Capítulo vinte e um

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— Mãe, eu posso ir na casa de uma irmã? Vamos fazer uma oração por ela. 

Mordo meu lábio esperando que a minha mãe compre essa desculpa. É muito errado colocar as coisas do senhor envolvida numa mentira. Mas eu já fiz tantas coisas que isso se tornou fichinha. Como diz o Taeyong.

— Qual irmã? — Ela continua a cortar alguns legumes para o jantar.

— Irmã Kim. Ela tá precisando muito.

— E por que ela não avisou na igreja? — Ela parece desconfiada. 

— Ela queria que fosse apenas o meu conjunto, por isso avisou apenas a nós...

— Hum. Você vai sozinha? 

— Sim, eu vou encontrar o restante do pessoal perto da casa dela. Não é tão longe daqui. 

— Quer que eu te leve? 

— Não! Quer dizer, não precisa, mãe. Continue fazendo o jantar. Eu vou me arrumar. 

Ela me dá um olhar de poucos amigos e vou para o meu quarto tomar um banho e vestir algo legal para a festa.

Não tenho tantos vestidos bonitos como os das garotas da faculdade, mas sou decente. Optei por um vermelho liso, com alguns botões perto da gola. Como todos os outros, o comprimento dele é no meu joelho. Está um pouco justo em mim, mas não tanto quanto o que minha mãe jogou fora. Meu cabelo está limpo, e não está feio para usar solto. Não é sempre que faço isso, eu normalmente faço alguma trança ou um coque. 

Mas acho que hoje posso ousar um pouco. 

Calço uma sandália baixa da cor do meu vestido, e já estou pronta. Não tenho ao menos um brilho labial para não ficar com os lábios ressecados por conta da minha mãe. Mas tudo bem. Me perfumo um pouco, pego uma bolsa pequena de mão, com o dinheiro que a minha mãe me deu para o suposto trabalho da vez que fui de moto com o Lee.

Desço até a sala esperando que a minha mãe não reclame da minha roupa.

— Por que vai tão arrumada? 

— Isso? Não é nada demais, mãe. — dou um sorriso amarelo.

— Volte cedo e tome cuidado nas ruas. 

— Tá, bença? 

Ela me dá sua benção e vou até o ponto de ônibus para a minha universidade. Estou animada, e nem ao menos eu vou participar da festa. Mas é a segunda vez que saio a noite sozinha, e sem destino a igreja. O gostinho de liberdade é bem sutil, mas eu gosto. Em pensar que isso deve ser bem normal para as pessoas da minha idade. 

— Uau! — Murmuro para mim mesma, a entrada está linda. Com luzes e um tapete vermelho na entrada. 

Tem muitos jovens na frente, com roupas de tema da festa da sua turma. 

Não vejo a Morgana e nem o Taeyong por aqui, mas resolvi entrar assim mesmo.

— Cadê sua fantasia? — O segurança me barrou na entrada. 

— Eu não vim pra curtir a festa, eu sou da decoração e vim tirar foto com o professor. — mudo o peso do meu corpo com os meus pés.

— Conta outra, essa é velha. Próximo.

O que esse brutamonte de dois metros está dizendo? 

— Eu tô falando a verdade, me deixa entrar. 

— Deixa ela entrar, é da decoração. — meu professor fica ao meu lado me salvando.

— Obrigada, professor.

Good or BadOnde histórias criam vida. Descubra agora