valeu a pena- ele coloca a mochila e faço o mesmo.
- Você trancou a sua casa?
- Sim... antes de vir para cá.
- Certo... vamos.
A passos rápidos descemos até a rua. Ainda não podemos ver o Asahi ou o Kageyama, mas parece que não estão longe então apenas esperamos enquanto conversamos trivialidades.
Não muito depois ambos aparecem e chegam até nós, meus olhos pousam no Asahi que sorri largamente, ao chegar na minha frente me puxa em seus braços me dando um beijo terno.
- Seu nariz está gelado- ele ri.
- É culpa do Kageyama- seus braços passam ao redor de meu corpo enquanto fala, meu olhar se direciona para o moreno que está abraçando o Hinata.
- O que tem eu?
- O responsável por meu nariz estar gelado.
- Você que enfiou a cara na gelo a culpa não é minha - o Hinata ri.
- O que vocês fizeram? - o alaranjado intercala o olhar entre os dois assim como eu.
- O Kageyama e eu fomos no mercado comprar alguns lanches para comermos no caminho, tinha uma máquina de raspadinha e...
- Você cheirou o gelo.
- Você tacou o copo no meu nariz.
- Nada disso. Você cheirou o gelo - meu olhar encontra o do Hinata que dá de ombros antes de sair dos braços do moreno e me puxar.
- Vamos andando antes que o ônibus saia sem a gente.
- Vamos.
Andamos na frente ouvindo os dois trocando acusações ao som de risadas atrás de nossos passos... e assim o caminho se segue até o terminal.Tobio Kageyama...
Quando chegamos a disposição dos assentos no ônibus foram bem separadas, tinham muitos lugares vazios, ocupei um par com o Hinata enquanto o Yu e o Asahi se sentaram atrás de nós.
A luz alaranjada do fim da tarde cobre a cidade junto com o clima relativamente frio. Arrumo minha bolsa encostada no chão enquanto olho para fora, vejo que o alaranjado faz o mesmo.
- Está animado para voltar para casa? - recebo um lindo sorriso como resposta.
- Claro, mas ainda para você conhecer lá. É muito calmo e tem muitas paisagens bonitas ao redor.
- Imagino. Eu procurei algumas fotos na internet, vi muito das montanhas que cercam a cidade. Deve ser bem frio lá, por isso peguei blusas que esquentam bem- falo enquanto lanço um olhar para a bolsa.
- Eu tenho bastante roupa lá - olho para ele e não posso deixar de rir um pouco.
- Certamente suas roupas não caberiam em mim - o vejo pensar um pouco antes de assentir.
- Tem razão.
O veículo dá uma alavancada que anuncia o início do caminho, vejo que saímos do terminal e vamos na direção da pista que sai da cidade. Noto a mão do pequeno parada e esquivo a minha silenciosamente em sua direção, cobrindo seus dedos com os meus, rapidamente o mesmo os entrelaça de forma muito natural. O calor compartilhado por suas mãos me faz aquecer um pouco, passando o tremor interno da ansiedade e nervosismo de conhecer sua mãe.
- Se estiver com fome me avisa que pego algo do que comprei - ele assente.
- Eu comi antes de sair da casa do Nishinoya, mas até lá certamente vou ficar com fome.
- É muito longe? - ele faz um sinal de mais ou menos.
- É cansativo, pois demora um pouco para chegar lá, além de que temos que andar um pouco para chegar na minha rua e do Nishinoya.
- Vocês moram próximos? - um sorriso se releva em seu rosto.
- Somos vizinhos, basicamente crescemos juntos, frequentamos as mesmas escolas também antes mesmo de vir para a Karasuno, que também decidimos vir juntos.
- Isso explica porque são tão próximos.
- O tempo é só um dos fatores que podem aproximar alguém, afinidade também é importante... Você e o Asahi por exemplo, se dão muito bem não é?
Abro um sorriso.
- Tem razão - com a mão livre pego meu celular e desbloqueio o mesmo, o fone ainda está conectado- Quer ouvir alguma coisa?
- Claro- me curvo em sua direção e coloco o fone em seu ouvido, minha mão passando levemente por sua orelha o que faz estremecer.
- Você é muito sensível- falo enquanto volto a me sentar corretamente. Ele desvia o olhar com minhas palavras.
- O que vai por?
- O que quer ouvir? - perguntamos ao mesmo tempo o que nos faz rir um para o outro.
- Qualquer uma está bom- assinto e passo o dedo por minha playlist até parar em algumas do Calum Scott, acabo por colocar uma das minhas preferidas "If Our Love Is Wrong"- Não sabia que escutava músicas assim.
- Eu tenho um gosto variado - coloco meu celular no meio de nós sem soltar nossas mãos, vejo ele sorrir quando tira o apoio que nos separa, instintivamente me aproximo apenas para que sua cabeça pouse em meus ombros.Vejo que seu olhos permanecem olhando para a paisagem que corre lá fora, faço o mesmo, mas ao invés de olhar para o que passa, observo a pessoa que faz meu coração queimar refletida pelo vidro. Sorrio para o mesmo que retribui enquanto a música canta para nós.
Agora que presto atenção na letra um sentimento forte desperta em meu peito... Como se fosse intimamente ligada aos meus sentimentos.
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Do outro lado da rede *Kagehina*
Fanfiction"E se tudo pelo qual você lutou a vida toda, simplesmente desaparecer em uma fração de segundos e quando você desperta da escuridão, a única coisa em sua mente é uma voz vibrante que grita a cada instante que você nunca mais poderá estar em uma quad...