27. Território inimigo.

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[Capítulo não revisado]

Narrador point of view.

O carro que conduzia os Sicilianos pararam abruptamente quando a primeira bala tentou falhamente penetrar o vidro, e após darem sinal um para os outros por meio do olhar, eles saltaram para fora do veículo, acertando em cheio o 'Ndrangheta na entrada do prédio, revelando assim para todos que conseguissem ver quem eles realmente eram.
Lauren, em específico, assim que percebeu a área limpa o suficiente para correr até um poste de energia grande do outro lado da rua, não evitou o fazer, pegando uma posição mais acessível de dentro do edifício.
Não foi possível ver Camila ali, amarrada a uma cadeira ou até mesmo morta, e isso a preocupou. E se tivessem a levado? Ela provavelmente nunca a encontraria.

- Lauren, na sua esquerda! - Alycia gritou, e a Siciliana agarrou a dica, jogando o olhar para a direção no mesmo segundo; quatro 'Ndrangheta armados correriam, já disparando os tiros, gastando munição.

- Não fiquem tímidos, Sicilianos! - A voz de um deles sobressaiu o som dos tiros. - Vocês aparecem no nosso lado e não mostram a cara para uma boa trocação?

Lauren lançou um olhar pra Alycia, que se escondia das balas atrás da porta traseira do carro, e como se tivessem o poder da telepatia, elas gesticularam um sinal positivo com a cabeça. E depositando a confiança uma na outra, saíram por detrás de suas proteção, atingindo os quatro homens em tiros certeiros e fatais. 'Ndrangheta os faziam parecer deuses de tão bom, e ainda perguntavam o porquê de "se acharem" tanto.

- Vamos cercar o prédio. - Lauren se pronunciou para os companheiros. - Alycia entra comigo, e vocês dois vão um para cada lado e protejam a entrada. Já vamos encontrar muitos lá dentro.

Eles assentaram sem hesitar; antigamente, a irmã que estivesse fazendo trabalho junto ao grupo dava as ordens, e como Ashley ficara afastada por cinco anos em Beaufort, foram liderados por Lauren todo esse tempo. Não importa se tivesse perdido a memória, ainda confiavam em seus instintos, afinal, ela fora treinada pra isso.
G-Eazy seguiu pela direita, Ty pela esquerda, e as duas mulheres adentraram o prédio, tendo a surpresa de não encontrarem absolutamente ninguém no primeiro andar inteiro, e se não fosse por pegadas no chão sujo, poderiam dizer que nunca estiveram ali.

- Isso está estranho. - Alycia comentou, sem abaixar a guarda. - Se eles tiverem migrado lá pra cima para escoltarem a delegada, estaremos em péssima vantagem.

Lauren concordou, forçando a mente a pensar em soluções viáveis, rápidas e eficazes para a situação, e fazia isso com facilidade.

- Tive uma ideia! - Ela exclamou. - Mas pode ser um pouco... perigosa.

Os 'Ndrangheta realmente estavam lá, no último dos quatro andares do prédio, escoltando uma Camila que berrava a todo pulmão contra o pano que apertava sua boca. Seus braços, pernas e cintura estavam amarrados em cordas grossas que já estavam machucando a um bom tempo, sua cabeça doía de tanto tentar gritar, seus cabelos estavam completamente desgrenhados, sua pele suja e os olhos avermelhados. E claro, 'Ndrangheta também esperava pelo momento em que os Sicilianos arrombariam a porta de entrada e morreriam por suas balas -ou pelo menos eles esperavam que isso acontecesse-. Já tinham em mente que sequestrar a delgada traria problemas, mas era um risco que estavam dispostos a correr.

A porta fora aberta, e todos se alertaram, porém, quem surgiu de lá fora o irmão do homem que estava no comando deste trabalho em específico, Machine. Ele parecia nervoso, ansioso e irritado, porém, caminhou até o irmão em passos firmes.

Lake KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora