Narração
No início, quando o trio formado por Hye, Morgana e Taeyong eram unidos por uma única causa, Morgana sempre achou que seus amigos ficariam bem juntos e ambos poderiam se ajudar. Porém, quando houve a discussão na festa do Hyunjin, entre Morgana e Taeyong, ela considerou nula a ideia de que ele fosse o melhor para sua amiga. Sabendo por terceiros que eles tinham algum tipo de relacionamento, a deixou frustrada, pois achava que Hye confiava nela e poderia contar qualquer coisa.
— É que isso não é da sua conta. Por isso ela não te contou nada. — Taeyong a refutou. Foi ele quem deu a ideia de que Hye não contasse nada a sua amiga.
— Engraçadinho. — ela fez careta e revirou os olhos em sequência. — Talvez ela tenha um motivo pra não ter me contado, apesar de que, Hye não me deve satisfação da sua vida. Eu só pensei que ela… confiava em mim.
Morgana arrumou suas roupas num modo de se sentir menos constrangida e abaixou a cabeça olhando os detalhes da calça jeans que estava vestindo.
— Talvez não confie tanto assim. — Taeyong levantou disposto a ir embora. A notícia que tanto esperava já chegou e não queria prolongar uma discussão sobre a vida íntima dele. Sendo assim, depois de um tapinha no ombro de Jisung, digeriu-se até a entrada do setor de emergência. Procurando por um táxi disponível, tão tarde nesta madrugada.
— Não liga pra ele. Taeyong gosta de implicar. Acho que a gente deveria ir também. Não vão nos deixar entrar no quarto dela nem tão cedo. — Acalentou Jisung a menina. Que estava pensando no que Taeyong havia dito. Achava que depois de tudo, eles teriam uma nova oportunidade de se falarem e voltarem a pelo menos se suportar. Todavia, estava enganada. Ele não estava disposto a dar o braço a torcer, a única coisa que ele se importava, era o bem estar de Hye.
— Tem razão… eu não tenho ideia do que aconteceu entre eles, e isso não me convém… Hye sabe o que faz.
Ela sorriu com os cantos da boca e junto a Jisung, foi embora dali. Morgana lhe ofereceu carona, já que o meio de transporte dele estava estacionado de frente a casa da família e não lhe custava nada ajudar.
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Todos haviam ido para suas casas descansar, tentar dormir algumas horas e retornar ao hospital. Ansiosos pela visita que farão mais tarde.
Entretanto, apenas uma pessoa continuava a circular pelos arredores do hospital no setor de emergência e na cantina, próximo dali. Se abastecendo de cafeína, com um lencinho no bolso da calça social, usando sempre que lembrava da filha. A culpa lhe corroía por dentro e transbordava por fora. Sem saber de notícias e sendo traído pela angústia que o mandava pensamentos negativos junto ao pessimismo de que o pior poderia acontecer, ele continuava a caminhar. As pessoas naquele horário que estavam presentes nesse lugar frio que dá fobia em algumas pessoas, também tinham semblantes parecidos daquele senhor. Os acompanhantes não estavam ali porque gostavam de estar, principalmente às 3:00 da manhã.
Também se sentiam angustiados, medrosos, desamparados… culpados. Num grande entre e sai de médicos e pacientes estabilizados também haviam muitos óbitos e familiares aos prantos enquanto precisavam planejar um velório de última despedida.
Senhor Park, tremia só de pensar que poderia ser uma dessas pessoas infelizes. Tendo que levar uma parcela de culpa junto com ele pelo resto da vida.
Quando ele voltou à sala de espera, orando ao seu Deus, para que a Hye estivesse bem, notou que seu filho e os outros amigos da filha não estavam mais ali. Era a sua oportunidade de conversar com algum médico e perguntar o estado que se encontrava a sua preciosa filha.
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Good or Bad
Teen FictionCriada em uma família tradicional evangélica, Hye não sabe distinguir bem o que é melhor para si mesma sem ser baseado nas coisas que sua mãe fala. Ela concluiu o ensino médio, mas agora sua nova jornada é numa universidade onde tudo irá mudar. Con...