seven. the one blessed by the cauldron

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Alis lhe arrumou um novo quarto, longe o suficiente para que não conseguisse ver as feições de Tamlin, a não ser que desejasse. Silenciosamente, Feyre agradeceu à aia por isso em algum momento enquanto enrolava-se nos lençóis macios, controlando seu cansaço e desfazendo os curativos em torno de seus braços, deixando os ferimentos que agora não passavam de meros arranhões. Em algum momento, consideraria oferecer um pouco mais de confiança à Lucien pelo apoio que vinha lhe dando, ajustando-se aos seus planos não-verbalizados e fazendo o possível para que eles fossem realizados. Ele se tornara um confiável parceiro de missão e, apesar dos ressentimentos ainda lhe cegassem quando se tratava do feérico, Feyre compreendia o fato de Demetria ter defendido o mesmo.

Ela analisou o pequeno bilhete que havia sido cuidadosamente escondido entre seu travesseiro e o colchão, liberando um riso baixo de felicidade genuína ao ler as letras elegantes que combinavam perfeitamente com o tipo de macho que Ludovik sempre mostrou ser. Uma boa mudança nos planos acabara de acontecer.

Estava quase tornando-se impaciente quando houve pequenos toques em sua porta, ela rapidamente fez o possível para parecer a fêmea mais lamentável que já existira, antes de abrir as portas para Ianthe. A sacerdotisa lhe olhou, as sobrancelhas loiras franzidas e um ar falso de preocupação rondando suas feições. Feyre não precisou de muito para forçar um choro, jogando-se nos braços da sacerdotisa como uma feérica desamparada que buscava pelo apoio de uma amiga, uma imagem cuidadosamente pintada e que poderia facilmente ser considerada uma falha.

─ Calma, querida, você precisa respirar.─ Profere ela, aproximando-se do jarro da mais nova cômoda de Feyre e derramando a água em um copo.─ Tome um gole, acalma-se, o dia fora agitado o bastante.

Fingindo tremores, Archeron mal tocara no copo e o devolvera para Ianthe, respirando fundo de forma abalada.

─ Sinto muito, por tudo.─ Murmura, entrelaçando os dedos no próprio colo.─ Esse deveria ser uma comemoração, algo feliz.─ Choraminga e acerta um tapa na própria testa, encolhendo-se.─ Estúpida humana, que nunca aprende.

─ Oh, Feyre... Me escute, tudo bem?─ Ianthe tocou nos ombros da fêmea, confortando-a.─ Tamlin cometeu erros, ele está tentando concertá-los, tentando se mudar para você.─ Ela pisca os olhos, sorrindo.─ O importante agora é compreender os tropeços em uma caminhada tão longa e que perdoar Tamlin faz parte de um processo importante para vocês dois como um casal.

Feyre franziu as sobrancelhas, erguendo a cabeça e levando uma mão para as da sacerdotisa. Ah, ela não conseguia acreditar que ouvira palavras como aquela.

─ Então, o que você fez com minhas irmãs também foram apenas um tropeço de Tamlin?─ A voz soa levemente gélida e os olhos opacos obrigando Ianthe a recuar, no entanto as mãos de Feyre agarraram seu pulso, tão quentes quanto fogo. A sacerdotisa grunhiu, sentindo a pele borbulhar embaixo daquelas palmas.─ Ou, talvez, um tropeço seu? O sofrimento delas foi um tropeço de sua caminhada, Ianthe?

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