34. eu deveria ter medo de você?

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[Capítulo não revisado]

Lauren Jauregui's point of view.

- Como assim tomar controle de 'Ndrangheta? – Questionei, mais confusa do que deveria.

Se conseguíssemos isso, seríamos a maior Organização de cada canto no planeta; seríamos implacáveis. Não sei como, mas algo na minha cabeça diz que La Cosa e a Máfia Russa dividem o posto de "gigantes", e que não tínhamos problemas com eles, mas prevenir nunca é demais. Se conseguíssemos 'Ndrangheta, estaríamos muito acima de qualquer outra Máfia.

Papà pareceu pensar um pouco sobre minha pergunta, e então se levantou em um suspiro.

- Sei que disse que iria responder a todas as suas perguntas, mas pensei que seriam pequenas, coisas sobre sua vida. – Ele disse, vindo até mim. Eu me levantei, já imaginando o que viria. – Não quero te encher com pensamentos hoje, pois não precisamos que fique com a cabeça pesada agora. Então, vamos encerrar por aqui, e ao longo dos dias, pode perguntar o que quiser à sua irmã, vou dar permissão pra ela responder.

- Posso perguntar só mais uma coisa? – Me apressei em dizer, antes que ele dê a conversa como encerrada de fato. – Prometo que não é nada grande.

- Vá em frente.

- O homem que me abordou no bosque, dizendo que eu não deveria confiar nos policiais – A expressão de Michael não mudou quando citei o cara. – Quem ele era? Quem o matou?

Não me preocupei em perguntar quem era a pessoa que ele queria dizer para eu confiar, já que agora imaginava que era Ashley.

- Ele era um dos nossos. Depois do que aconteceu entre você e Camila, queríamos ter certeza de que não se agarraria a ela e a todos os seus conceitos, mudando de lado, então mandamos alguém para te dizer que não poderia confiar nos polícias, mas como bem sabe, ele foi morto antes de terminar o recado. – Michael suspirou. – Alguém de 'Ndrangheta o matou, e tentou fazer o mesmo com você, porque bem, eles devem ter imaginado que tinha algo a ver com a morte de Richard, e não perderiam essa oportunidade. Mas bem, era apenas isso?

Assenti, tendo na cabeça que não era certo questioná-lo.  Claro que eu queria saber mais, saber tudo se possível, mas eu poderia perguntar a Ashley, e talvez, ela até me dissesse de forma detalhada, já que eu provavelmente compartilhava tudo com ela.

- Ham... Ash disse que eu deveria falar com você sobre Camila. – Disse enquanto ele me guiava até a porta. – Eu quero... –

- Você está fazendo exatamente o que planejamos, tesoro. (querida) – Ele atropelou minha fala, tocando em meus ombros para me fazer olhar em sua direção. – Continue com o plano, precisamos disso. E saiba que estou muito feliz por te ter de volta.

Papà me abraçou outra vez, e eu não neguei enquanto me perguntava se Ashley havia comentado que eu tinha sentimentos por Camila, e não só estava fazendo isso por conta do plano. Bom, para todo o caso, era melhor não comentar agora, já que estava indo bem.
Ele me liberou a saída, e eu peguei o mesmo caminho que fiz para chegar, com a cabeça rodando em pensamentos. Será que tinha algo maior? O que precisava para controlar 'Ndrangheta? Por que não pegaram antes? Quem matou Richard, afinal?

- Hey, Laur! – Ouvi alguém me chamando, o que ocasionou o estouro da minha bolha. Só então percebi que já estava ali fora. – Aqui!

Era Ty, gritando de perto da fogueira. Estavam os quatro lá, com garrafas e cigarros na mão, e eu percebi que estavam rindo de algo por conta de seus sorrisos. Me aproximei, afim de me juntar a eles, e assim que me sentei em uma cadeira vaga entre Alycia e Ashley, apanhei uma das garrafas fechadas que estavam ali.

Lake KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora