32. Encaixando as peças.

2.9K 363 241
                                    

[Capítulo não revisado]

Lauren Jauregui's point of view.

- Como assim a ideia foi minha? – Questionei um pouco chocada. Não que eu imaginava que não tinha capacidade para criar isso, mas me pegou de surpresa.

Ashley suspirou, voltando a mirar a lua, que hoje estava em sua fase cheia. Aquela não era minha maior observação agora, mas estava linda, cercada de estrelas. Acho que gostava de ficar observando o céu antigamente, pois no momento em que bati o olhar, eu vidrei por completo, e só a voz dela me trouxe de volta;

- Estávamos conversando sobre o plano no geral na sacada do seu quarto quando teve essa ideia. Fora básica, e Camila não era exatamente o alvo; qualquer pessoa com um escalão bom seria, mas depois de algumas horas de conversa, decidimos que a melhor opção seria realmemte ela. – Explicou. – Complementados a ideia juntas e a apresentamos para nosso pai. Ele analisou os riscos e os ganhos, e então, nos deu permissão para começar a observar a vida de Camila com mais profundidade; sua vida amorosa, pessoal, profissional... tudo. Isso não te ajudaria porque estaria sem memória, mas eu conseguiria manter tudo nos trilhos. Mas bem, pelo jeito, você está gostando dela também, então não fique com a consciência pesada em relação a isso.

Eu não estava com a consciência pesada, apenas refletia a forma que eu pensava. Estava claro que não tive nenhuma consideração por Camila quando dei aquela ideia, e isso pode até ser justificável, pois eu nem a conhecia, mas o que me fez pensar que eu realmente não cairia nas mãos dela como ela caiu nas minhas? O que me fazia pensar que eu não iria começar a gostar também? Eu fui criada pra ser uma arma, sendo honesta comigo mesma, e talvez isso justifique. Mas a questão é que eu estava enganada, e agora isso não fazia diferença –não pro lado ruim–.

- Acho que, no fundo, eu sabia que deveria fazer isso. Só não estava nos planos que eu desenvolvesse sentimentos também. – Compartilhei meus pensamentos, completamente em paz com esse fato, já tinha entendido que, quanto mais eu negasse, pior seria. – Mas bem, vamos pular essa parte em que eu falo tudo o que estou sentindo e você acaba imendando outra história que nos faça perder o horário para outro dia.

- Oh, por favor! Você não sabe o quanto eu quero que conheça nosso pessoal. Ou pelo menos um pouco deles. – Ela desencostou do ferro, dando apenas um passo na minha direção. – Nós precisamos fazer algo juntas, mas vou logo avisando que quem vai terminar o trabalho será você. Só assim papà saberá se ainda está com a gente.

Achei fofo a forma que Ashley se retratou ao nosso pai, e talvez essa vontade de poder chamá-lo assim também me consumiu até que eu apenas concordasse com a cabeça, e adentrasse meu carro novamente, porém com ela dirigindo dessa vez. Não queria saber o que tinha que fazer, e contato que não fosse ferir Camila, eu o faria sem pensar duas vezes. Quero vê-los, quero me sentir completa de novo.
Fui divagando sobre isso todo o caminho, e assim que, depois de aparentemente vinte minutos o carro começou a parar em frente a uma casa consideravelmente grande o carro começou a parar, pensei que estaríamos aqui para roubar algo, como fizemos antes no meu flashback. Porém, Ashley só me estendeu uma arma.

Sem capuz, sem sobretudo, sem os saltos, sem nada senão uma arma. Voltei a estaca zero novamente.

- O que vamos fazer? – Perguntei enquanto saímos do carro e começávamos a caminhada até a porta.

- Apenas uma visita a um velho amigo. – Ashley sorriu da forma que ela sorria quando estava prestes a aprontar alguma, tocando a campainha.

Não demorou mais que um minuto para que a porta fosse aberta, e de lá, revelasse um homem de aparentemente quase sessenta anos. Sua expressão se transformou em pura decepção quando bateu seus olhos em nós.

Lake KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora