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Defitivamente, Demetria odiava o Salão do Trono com todo seu coração. Odiava cada candelabro de jóias. Cada pilastra. Cada olhar posto em si. Mas, principalmente odiava o piso vermelho em que estava ajoelhada diante do trono negro, diante de Amarantha com o belo corpo vestido por um tecido branco-dourado, diante de Tamlin que se mantinha inexpressivo com toda aquela situação, diante de Rhysand que também a poucos passos de si, os olhos violetas demonstrando tédio, mas se mantinham completamente atentos nela, enquanto garras invisíveis arranhavam as barreiras de sombras em torno da mente da fêmea com desespero.
Amantha tambolizou os dedos nos braços de seu trono, antes de soltar um suspiro lento com um falso despontar. A multidão de feéricos ao seu redor se manteve silenciosa, tensa com o que estava a vir. Todos tinham consciência do que ocorria quando Demetria era posta diante de Amarantha, o que acontecia quando Attor parecia sorrir com uma alegria cruel e membros da corte da Grã-Rainha riam, felizes, ouro transitando em suas mãos esqueléticas e de diversas cores, apostando por quanto a grã-feérica aguentaria o que aconteceria ali em frente de todos.
─ Sinceramente, estou desapontada com você, Demetria.─ Soltou Amarantha, os fios avermelhados de seu cabelo se moveram, manchando o tecido branco adornado com dourado de seu vestido.─ Realmente pensei que, após cinquenta anos, você pararia de ser tão inconsequente, impulsiva e malcriada. Mas, aqui nós nos encontrando novamente, você novamente decidiu que me provocar e novamente terei que puni-lá por isso.
Amarantha sorriu e um estalo de dedos foi realizado.
Demetria não teve nem tempo de raciocinar as palavras ditas quando sentiu um punho se chocar contra seu maxilar, dor se espalhando e piorando com as mãos que agarraram seus cabelos, puxando sua cabeça com firmeza e a mantendo parada enquanto mais uma vez, o mesmo punho se chocou contra sua tempora antes de sua visão girar fortemente, a grã-feérica foi lançada ao chão vermelho com mais um soco. A cabeça batendo com força naquele piso que, cinquenta anos atrás teve sua cabeça chocada contra ele repetitivas vezes até seu sangue jorrar e o seu irmão teve a garganta rasgada sendo deixado ali naquele mesmo piso com seu sangue e o piso se tornando um só, sua cabeça girou novamente enquanto dor explodia em suas costelas que acabaram de ser atingidas por um forte chute. Não havia dúvidas que não sairia dali consciente e sem hematomas espalhados por seu corpo, não quando Amarantha sorria com perversidade, não quando a criatura que a espancava agarrou um dos dedos da fêmea e sem dó ou remorso, o torceu com força, girando-o lentamente para o lado, não parando quando Demetria gritou em meio ao choro causado pela dor, chorou e implorou para que ele parasse, implorando para que o mandasse parar Amarantha, gritando com a voz fraca e sem fôlego que havia aprendido a lição, mesmo que estivesse mandando mensagens mentais para seu parceiro, tentando manter ele continuasse parado, vestindo sua máscara de insensibilidade. Para que continuasse a olhando como se fosse um mero verme e não a pessoa mais importante dentro daquele salão.
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Corte dos Pesadelos
Hayran Kurgu⊱ Cidade Escavada, também conhecida como Corte dos Pesadelos, é um lugar perverso, o berço das pessoas mais desprezíveis da Corte Noturna, onde a escuridão dominava tudo. Apesar de ser um belo exemplo do inferno na terra, era a única coisa que Dem...