Jaehyun, garoto que ajuda com a decoração, parece meio sem jeito como se estivesse atrapalhando alguma coisa.
— Tá naquela bolsa ali. — Hye aponta para uma das tantas bolsas em cima da mesa.
Eles voltam aos seus afazeres, tentando esquecer a conversa anterior. Foi a primeira vez que eles conversaram seriamente, sem brigas, sem piadas, e isso foi muito bom para ambos.
Mas se ao menos Hye levasse seu conselho para a própria vida.
Eles ficaram novamente sozinhos no salão, mas não parecia os incomodar, eles estavam bem um com o outro e isso é o mais importante do que um silêncio mórbido.
— Já tá na minha hora de ir...
O horário da menina ir para casa é 17:00 horas, um minuto a mais e a sua mãe já quer lhe jantar viva.
— Tudo bem. Pelo pouco que falei com a sua mãe, percebi o quanto ela é brava, é melhor ir mesmo.
Eles dois riem.
— Amanhã nós continuaremos a organizar. Tá ficando bem legal.
— É, tá maneiro.
Estava tão agradável o ambiente e ao mesmo tempo estranho, eles normalmente estariam com alguma briguinha boba.
— Tchau, chato. — ela dá um soquinho no ombro dele.
— Tchau, santinha. Você não perde uma né.
Ela sorri e vai embora.
"Até que o Taeyong é legal, de vez em quando." Hye pensa, eles se deram uma brecha para se conhecer agora. E talvez amanhã finjam que nada aconteceu.
Tudo que impede que uma linda amizade nasça é a mãe de Hye.
. . .
A garota estava cansada, as pernas lhe doíam de tanto caminhar.
Jantou rápido e deitou em sua cama e não tardou a pegar no sono. A desculpa da vez, é que estavam começando as provas e precisavam estudar por três dias seguidos.
A mãe comprou a desculpa.
Ou quase.
. . .
— Me conta como foi ontem, você não me diz nada. Argh.
Morgana já tinha enchido de perguntas a Hye, que não queria comentar muito sobre ontem, pois sabia que sua amiga iria pensar bobagens.
— Não houve nada demais, mulher. Relaxa.
Elas sentam no pátio da universidade. Um lugar com alguns quadros de pinturas, e de algumas pessoas importantes.
— Se aconteceu nada, por que não me conta como foi?
— Não aconteceu nada de anormal, nós arrumamos o salão e fomos embora.
— Olha quem tá vindo, é melhor perguntar a ele, você tá muito estranha.
Taeyong andava pelo corredor do pátio, com seus fones de ouvido aproveitando o pouco tempo livre de suas aulas.
— Ya, Taeyong! — Morgana grita e o chama com a mão para que ele se junte a elas.
— O que foi?
Hye estava com receio do que ele poderia falar. Não aconteceu algo tão espetacular ontem, mas tiveram alguns minutos como duas pessoas que se entendem. Além do fato dela não querer comentar sobre o pai do Lee, não era problema dela sair comentando por aí. Mesmo que Morgana seja sua amiga, é algo tão pessoal do Taeyong, e ela respeita isso.
— O que rolou ontem no salão de festa?
— A decoração— ele estava confuso, onde ela queria chegar?
— Eu sei garoto, mas entre você e a Hye, o que rolou? — Ela diz baixo para que a amiga não ouça.
— Nada. O que você queria que acontecesse? Para de ler suas fanfic, ta te prejudicando. — ele vai embora pondo seus fones novamente.
— Eu te disse que não aconteceu nada.
— Vocês me decepcionam, sabia? Ficaram sozinhos ontem, e nada. — ela diz meia triste e Hye lhe abraça indo para a sala.
— Você está levando essa história de shipp a sério demais. Vamos focar na realidade.
. . .
— Eu quero toda a equipe de decoração na noite da festa, para tirarmos uma foto com o trabalho de vocês. Pra que toda a universidade saiba. — O professor responsável pela turma diz.
— Professor, eu não posso ir à festa.
A garota já havia se arriscado demais com essa festa que nem ao menos iria participar. E não por falta de vontade. Mas por que não a permitem.
— Então vamos fazer assim, assim que todos da decoração chegar, nos encontramos no salão de festas, tiramos a foto e você vai embora. Isso é muito importante Hye, espero que venha. Não precisa ficar na festa.
Céus, o quê é mais indicado onde fazer?
— Não esquenta, santinha. Você dá um pulo aqui e vai embora. — Taeyong se aproxima dela para conversar.
— Mas como eu vou fazer pra sair a noite? — Ela põe as duas mãos no rosto, tentando ter alguma ideia.
— Minta. Já que a sua mãe não vai te apoiar nisso, é a sua vida e você tem que tomar as decisões.
— Tá bom, Taeyong, agora eu preciso ficar sozinha pra pensar.
Ele se afasta respeitando o espaço pessoal dela. O rapaz ainda não entende o medo estranhamente grotesco que Hye tem por sua mãe. Mas prefere não se envolver, se a menina não é capaz de pôr para fora seus problemas, ele também não irá obrigá-la.
. . .
Ela tinha até quinta para pensar e hoje já é quarta. Ainda precisava ajudar na decoração.
. . . Quinta-feira. . .
Ontem a tarde, deu tudo certo para poder sair de casa, com a desculpa que tem para estudar por conta de provas ela consegue passe livre para sair de casa.
As horas de ir para a festa já se aproximava mas nenhuma ideia vinha na cabeça. Taeyong deu algumas sugestões mas ela não acha que possa ajudar. Estava desesperada, precisava desabafar e como não havia ninguém com quem contar em casa, ela pegou seu diário no lugar secreto.
Achou uma página limpa e começou a escrever tudo em relação à festa. E de que precisa fugir para ir nela.
"O que eu deveria fazer?" Hye, pensa."
Ela passou por tantas coisas por conta desse trabalho, e agora que está finalmente livre dele, não custa dar uma passada no salão de festas e ver como está, e tirar a foto com o professor pela nota. A garota vem mentindo para a mãe todas essas semanas, não faz mal mentir apenas dessa vez.
— Mãe, eu posso ir na casa de uma irmã? Vamos fazer uma oração por ela.
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Good or Bad
Подростковая литератураCriada em uma família tradicional evangélica, Hye não sabe distinguir bem o que é melhor para si mesma sem ser baseado nas coisas que sua mãe fala. Ela concluiu o ensino médio, mas agora sua nova jornada é numa universidade onde tudo irá mudar. Con...