zero. claiming who i love

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Feyre Archeron cometeu um terrível erro. Havia se negado a revelar seus sentimentos, se recusou a expor eles em voz alta e isso havia condenado não só seu amado mas como Prythian inteira. Ela foi uma humana estúpida, e agora, Tamlin sofreria com isso ao lado de todos os feéricos que tinham aquele continente como casa. E esses pensamentos estavam lhe corroendo por dentro enquanto  a narração de Alis sobre todos os acontecimentos que levaram todos até ali com a Grã-Rainha e seu terrível reinado ecoava em sua mente, repetidas vezes.

Tudo que a feérica com pele de casca de árvore disse, a voz amarga fez os olhos azuis-cinzentos da humana queimarem ainda mais. Ela poderia, deveria, ter evitado aquilo tudo. Mas, não havia mais tempo para arrependimentos, Feyre apenas desejava concertar todos os erros que inconscientemente cometeu e passar o resto de seus dias nos braços imortais do seu amado Grão-senhor. Ela podia ver claramente os dias que se seguiriam após resgatar Tamlin das garras da temida Grã-rainha, eles passariam noites juntos, entrelaçados de todas as formas e acordariam juntos, por todo o tempo que os restava naquela vida humana da Archeron mais nova.

Era por esse futuro idealizado que ela estava ali, tropeçando no escuro gelado em busca do que lhe levaria diretamente à ele. Diretamente para Sob a Montanha, para que pudesse enfrentar Amarantha e reivindicar quem ama. Uma eternidade pareceu ter se passado quando um clarão de luz laranja lhe cegou por meros segundos e vozes atingiram os ouvidos da caçadora humana. Meros sibilos, vociferando, eloquentes e guturais rompiam o silêncio da caverna como fogos de artifícios. Feyre se escondeu, pressionando-se contra a parede de rochas que feriu superficialmente sua pele, mas novamente veio o silêncio. Após piscar os olhos repetidas vezes e desencostando-se da amurada, ela caminhou com as pontas dos pés até a fonte daquela luz laranja. Uma leve fissura na rocha. Grande o suficiente para que uma pessoa passasse por ela, mas tão afiada e áspera que deixava bem claro que não costumavam utilizá-la. Forçando sua visão e silenciosamente agradecendo Tamlin por ter lhe dado uma visão feérica capaz de deixá-la enxergar a maioria dos encantamentos, um corredor se revelava além da fissura, um longo caminho que se curvava e novamente se afundava em escuridão. O silêncio continuava mas Feyre não ousou confiar nele, não quando o aviso de Alis ecoava em sua mente, não quando sabia que feéricos podiam ser tão silenciosos quanto gatos.

Tamlin estava ali, em algum lugar. Preso debaixo das garras de uma mulher cruel, ela precisava ir atrás dele, encontrar uma forma de libertar ele.

Respirando fundo, ela se concentrou e se preparou. Seria como caçar, tentou convencer a si mesma. Os animais dariam lugar aos feéricos, seriam substituídos por seres que poderia tortura-lá infinitamente, até que implorasse pela morte e acabasse igual ao feérico da Corte Estival que Tamlin tentou salvar, aquele que teve suas asas brutalmente arrancadas. Ela não se permitiu pensar naqueles cotocos jorrando sangue em abundância enquanto passava pela fenda minúscula, suas armas que resumiam a uma aljava cheia, duas adagas presas em sua cintura e um arco preso em seus ombros, rasparam nas pedras e ela se obrigou a encolher-se para ultrapassar completamente aquela abertura.

Corte dos PesadelosOnde histórias criam vida. Descubra agora