Tobio Kageyama...
Passamos um bom tempo brincando com a Natsu, depois conversamos com a Akemi enquanto a ajudavamos a cuidar dos vasos de flores que estavam na entrada da casa, parando apenas para nós aprontar pois já se aproximava a hora do almoço, ou seja, quando tínhamos combinado de encontrar o Yu e o Asahi. Não muito depois nos encontramos na frente de casa, eu e o Asahi fomos guiados pelos outros dois que andavam na frente em direção a um restaurante.
São ruas pacíficas até durante o dia, alguns lugares haviam crianças brincando, o que aumentou a medida que nos aproximavamos de uma praça pública, mais a frente se iniciou um rio, e em uma ponte no mesmo tem um restaurante que pode ser considerado grande, aparentemente esse era nosso destino pois entramos no mesmo. O Hinata escolheu uma mesa no canto, o vidro permitia uma vista clara do rio lá fora, sendo nítido até mesmo as pequenas ondulações na superfície do mesmo com o balançar do vento.
O restaurante tem uma decoração no estilo rústico mas até que requintado, no centro da mesa tem a grelha para que as pessoas possam elas mesmas preparar suas comidas. Eu estou sentado ao lado do alaranjado e os outros dois se encontram em nossa frente. Vejo o Nishinoya pedir as porções e o arroz, não demora muito para que sejam entregues na mesa.
O Asahi dispõe as carnes na grelha enquanto coloco água em todos os copos.
- Como foi o primeiro contato com a Akemi ontem? - olho para o Asahi e dou de ombros.
- Eu acho que fiquei muito nervoso sem nenhum fundamento, no fim foi muito tranquilo - o Nishinoya assente.
- Ela é muito calma não é?
- Sim.
- Ele até mesmo brincou com a Natsu hoje de manhã.
- Fui "Fada Tobio" - assim que falo todos começam a rir.
- Eu nunca pensei que o veria assim - o Hinata fala com um belo e largo sorriso estampando seu rosto.
- Eu também não- confesso rindo também.
- Ah, por sinal... viram o acidente na escola? - assinto e o Asahi toma um gole de água- Acho que foi algo no encanamento, estava dando problema a semana toda.
- Verdade. Eu me molhei todo quando fui lavar as mãos- o Nishinoya diz.
- Pelo menos temos mais um dia para descansar- o Hinata fala e todos assentimos.
Logo o tópico da conversa muda e eu ajudo o Asahi a virar as carnes que já estavam quase boas.
- Mas se vocês vão para o hotel das fontes termais... vão ter que passar pela estrada 44.
- Isso é história de criança - o Hinata fala rindo enquanto olha para o Yu. Troco um olhar com o Asahi.
- Estrada 44?
O alaranjado assente.
- É um lenda urbana local. De uma estrada que temos que passar para chegar nas fontes termais.
- Eu conto - o Nishinoya fala e tanto eu quanto o Asahi nos arrumamos na mesa para ouvir - Ela fica na subida e corta metade do caminho, é um local alto e perigoso para se passar, tem muitas árvores ao redor além de que quando chove fica verdadeiramente escorregadio. Por esse motivo qualquer grande veículo evita ao máximo passar por esse local, o risco de cair é grande e isso aconteceu uma vez... um ônibus escolar levava as crianças para um passeio no local, mas na noite anterior havia chovido fortemente...
- Ele caiu? - o Asahi pergunta e o Nishinoya assente.
- Sim. 44 pessoas morreram no local, os corpos nunca foram encontrados, apenas os destroços do ônibus. As pessoas dizem que tem um demônio que vive na estrada, que se alimenta de almas, isso é levantado até pelo mal presságio do próprio número da estrada.
Um arrepio percorre minha espinha quando o Hinata começa a rir, olho para o mesmo que se apoia na mesa.
- Claro que isso é uma lenda urbana, não existiu realmente um ônibus com 44 pessoas que caíram lá e nunca foram encontradas. O máximo que acontece são pequenos acidentes de colisão ou do veículo escorregar para fora da pista - o alaranjado fala- A única coisa ruim sobre aquele lugar é o número de azar e mal presságio.
- Certeza de morte... - o Asahi fala e ri - Isso realmente deve aumentar a história ainda mais - ele fala enquanto tira as carnes que estão boas colocando no prato de todos- Vamos comer estas quando quiserem mais basta colocar- assentimos e logo começamos a comer.O almoço durou por um tempo, quando já estávamos cheios pedimos a conta que foi dividida para quatro pessoas, logo já havíamos saído do restaurante e antes de ir para casa decidimos sentar na beira do rio, apenas para ver a paisagem... que confesso ser bem bonita.
É possível ver o sol que brilha no horizonte, refletido na água límpida. As leves ondulações da brisa parece que dança sobre o tapete de água. Algumas folhas das árvores ao redor passeiam pela superfície com naturalidade. Esse tipo de paisagem além de bela, parece ter o efeito de encher qualquer um de paz.
Tenho o Hinata encostado em meu ombro enquanto meus braços o rodeia, o Asahi está ao meu lado e o Nishinoya se encontra sentado no meio de suas pernas. O mesmo pega o celular.
- Vamos tirar uma foto, para registar o momento - o Yu arruma sua posição e estica o braço, o Asahi o envolve mais em seus braços colocando o queixo em seu ombro enquanto eu puxo mais o Hinata para perto de mim- 1...2...3 - não costumo sorrir nas fotos estão apenas dou um leve curvar, enquanto o alaranjado sorri largamente assim como os demais- Pronto... ficamos lindos.
Abro um sorriso enquanto me arrumo para ficar confortável para o pequeno em meu ombro.
- Gosto daqui... é calmo - olho para o Asahi e assinto.
- Um grande contraste com Tóquio- falo com um sorriso- qualquer lugar havia algum barulho cobrindo o ar.
- Deve ser muito bonito - o Hinata fala e eu penso um pouco antes de responder.
- Acho que sim... mas é meio vazio você não acha? Um lugar com milhões de pessoas andando todos os dias pelas mesmas ruas, no mesmo horário mas sem saber quem são. É mais solitário que parece.
- Falando assim parece mesmo - o Yu diz- Mas sabe... sempre tive vontade de ir para ver como é uma cidade grande assim.
- Ela é grande- o Hinata fala sussurrado e logo começamos a rir.
- Sério mesmo? Não imaginava- o Nishinoya responde e logo rimos mais ainda.
Mesmo estando a muitos quilômetros de casa... Eu me sinto acalentado, acho que por fim realmente são as pessoas que transformam o bem estar e não o local em que estamos.
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Do outro lado da rede *Kagehina*
Fanfiction"E se tudo pelo qual você lutou a vida toda, simplesmente desaparecer em uma fração de segundos e quando você desperta da escuridão, a única coisa em sua mente é uma voz vibrante que grita a cada instante que você nunca mais poderá estar em uma quad...