five. warnings to nightmares

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Feyre não compareceu no hall de entrada para receber os generais e príncipes de Hybern, Brannagh e Dagdan, que vieram acompanhados com a presença de Jurian. Ela fingira estar aterrorizada por presenças tão perto de si, refugiando-se em seu belíssimo quarto, mantendo os olhos prontos para derramar falsas lágrimas quando Tamlin se aproximava, buscando oferecer algum conforto e sempre reforçar o quão necessário é manter o reino feérico ao lado da Corte Primaveril. E, todos os dias, Alis depositava uma bandeja em frente a sua porta para que se alimente, pois se recusava dividir a mesma mesa com os generais e Hybern. Há murmúrios sobre Feyre estar escondendo-se de Tamlin, sobre ele ter decepcionado-a mais uma vez, sobre o Grão-Senhor ter retornado aos antigos hábitos e estar usando a insatisfação da fêmea para mantê-la trancafiada no próprio quarto.

Enquanto Feyre continuava a construir sua imagem de uma fêmea fragilizada e temerosa, Lucien observou muito mais do que costumava fazer e manteve os ouvidos atentos. Agora, Tamlin e Ianthe ocupavam-se em guiar os generais e Jurian para a muralha, observando-os buscar por falhas na magia, realizando relatórios. E, em vez de acompanhá-los, Lucien permanece na mansão, deixando claro o quanto repudia o tratado que possuem com o reino estrangeiro, assim os sussurros tornam-se mais fáceis de escutar e lentamente alastrar a silenciosa discordância pela mansão.

Aos poucos, ambos criavam uma armadilha feita de teias conforme preparavam o momento ideal para que pudessem reunir todas as provas e retornar para a corte que pertenciam.

Naquele dia em específico, a ex-humana caminhou por entre as rosas vermelhas do jardim que já pertencera a mãe de Tamlin, os dedos roçando nas pétalas. O sol mal aparecera entre as nuvens e as atenções estavam focadas nos últimos preparativos para a comemoração do Solstício de Verão que se esticaria ao longo das horas. Porém, Feyre já estava abanando uma saia esvoaçante e brilhosa. Botas pesadas esmagaram a grama verde, ela sabia quem estava ali antes mesmo que pudesse virar-se.

Tamlin não disse nada, nem ao menos pareceu hesitar em fazê-lo. Apenas a observou, trajando um adorável tecido branco e aparentando estar distraída o bastante para sequer notá-lo. Então, lhe deu as costas, distanciando-se quase como se fosse doloroso vê-la, sem notar o sorriso zombeteiro crescente nos lábios da feérica Archeron.

Feyre portou-se como uma boneca, deixou-ser colocada nas costas de uma égua pálida que exibia flores selvagens em sua crina, aproveitou a suavidade da capa luxuosa que Alis lhe entregou para a cavalgada até as colinas. Lá, Ianthe realizava seu teatro. A sacerdotisa voltada para um altar decorado por flores e primeiros grãos e frutas do verão. E, mais uma vez Archeron se forçou a trazer novamente aquela paixão já cinzenta conforme mantinha os olhos fixos em Tamlin quando o mesmo lhe desceu do torso da égua, ela sorrira para ele, vendo-o iludir-se com as memórias. Feyre traçou seu braço ao dele, caminhando ao lado do Grão-Senhor para o altar de pedra. Ela não lançou um olhar na direção de Lucien que os seguia, acompanhado com a família real de Hybern e Lucien.

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