Capítulo vinte e oito

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Há uma semana atrás eu não arriscaria como estou fazendo agora só porque Taeyong me pediu para falar com ele. Mas eu estou um pouco anestesiada do medo.

O clima da noite, estava tão agradável que não sinto frio mesmo estando aqui fora. O céu está tão bonito, intenso e escuro quanto os olhos de Taeyong.

— O que quer?

Cruzo os braços e bato um pé no chão, com a adrenalina se formando dentro de mim e sacudindo meu corpo.

— Você quer ir mesmo pra festa do Hyunjin?

— É, acho que sim… Eu nunca fui a uma de jovens "mundanos". — Brinco com uma pedra com a ponta da minha rasteirinha que está meia molhada por eu ter derrubado água nela.

— Tudo bem, eu vou pensar em alguma coisa. — ele se afastou da moto e eu dei um passo para trás involuntariamente. — Por que está tão nervosa comigo por perto?

Ele anda até mim e dobra sua cabeça para um lado, intrigado, uma sugestão de um sorriso toca seus lábios.

— Eu não tô. Só é estranho sempre lembrar dos acontecimentos de hoje quando olho pra você. — Falei apressadamente, com meus pensamentos bagunçados.

— Relaxa, depois você esquece. — Ele diz sem rastro de humor em seu sorriso.

Inspiro fundo. Eu estava mesmo precisando respirar um pouco. Aquela tensão naquele corredor quase me enlouqueceu.

— Sim, eu vou.

Espero. É tudo que eu quero. Esquecer das coisas estranhas que estou sentindo por causa dele.

— O que veio fazer aqui realmente?

— Te deixar nervosa. Eu gosto de te ver assim. — Ele simplesmente diz.

Lee se aproximou mais e eu busquei saliva para umedecer minha garganta. Estávamos a poucos centímetros e eu senti o seu perfume forte e inebriante me invadir. Seus olhos entregam a sua diversão em me vê assim, tensa.

— Não imagine demais. Eu não estou nervosa. — aperto minha saia enxugando o suor que vem das minhas mãos. Prendi a respiração e tentei demonstrar que era forte. E dou um passo para mais perto dele. Na tentativa totalmente inútil de fingir que ele não me intimida, que não me deixa tonta.

Minto estupidamente tentando me convencer. Taeyong sorri e o hálito quente de hortelã — que percebi agora que está com uma bala em sua boca, fez minha boca salivar. Por mais que eu tente forçar meus olhos a encarar os seus, eles pairam sobre seus lábios.

Taeyong põe as mãos nos meus ombros, e empurra meu corpo e quase gritei quando senti algo sólido e frio tocar as minhas costas bruscamente. Mais uma vez eu estava presa em seus braços, e todo um flashback tomou conta dos meus pensamentos, o déjà vu de hoje de manhã, era incrível e o mais nítido do que nenhum outro que já senti.

— Você quer mesmo entrar nessa comigo? Não tente me provocar, você sabe que vai perder.

Sua mandíbula se retesou. Seus olhos escuros cheios de má intenções fizeram minha alma vibrar dentro de mim e pelos de regiões que nem sabia que era possível se arrepiaram. A boca dele estava entreaberta me causando palpitações, ela parecia tão bonita e macia como me lembro bem.

— Eu não estou provocando.

A tensão invadiu meu corpo enquanto eu regulava a respiração. Queria provar que ele não mexia com meu sistema nervoso e agora está mais claro que nunca. A última pessoa que eu queria que soubesse disso era ele.

Good or BadOnde histórias criam vida. Descubra agora