49. Acho que te amo.

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Camila Cabello's point of view.

Passamos para pegar a tal coisa -na verdade, ela estava vendendo alguma droga pra ele- com o tal amigo de Ashley, e enquanto ela conversava com ele, eu pude aproveitar de um momento silencioso, mas significativo com Lauren. Ela estava com a cabeça deitada sobre meu ombro, acariciando minha mão com o dedão. Sabe aquele momento em que você sente que está conversando com alguém sem usar nenhuma palavra? Como quando troca algum olhar, e você entende perfeitamente o que a outra pessoa queria dizer. Eu estava me sentindo assim, mas através do toque.

Quando Ashley entrou com o carro dentro da propriedade de quem agora eu sei que se chama Moratti e seguimos para dentro, encontramos com Michael no saguão, se despedindo de um homem de terno, que tinha uma maleta em mãos. Ele já não usava mais um capuz, o que me fazia pensar que Ashley o constatou de alguma forma que estava feito.

Fugindo um pouco da responsabilidade que eu estava prestes a me comprometer a ter, Lauren Michelle Jauregui Moratti é um belo de um nome.

- Foi tão difícil terminar com Sandro assim? -O homem perguntou quando nos encontramos sozinhos.

- A família estava lá. - Ashley respondeu brevemente, como quando desceu as escadas completamente diferente da forma que tinha subido. - Mas dei um jeito neles, não há nada para se preocupar.

- E como Camila se saiu? - Ele oscilou o olhar por nós três antes de foca-lo apenas na mais velha.

- Ela matou Sandro sem que precisasse de muito. - Não precisei ficar mais de uma hora sendo pressionada, mas da forma que Ashley pronunciou, pareceu que eu só tinha apertado o gatilho, da mesma forma que ela fez com o restante da família. Ela estava me acobertando? - E bem... agora que meu trabalho está acabado, vou subir.

Michael assentiu, dando permissão para a mulher sair da roda de conversa e seguir em direção às escadas.

- Daqui a pouco eu te alcanço, Ash. - Lauren avisou pra ela, que concordou, disparando escada acima.

- Matei o homem e provei minha lealdade. - Disse, fazendo a atenção se voltar a mim. - O que devo fazer agora? O que vem agora?

- Vamos prosseguir com a operação em Beaufort, e enquanto não termina, o que terá que fazer é o que já fazia antes; seguir com o caso, como se não soubesse de nada. - Explicou. - Irá chegar duas pessoas cruciais lá, e vocês vão precisar estarem de olho nelas a todo momento, pois elas vão nos levar a onde queremos chegar. São de 'Ndrangheta, Lauren e Ashley vão reconhecê-las quando as verem.

- Não acho muito inteligente contar com a minha memória. - Lauren constatou, mas não como se estivesse zombando. - Mas já que Ash também vai reconhecer...

- Tenho certeza que irá se lembrar deles também, Figlia. - Ele garantiu para a filha, levando o olhar até mim no segundo depois. - Precisamos que o departamento apoie o seguimento desse caso, Camila, porque eles podem ter recursos que nós não poderemos dar na situação que estaremos. E quero deixar claro que não precisa se preocupar em ir contra todos para prosseguir com isso, não é uma democracia lá dentro, você é a delegada e decide o que irá fazer.

- Eu posso perder o emprego. - O lembrei. - E se acontecer, acho que me torno inútil.

- Depois de tudo acabar em Beaufort, te deixar como delegada de lá seria sim, inútil. Não precisamos de nada em especial em uma cidade pequena além disso. - Michael suspirou fundo, e eu franzi o cenho. Eu iria ficar desempregada? - Posso te colocar dentro do FBI, e de uma forma que pareça uma "promoção", vamos que se dizer. Lá, você teria acesso a informações sobre outras Organizações, terroristas, mercenários, ladrões, sobre o governo... tudo que precisamos saber para nos manter seguros. Isso sim será útil. Você seria uma fonte, Camila, como todos de alta hierarquia, com exceção de Lauren e Ashley são. Não tem sentido nenhum te colocarmos para traficar, roubar ou matar, se está começando agora, então, podemos te usar como fonte, já que está acostumada com toda política da Segurança Pública.

Lake KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora