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Tobio Kageyama...

Sigo andando pelas ruas, saímos juntos do restaurante, o treinador Keishin acabou por assumir a responsabilidade de levar o professor Takeda para casa, aparentemente o mesmo não é muito forte para bebidas alcoólicas que consumiu, dava para ver sua cara de desespero sempre que o treinador do Nekoma oferecia mais um copo. Fora esse incidente todos seguiram seus próprios caminhos, ainda em êxtase pela partida... com exceção do Yamaguchi que saiu mais cedo, mas mandou uma mensagem avisando que havia passado mal e o Kenma o ajudou, a única pessoa que parecia ter recebido mal essa notícia foi o Tsukishima que claramente ficou um pouco incomodado.
    
A medida que nos aproximavamos da casa do Hinata, as pessoas iam ficando para trás, até que restou apenas nos dois e o Nishinoya e o Asahi, que rapidamente se despedem de nós antes de subir para a casa do moreno.
- Vamos subir também? - o alaranjado me pergunta com um sorriso. Nego.
- Tenho que ir para casa descansar- seus olhos se abaixam em desânimo, não posso conter um sorriso ao ver o quão adorável ele está- Mas eu volto antes do almoço para te buscar- dou um passo a frente e imediatamente levo minhas mãos a sua cintura o puxando para perto, até que nossos corpos estejam em conjunto. O rosto antes normal, ganha um tom avermelhado que faz meu peito dançar.
- O que vamos fazer amanhã? - olho para ele e dou de ombros.
- Deixo por sua escolha... farei qualquer coisa que você quiser- ele sorri e assente.
- Podemos almoçar juntos e ver um filme quem sabe.
- Claro- o aperto em minhas mãos e tomado por um desejo simples o puxo para um abraço, prendendo seu rosto em meu peito, sentindo seu calor que é um grande contraste com o clima frio que está fazendo nesta noite. Solto um suspiro com os lábios entreabertos.
- Você está me apertando - rio.
- Posso ficar assim por mais um tempo antes de ficar horas sem te ver? - sussurro como resposta e recebo o silêncio além de um par de mãos finas que param nas minhas costas.
- Kageyama- olho para baixo e encontro seu olhar que me tira o fôlego, a luz da lua reflete no castanho, parecendo competir para ver quem brilha mais- Foi muito bom jogar ao seu lado hoje- suas palavras me pegam de surpresa e não posso deixar de sorrir.
- Toda vez que você abre a boca tenho menos vontade ainda de soltar- o aperto mais fazendo com que ele ria.
- Ei - olho para ele que leva as mãos ao tecido da minha blusa, parando em meu peito, seus dedos me puxam para baixo e fecho os olhos para sentir seus lábios nos meus. Levemente... me fazendo arder por mais.
   
Minhas mãos passeiam por sua estrutura até parar em sua nuca, os fios de cabelo passando na ponta dos meus dedos, e o calor me domina quando abro espaço em seus lábios, entrelaçando minha língua na sua.

Algo em mim desperta nessa momento exatamente como naquela vez em minha casa, sou incapaz de o soltar nesse momento. Seus lábios delicados são puxados com veemência por meus dentes sedentos por mais de seu sabor, o arfar de sua respiração soa como um sopro, meu coração se acelera e logo retomo o beijo...
    
Me afasto lentamente quando sinto que preciso respirar, meus olhos turvos param no rosto belo e corado na minha frente e tudo se agita mais ainda.
- Você... vai ir não é- ele se afasta como um foguete, posso sentir o nervosismo e a tensão de seu corpo. Mordo os lábios e sorrio de lado.
- Vou... boa noite - ele assente e antes que eu me vire o vejo correr na  minha direção e ao levantar dos pés, me beija o rosto com delicadeza.
- Me avisa quando chegar - o vejo correr aos tropeços para cima.
- Tá bom... - olho até que ele suma de vista no conjunto de casas. Sorrio para mim mesmo como um idiota e em um suspiro rezo para retomar a sanidade.
   
Durante todo o caminho até em casa, sou incapaz de acalmar meu coração.

  ♡Alerta de conteúdo sensível. Contém cenas de satisfação carnal

Daichi Sawamura ...

Sinto seu corpo queimar abaixo de mim, o peito subindo e descendo em uma tentiva de respirar normalmente.

A pele clara, quase pálida se encontra rosada, os lábios finos inchados e vermelhos como sangue, os olhos marejados a cada estímulo recebido. Minha mão que deleita seu corpo, o ritmo incapaz de ser desacelerado, acompanham minha cintura...
   
Passo a mão livre em sua cintura, sinto os pelos de seu corpo de levantarem no mesmo momento que um gemido doce sai de seus lábios. Exploro cada pequena parte sua como se fosse a minha própria, o conheço tão bem que poderia fazer isso de olhos fechados. Não a nada que eu não saiba sobre ele.
- Sugawara- sussurro em um deleite de desejos, a voz carregada de luxúria.

Seus dedos do pé se apertam quando levanto mais suas pernas, antes desajeitadamente postas nas minhas no lençol desarrumado. Saio de seu corpo antes de voltar quase que no mesmo segundo, seu corpo sobe desesperadamente com os dedos ficados no tecido que nos cerca. No momento que seu rosto se vira eu tenho plena visão de seu pescoço... o pomo de adão subindo e descendo, as veias nítidas sobre a pele de jade. Ainda sem me parar por um único segundo, passo meus lábios molhados por sua pele.
- Daichi... - ele se vira e a mão trêmula aperta meus cabelos, enquanto seus lábios me beijam com urgência. Seu corpo treme quando o mesmo se desfaz em meus dedos, no exato momento que alcanço o limite em seu corpo.
   
Passo meus braços por seu corpo sem forças, em um movimento rápido tiro a proteção a jogando no lixo, antes de voltar aos braços do acinzentado, que sorri ao me envolver. Me abaixo e o beijo delicamente, sem nenhuma vontade de me afastar de seu calor.
- Eu te amo - sussurro o fazendo sorrir.
- Eu também te amo - ele me encara e passa a mão em meu rosto - Demais.
   
Seus olhos estão queimando nos meus, os detalhes iluminados pela fraca luz do abajur.
- A gente poderia ficar assim amanhã o dia inteiro- falo ao deitar minha cabeça em seu peito, no mesmo momento sinto seus dedos brincar com o meu cabelo.
- E quando sentir fome?
- Acho que estou muito bem servido- passo a mão levantamente em suas pernas recebendo um tapa como resposta - Por que me bateu?
- Você fala demais - ele me encara com olhos afiados.
- Desculpa meu amor...-  beijo seu peito como um pedido de desculpas.
- Hm - e no silêncio que se segue sinto seu afago por algum tempo e meus olhos começam a pesar...

                            

Do outro lado da rede *Kagehina*Onde histórias criam vida. Descubra agora