21. Proteção.

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Oii gente, hoje trouxe aqui um capítulo mais leve, porque preciso desenvolver esse relacionamento também, ? Enfim, aproveitem! Não se esqueçam de votar e comentar!

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Lauren Jauregui's point of view.

Meu coração gelou, e eu estaquei no mesmo segundo em que ouvi a voz de Camila. Droga, droga, droga! Será que ela tinha ouvido alguma coisa? Será que ela me viu pela janela enquanto eu escondia o celular? Merda!

‐ Onde você estava, Lauren? – Ela repetiu a pergunta, e só então eu me virei em sua direção; ela estava parada no corredor que levava até a cozinha, com a lateral do corpo apoiado na parede e os braços cruzados abaixo dos seios. Nada a iluminava senão a luz do poste lá fora.

Pensa, Lauren, pensa!

- Eu não estava conseguindo dormir, então eu fui caminhar um pouco. – Usei a mesma desculpa de antes, na intenção de fazer parecer que era uma mania. Ela não pensaria que eu seria idiota ao ponto de usar uma mesma desculpa se estivesse mentindo, pensaria? – Eu estava ansiosa por ir pra outro lugar que não vou conhecer de novo, e não queria te acordar para avisar que estava saindo, desculpa.

Tentei ser o mais cautelosa possível enquanto Camila se aproximava, com os olhos estreitos em minha direção, como se estivesse analisando as chances de eu estar mentindo. Eu não dei motivos aparentes pra ela desconfiar de mim, dei?

- E por que você está cheirando a... – ela parou na minha frente, aspirando o cheiro novamente –, isso não é cigarro. Você estava fumando...?

Camila gesticulou com as mãos, e eu me repreendi mentalmente por ter feito aquilo com a blusa que estou. Sequer lembrei que fumar maconha é tecnicamente proibido, principalmente se você mora na casa de uma delegada. Parabéns, Lauren.

- Você vai me prender ou algo do tipo se eu disser que sim? – Ela transpareceu uma expressão de incredulidade pelo o que eu estava perguntando, e por segundo, abandonou a postura para levar a mão até a cabeça, negando. Ok, está tudo seguro. – Desculpa, eu tinha me esquecido que ainda morava com uma delegada.

- Quem te deu isso?

- Minhas caminhadas noturnas me deram alguns... amigos. – Soltei uma piscadela pra ela, que negou com a cabeça mais uma vez, apoiando as mãos na cintura. – Então... – me aproximei, repousando a mão em suas costas, para a trazer um pouco para mais perto de mim. – Você vai fingir que não tivemos essa conversa ou vai me entregar assim que amanhecer?

Camila expressou um semblante pensativo, não recuando ao meu toque. Seus olhos ainda estavam inchados pelo sono, e o lado direito de seu rosto tinha uma marca do travesseiro. Uma parte de mim não queria estar mentindo pra ela, sobre as coisas que estou fazendo, sobre meus flashbacks, sobre quem eu sou, mas eu sabia que contar não iria fazer nada além de estragar tudo e todas as coisas. Eu colocaria minha família em risco, Ashley em risco, e isso eu, simplesmente, não consigo fazer. Camila ainda era delegada, e esse era nosso único impasse.

- Você tem cinco segundos para mudar de assunto e me fazer esquecer esse. – Ela disse, e eu abri um sorriso.

A justiça era realmente cega.

Ela fingiu começar a contar, e eu não pensei muito antes de selar nossos lábios, dando inicio a um beijo lento, porém intenso, onde ela me deu espaço para explorar cada canto da boca que eu já estava tão acostumado em ter. Suas mãos vagavam pela minha nuca, e as minhas pela sua cintura, porém, ambas sem malícia alguma; acho que estávamos as duas cansadas demais para fazer qualquer coisa agora.

Lake KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora