12. "Meu nome é Lauren".

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Camila Cabello's point of view.

Beaufort, South Carolina — 07:00AM

Não poderia dizer que a noite foi uma das melhores; mais uma vez, meus pensamentos se inundaram nas palavras da Sra. Swift sobre L.K, no corpo da floresta, na ameaça em forma de carta... resumindo, se preguei os olhos por duas horas foi muito.

Minha cabeça latejava quando adentrei o corredor depois de um bom banho, rumo ao quarto da mulher que, às essas horas, já deveria estar de pé. Eu deveria sair antes que ela acordasse, como havia prometido a mim mesma, porém, é simplesmente impossível evita-la a esse nível; teríamos que conversar no departamento de uma forma ou de outra, então, o que custaria adentrar seu quarto com a desculpa de que queria conferir se seu despertador tinha tocado?
A surpresa veio quando eu abri a porta e não encontrei ninguém; cama devidamente arrumada, roupas dobradas... teria ela não conseguido dormir também?

Rodei toda a casa, e algumas vezes até me dispus a chama-la, porém, nenhuma resposta. Meu coração já começou a se acelerar e o corpo entrar em alerta; ela não estava em casa! Não estava em nenhum lugar! O medo de, seja lá quem for que mandou aquele envelope ter feito algo com ela por eu não conseguir manter apenas o lado profissional era expansivo, assim como a vontade que, misteriosamente, eu tinha chorar.
Corri para seu quarto novamente, na intenção de achar algo que remetesse a um sequestro; janela forçada ou quebrada, manchas de sangue ou sapatos no chão... nada.

- Meu Deus... – sussurrei sozinha, afundando as mãos em meus fios de cabelo enquanto vagava o olhar pelo cômodo vazio; o que eles fizeram com ela?!

Tentei manter o controle quando saí em disparada para a sala, em busca do meu telefone, porém, assim que alcancei a mesinha de canto, a porta foi aberta, revelando uma L.K aconchegada por um casaco, com os cabelos desgrenhados, os olhos fundos e aparentemente vermelhos. Mas o que...

- Acordou cedo. – Sua voz inundou a sala no instante em que ela colidiu seu olhar com o meu. Eu não estava acreditando que ela saiu sem sequer avisar.

- Aonde você estava?! – Exclamei em um tom alto, não deixando de esconder o misto de sentimentos que me rondavam; desespero, medo, preocupação, frustração.

- Fui caminhar. – Sua voz estava levemente falha, o que me fez deduzir que ela passou algum tempo chorando, se levar em consideração seus olhos.

- Você não pode sair assim sem avisar! – Disse em um tom mais alto, fazendo a mulher me olhar com o cenho franzido, como se não estivesse entendendo minha atitude. – No meio da madrugada!

- Desculpa, eu não sabia que estava em uma prisão domiciliar. – Respondeu simplesmente, aumentando ainda mais minha frustração.

E em um súbito ataque de nervos, marchei até a mulher e a deixei um forte empurrão, que a fez cambalear alguns passos para trás até colidir as costas com a parede.

- Você não está em uma prisão domiciliar, idiota! – Esbravejei, praticamente apontando o dedo em sua cara. – Eu me preocupo com você! Não vê isso?!

Ela, ignorando completamente meu nervosismo, moldou um sorriso ladino em seus lábios, aproveitando da curta distância em que nos encontrávamos para levar ambas as mãos para minha cintura, me trazendo para perto dela em apenas uma puxada, fazendo nossos corpos se chocarem sem força. Droga, droga, droga!

- Se preocupa, delegada? – Ela subiu sua canhota, levando-a até a altura dos meus lábios, onde fez o contorno deles lentamente com o indicador, deixando seu olhar pairado na mesma região. Oh, meu Deus. Não parece.

Lake KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora