Capítulo quarenta e cinco

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Park Jisung

Há duas hora atrás 

Voltei à sala depois de ter ido ao banheiro. Queria lavar o rosto e tentar melhorar meu semblante, não quero que continuemos a lamentar pelo resto da noite.

Percebo que Hye não está mais na sala e começo a procurar por ela. O apartamento não é tão grande, então não custei a perceber que ela foi embora. 

Corri para a janela com esperança de vê-la ainda por perto e perguntar o por que saiu assim, sem avisar. E se foi por alguma coisa que eu falei. 

— Onde você pensa que vai? — Gritei assim que abri a janela e vi minha irmã um pouco nervosa e inquieta esperando por algo ou alguém.

— Vou falar com ela e não venha atrás de mim. 

Gritou ela de volta sem olhar para trás e antes que eu tentasse descer e impedir que cometesse algo que se arrependa futuramente, um táxi parou próximo a ela que logo entrou. Merda Hye! 

A nossa mãe é instável, pelo menos na época que eu ainda morava com ela. Aquela mulher é louca da cabeça e não aceita ser contrariada ou enfrentada.  

Caminho de um lado para o outro pensando no melhor a se fazer. Será que devo ir até lá e conversar com a minha mãe junto a Hye ou esperar seu retorno? 

— Porra! Não deveria ter contado essas coisas a ela. Mamãe vai ficar furiosa. — Dou um tapa em minha cabeça e bagunço meu cabelo que parece não ser lavado a dias. Mas o loiro acaba ressecando o cabelo mais do que o normal.

Procuro pelo meu celular quando uma ideia surge. Infelizmente tenho que admitir que com a minha ausência, o único homem na vida da minha irmã é o Taeyong e ele a conhece talvez tão bem quanto eu. Tae, pode me dizer o que fazer em relação a decisão de Hye.

Em dois toques fui atendido. 

— Aí cara, eu contei as merdas que aconteceu comigo por conta da minha mãe e a Hye correu pra casa da velha enfrentar ela. O que cê acha que eu deveria fazer? Você a conhece bem, não é?

— O que? Caralho Jisung, aquela doente da sua mãe vai acabar com a menina. Me encontra na casa dela, eu já tô indo.

— Como assim… –

Ele desligou. 

Achei que a Hye sofria "apenas" de pressão psicológica assim como eu. Mamãe parou de me bater assim que fiz doze anos e já tinha quase a altura dela. Porém, Hye é bem menor e com menos força que eu. Provavelmente seja esse o motivo dela ter me expulsado e não ter me transformado em um saco de pancadas.

Pego as chaves da moto e corro pela saída mais próxima, que é as escadas de emergência. O elevador estava ocupado e se a minha irmã está mesmo em perigo novamente por minha causa, eu não tenho que perder tempo.

Lee Taeyong 

Minutos antes de presenciarem a agressão

Não tenho a mínima ideia de como eu não me machuquei assim que sai da moto de todo o jeito sem ligar que acabei deixando-a cair. Só me importava com Hye e depois da cena que vi no seu quarto, temia que coisas muito piores pudesse acontecer com ela. 

Jisung chegou no mesmo momento que eu e não dissemos nada, estávamos preocupados para poder dizer qualquer coisa. 

Ouvimos gritos raivosos, esbravecidos de alguém que não era Hye. Nos olhamos por frações de segundos antes de eu abrir a porta e a cena em questão se tornar medonha, como num filme de terror ou coisa assim. 

Good or BadOnde histórias criam vida. Descubra agora