[Capítulo não revisado]
Lauren Jauregui's point of view.
Depois que saímos da casa de Enrico, deixando o corpo para trás pois, segundo Ashley, alguém viria buscá-lo, a ouvi conversando com alguém no telefone, e ela havia dito "sim, papà, ela só atirou no peito dele, sem hesitar. Por favor, diga que eu já posso a levar aí". Seguimos em direção ao tal lugar logo em seguida.
No caminho, Dinah telefonou para Ash, avisando sobre a morte de Roger, o que me fez imaginar que ela já tinha ligado para Camila, que, nesse momento, deveria estar juntando os pontos de tudo o que eu falei.Eu poderia até ficar me martirizado com a ideia dela reagir negativamente, mas a ansiedade estava me consumindo demais para que eu conseguisse pensar em outra coisa senão na ideia de finalmente poder conhecer as minhas pessoas, meu pai. E esse sentimento apenas aumentou quando saímos do carro e Ashley deu dois toques na porta de um casarão.
Não estávamos mais no Brooklyn, e sim em algum lugar de Nova York, bem afastado do restante da civilização, como a casa abandonada que me encontrei com Ty e G-Eazy. O lote parecia ser grande, pois, mesmo com o espaço enorme que a casa ocupava, ainda tinha uma área verde mais do que espaçosa nas laterais e nos fundos também, pelo o que eu conseguia deduzir. Uma música abafada vinha lá de dentro, porém não alta o suficiente para chamar atenção. Durante a trilha que cruzavamos no carro, também percebi diversas câmeras escondidas nos troncos de árvore, vale ressaltar.- Quem mora aqui? - Resolvi perguntar enquanto não éramos atendidas, apenas porque ficar em silêncio estava me sufocando.
- Nós. - Foi simples, mas ao bater o olhar na minha expressão que deveria demonstrar meu desentendimento, Ashley reformulou sua resposta; - como eu disse, temos pessoas em todos os lugares, porém, somos em maior número aqui em Nova York e na Sicília, claro. Todo mundo tem sua casa pelo Brooklyn, inclusive aquela que foi me ver era a nossa nova, mas nos encontramos todos aqui, gostamos de ficar entre nós. - Ela apoiou a lateral do corpo na parede. - Antes, ocupavamos um quarteirão inteiro, como uma comunidade apenas nossa, como na Itália, porém, estávamos ficando muito expostos, então papà preferiu comprar essa casa e nos encontrarmos aqui quando quisermos; para fazer festas, beber, jogar conversa fora, debater sobre os trabalhos... essas coisas.
- Somos muito unidos, então? - Aquela ideia foi completamente bem vinda na minha cabeça.
- Sim, gostamos de ficar assim entre "a nossa galera". - Ash sorriu, esticando seu braço para alcançar a altura do meu rosto, onde levou uma mecha do meu cabelo para trás da orelha. Eu gostava quando ela fazia isso. - Não precisa ficar preocupada, sis, ninguém vai te olhar daquela forma que o pessoal de Beaufort faz.
Assim que ela terminou de falar, a porta foi aberta, e a música ficou mais audível. De lá, surgiu uma mulher sorridente, com uma garrafa transparente de cerveja na mão. Ela levou o olhar até nós, e no mesmo segundo que me encontrou, seu sorriso abriu mais.
- Oh, vocês duas juntas de novo! - Sua voz estava levemente alterada, o que me fez deduzir que ela estava um pouco alcoolizada, mas eu sorri da mesma forma. - Venham aqui, em dêem um abraço.
Ashley tocou na minha cintura, como se me desse um sinal de que eu poderia o fazer enquanto a mesma se aproximava para dar um abraço na mulher. Segui seus passos, e demos um abraço a três -não tenho certeza se aquilo teria acontecido caso ela não estivesse sob efeito do álcool, mas eu gostei-.
- Papà ainda está aqui? - Minha irmã perguntou ao nos afastarmos, e a mulher assentiu.
- Vi ele da última vez lá atrás. Entrem, entrem! - Praticamente nos empurrou para dentro, e eu gargalhei baixinho por impulso, fazendo Ash sorrir ao meu lado.
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Lake Killer
Mystery / ThrillerUm corpo brutalmente assassinado é encontrado nas margens do lago de uma pequena e tranquila cidade do Sul dos EUA. Porém, não é apenas isso que choca os moradores; havia uma mulher jogada ao lado do corpo, com o pulso esquerdo coberto por tatuagens...