Capítulo doze

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Os alunos estavam quase comendo viva a garota com o olhar, o professor também já estava impaciente para retomar a sua aula.

— Vem Hye, não vai doer nada vim aqui.

Hye Respira fundo e desce até o centro da sala, suas pernas já estão bambas, ela não gosta de ter atenção de muitas pessoas em si.

— Com a minha parceirinha do lado, eu contarei sobre a decoração.

Ele passa seu braço em seus ombros. Com que intimidade isso? A garota lhe olha sem entender quando foi que ela permitiu que ele a tocasse.

Se bem que, eles já fizeram coisa pior, quando ela sentou no colo dele no banheiro masculino.

— Falei com os carinhas da decoração e chegamos num acordo. O tema da festa pode ser sobre templos e palácios. Já que o tema do trabalho de um grupo. Aí é sobre o tambor Dancheong. O que acham?

Hye tenta sair do braço pesado do Taeyong, mas ele aperta ela ainda mais para ficar perto dele.

Os alunos fazem um burburinho entre si e no final eles concordam. Será diferente e engraçado uma festa com tal tema, as roupas de época ficarão engraçadas em uns e bonitas em outros e isso é o que eles queriam.

— Parabéns pela ideia, Taeyong e Hye. — o professor diz. — Mas agora eu preciso voltar com a aula.

Taeyong solta finalmente Hye e eles sobem para suas cadeiras.

— Morreu?

— Quase.

— Você nem disse nada. — ele arqueia uma das sobrancelhas.

— Mas foi horrível, principalmente quando você me apertou.

— Puf, se você diz.

Eles voltam a atenção para a aula.

. . .

O tema da festa foi finalmente resolvido, agora eles precisavam organizar fundos para fazer as compras das decorações.

Numa universidade tão prestigiada, não seria difícil conseguir dinheiro, mas ainda não sabiam como.

A semana passou e o domingo chegou. Taeyong disse para a sua parceira entrar na sua conta do Facebook, mas a mãe dela estava tão desconfiada, que ficava ao lado dela na hora que a garota usava o computador.

Dizendo que queria aprender mais junto com ela.

Então estava praticamente impossível.

. . .

Noite de domingo.

Hoje tem ceia, ela já "toma" e nem foi decisão própria e claro, da mãe. Ela tinha apenas quinze anos, quando a senhora marcou o seu batismo nas águas.

A menina está em pecado, por conta das mentiras. Mas não podia negar o pão e o vinho, sua mãe irá pensar coisas terríveis sobre ela e acontecerá a mesma coisa de antes.

Hye vestiu um de seus vestidos favoritos. Um vestido azul escuro de botões que começam de cima até embaixo. E na barra do vestido tem alguns babados. Ao fim pôs um salto nude. Ela se sentia linda naquele vestido, mostravam um pouco suas curvas por ele já estar apertado.

— Esse vestido tá justo demais em você Hye.

Sua mãe olha de cima abaixo o look da filha.

— Mas eu gosto desse vestido.

— Na época que comprei ele estava decente em você, hoje será a última vez que vai usar. Depois eu irei jogá-lo no lixo.

— Mas mamãe, eu gosto dele.

— Tá me contrariando? Se estiver eu rasgo ele agora mesmo.

Era um simples vestido que estava um pouco justo no corpo da garota. Ela tinha curvas e o vestido apenas ressalta isso.

Todavia a mulher não queria olhares em Hye, e a garota não entendia o porquê. Mesmo que sua mãe sempre dissesse que os homens se atraem muito fácil e que podem fazer mal a ela, ainda era confuso.

Sem responder sua mãe, ela foi sozinha para igreja, pediu a permissão do pai e ele não viu problemas em deixar. Ela não costumava pedir alguma coisa a ele, era sempre com a mãe, mesmo que a maioria das vezes ouvisse apenas um não dela.

Nos dias de ceia tem que chegar um pouco mais cedo que o habitual, para conseguir um bom lugar. As pessoas costumam ir mais nesses dias. Ou quando tem alguma festa.

— Como está indo você e o bonitão?

Hye mal chegou e já teve que ouvir as perguntas sem fundamento de Jina.

— Indo o quê?

— O namoro de vocês. — ela senta ainda mais perto da garota.

— Namoro?! Menina, eu não namoraria com um garoto do mundo, eu não sou como você.

— Atá, e o quase beijo de vocês no bebedouro?

— Não ia acontecer nada ali, a gente só estava conversando.

— Como pode mentir dentro da igreja, Hye? — Ela provoca a garota.

— Acredite no que quiser, eu não tenho tempo pra suas loucuras.

Ela se afasta da menina e das suas perguntas bobas e espera o culto começar.

Estava se sentindo linda naquele vestido e não só ela percebeu isso, mas alguns garotos do seu conjunto não paravam de olhá-la. E os que estavam nas bancas da entrada da igreja também lhe olhavam. Ela estava tímida com tudo isso, não é sempre que sua autoestima se eleva, mas o seu vestido favorito deu um charme em seu corpo e ela se sentiu tão bem, aproveitando as últimas horas com ele.

Assim que seus pais entram, o motoqueiro também entra. Ele senta na banca da frente apenas para olhar melhor sua parceira. Que estava ocupada demais trocando olhares com outros rapazes. Ele sorriu ao vê-la flertar com alguém, será mesmo que a "santinha" está finalmente saindo do casulo ou isso é apenas por hoje?

Ele não foi ao culto à toa como sempre faz, ele foi para falar com ela. Afinal, ela não se comunicou com ele através de nada, nem sinal de fumaça. E eles precisavam começar a pensar na maneira de arrecadar dinheiro. Lee precisava pensar em como fazer Hye sair de seu lugar e ir conversar com ele.

Hoje é um dia mais arriscado que a última vez. Tem muito mais pessoas, crianças brincando pelos corredores, mães amamentando seus bebês, e obreiros vigiando o lugar.

A missão de conversar com Hye é quase impossível. Mas por que não podia esperar para segunda?

É feriado, e eles têm prazo para cumprir suas responsabilidades. As semanas se passam, e eles não tem noção do que comprar e de como comprar. A festa se aproxima e eles não podem apenas ficar adiando.

Qual o plano da vez?






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