Liz narrando- saímos do morro, o hospital não é longe, más fora do morro eu posso colocar meu plano em ação, não posso fraquejar, um passo em falso e tudo acaba, por sorte ou porquê saimos com pressa , ele carregava apenas uma pistola na cintura , e não pediu escolta.
Chegamos na emergência do hospital a recepcionista pediu o documento do Gustavo , eu não tinha documentos, estava sequestrada, ele levantou a camiseta e mostrou a pistola para a recepcionista.
Fábio- olha qui o documento, chama logo o médico para atender o móleque.
Liz- calma, ela vai chamar.
Ela assentiu com a cabeça e foi chamar o médico, ele segurava o Gustavo que estava todo vomitado, eu esqueci a bolsa de propósito.
Liz- esqueci a bolsa dele , vou pegar para trocar ele.
Fábio- tá maluca? se tú foge porra , tá achando que eu sou otário?
Liz- eu não vou fugir, você está com meu filho e eu já te provei que pode confiar em mim, eu não vou deixar você, somos um do outro agora.
Dei um selinho nele, que me deu a chave.
Fábio- não tenta nada.
Fui até o carro, peguei a bolsa e peguei o pedaço do vidro, risquei algumas vezes no asfalto para reforçar a ponta, e coloquei em baixo do tapete do motorista, entre a porta e o banco do carro, a pior parte vai ser convencer ele a deixar eu dirigir, ele não pode dirigir , se eu atacar ele dirigindo ele vai perder o controle do carro e o acidente vai ser inevitável, travei o carro e voltei.
Fábio- demorou porquê.
Liz- fui no banheiro.
Fábio- você não foi ligar pra ninguém não né.
Até poderia ter ligado, mas estamos mais perto do morro dele do que do nosso, o atendimento com o médico seria rápido , ele está com meu filho e não pensaria duas vezes antes de atirar, eu preferi segui com o que eu havia planejado.
Liz- o médico já veio?
Fábio- já! olhou ele e falou que é uma parada de refluxo, foi pegar as receitas.
Troquei o Gugu, amamentei ele um pouco e coloquei no colo dele. Enquanto o médico voltava com as receitas.
O médico voltou e o Gugu tinha adormecido no colo dele.
Fábio- vamos meter o pé, que eu tô morgadão.
Saímos andando para o estacionamento eu olhei a pistola que estava do lado direito, eu vou ter que ser muito rápida .
Liz- Deixa eu levar o carro?
Fábio- tá doidona ? Pra tu voltar pro teu morro e me levar de bandeja.
Liz- você está segurando o Gugu que está dormido no seu colo, você está armado , você acha que eu sou maluca?
Eu já falei que nós dois vamos ficar juntos para sempre, eu já provei que você pode confiar em mim e você ainda dúvida, isso me magoa.Entreguei a chave, ele devolveu.
Fábio- não precisa ficar assim , se você quer dirigir pode levar o carro, foi mal aí, mas o medo de perder você é grande.
Eu sorri pra ele, que pediu um beijo, eu beijei ele, de certa forma ele parece sentir que é o último pois foi o mais demorado e apaixonado que ele me deu, eu me senti aliviada em pensar que esse foi o último o que me deu mais segurança para seguir em frente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Suave como uma bala
FanfictionLiz nasceu e cresceu na periféria Brasília, filha de um policial militar, ela tem o pai como exemplo e a profissão dele como sonho, ao contrário de Liz , Luiz seu irmão seguiu um caminho inverso, uma crime brutal fez o menino entrar para o mundo do...