Capítulo vinte e seis

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Postando mais um por que eu realmente gostei desse capítulo. Espero que vocês também gostem. ♥️

— Desculpa santinha, eu acho que a gente acabou se empolgando. O que pra nós não significa nada, pra você deve ter um peso enorme. Eu pensei bem, e acho que quero ser o primeiro a te beijar. — Taeyong deu um sorriso preguiçoso.

Espera… Eu ouvi direito?! Ele quer me beijar! Meus olhos se arregalaram e depois de muitas tentativas de balbuciar algo e raciocinar ao mesmo tempo, consegui dizer alguma coisa:

— Calma. Por que decidiu isso? E por que deveríamos nos beijar? Nós somos amigos…

Desvio meu olhar dele e vejo Morgana dando alguns pulinhos de felicidade. Com certeza ela é a mais empolgada dentro dessa sala.

Beijar Taeyong é… Um caminho sem volta; depois de acontecer, mesmo que diga que a amizade é a mesma e que nada vai mudar, quando nossos olhares se encontrarem nos corredores movimentados ou não, na sala de aula e fora dela. Vamos nos lembrar desse momento. Pelo menos eu irei, não é algo que você esquece fácil… É o primeiro beijo, talvez para alguns não seja importante mas para mim é um passo tão decisivo.

— Eu sou impulsivo, e no momento é o que eu quero e em relação a nossa amizade, nada vai mudar. O beijo não vai significar nada pra mim e nem pra você. — Ele dá um sorriso de canto de boca.

Tranquilidade, era o que ele demonstrava em suas palavras, mas os seus olhos… não sei, eles estão mais escuros, incisivos. Gostaria de adivinhar o que está pensando.

Meus pulmões se enchem de ar quando ele passa a ponta da língua sobre os lábios e consequentemente pelo piercing metálico. Ah.. como deve ser beijá-lo com isso em sua boca? A curiosidade me assombra, mas o receio do que um "sim" pode mudar também.

— Eu não sei…— Me afasto dele, passando a mão em minha testa que está transpirando. Eu estou mesmo muito nervosa.

A sala ainda estava vazia mas se fossemos mesmo fazer algo precisaria ser em outro lugar.

Eu quero alguém que tenha uma conexão comigo e ali estava. Tenho isso com ele. É difícil de decifrar a ligação que temos, como um código morse. Sinto também que somos sólidos demais para desmanchar nossa amizade com um beijo, que de acordo com ele não significará nada. Se eu pensar da mesma forma, passará de um simples beijo para mim também. A única coisa que espero, se eu disser "sim" é que a gente não mude, que ele não se afaste e que principalmente ainda tenha esse carinho comigo.

— Você decide, não sou o tipo de cara de ficar insistindo. Se quer bem, se não, tudo bem também. — Ele cruza os braços andando em círculo. Ele está claramente apenas esperando uma resposta minha e que não irá se chatear caso eu recuse. Sei que não, ele é mais que isso. Mais que um garoto que não sabe levar um não.

Mordo meu lábio. Meu corpo está amolecido com a ideia de beijar o meu amigo. Ficar com Taeyong é como se jogar a um precipício, mas a escolha é tão tentadora que não parece ser perigosa. Não de maneira ruim, ele é atraente e não me orgulho de pensar dessa forma. Pois a atração é algo carnal, ou seja, o meu corpo quer sentir o dele, eu quero tocá-lo… quero beijá-lo. A tentação que eu desejo muito cair.

— Hye, não tem um pretendente melhor que ele. Será só um beijo, e depois, vai ser só um preparo pro futuro.

O que mais eu terei a perder do que o bv? Coisas "piores" entres nós já aconteceu como me sentar em seu colo no banheiro masculino da igreja. Intimidade nós já temos.

Uma vez não fará mal a ninguém, não é? 

— Tá, tudo bem. — tento duramente soar desinteressada, fria e que eu não estou tremendo por dentro e as minhas pernas não estão em consistência de uma gelatina.

Good or BadOnde histórias criam vida. Descubra agora