ten. blood is paid with blood

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Para sua última tarefa, Feyre recebeu de volta sua velha túnica e a calça. Todas elas manchadas, rasgadas e fedidas. Porém, apesar do fedor, ela manteve seu queixo erguido durante todo o caminho até o salão do trono. Portas se abriram, e o silêncio lhe recebeu. Ela aguardou as provocações e os gritos, esperou ver ouro reluzir nas mãos dos apostadores, mas, daquela vez, todos os feéricos lhe encararam, os que estavam mascarados pareciam particularmente atentos.

Esperança. Demetria disse que viu esperança nela. Mas, Feyre não achou que fosse apenas preocupação estampada em seus rostos. Ela precisou engolir seco quando alguns dos feéricos levaram seus dedos aos lábios e depois, estenderam as mãos para ela; era um gesto para os caídos, um adeus aos mortos honoráveis. Não havia malícia naquilo. A maioria daqueles feéricos pertenciam às cortes dos Grão-Senhores... Tinham pertencido àquelas cortes muito antes de Amarantha lhes tomar as terras, as vidas. Lucien havia lhe dito que acreditava que, todos ali dentro daquela montanha, estavam jogando. Talvez ele estivesse certo...

A humana seguiu pelo caminho que eles tinham liberado... diretamente até Amarantha. A rainha sorriu quando ela parou ao lado do trono. Tamlin ocupando o lugar de sempre, próximo dela, mas Feyre não olharia para ele; ainda não.

─ Duas tarefas você já deixou para trás.─ Disse Amarantha, limpando um grão de poeira do vestido vermelho-sangue. Os cabelos da coloração mais intensa e reluzente que ameaçava engolir sua coroa dourada por inteiro.─ E falta apenas uma. Imagino se será pior fracassar agora, quando você está tão perto.─ Ela fez um biquinho, e por um momento, esperaram as gargalhadas dos feéricos.

Mas apenas poucas soaram vindas dos guardas de pele avermelhada. Todo o resto se manteve em silêncio, até mesmo os irmãos desprezíveis de Lucien, até mesmo Rhysand em meio à multidão, talvez próximo a Demetria, apenas esperando o momento ideal para agir.

Feyre piscou para limpar os olhos ardentes. Talvez, como com Rhysand e Demetria, os juramentos de lealdade dos feéricos, as apostas em sua vida e seu comportamento desprezível tivesse tido um espetáculo. E talvez agora que o fim estava próximo, também enfrentariam minha potencial morte com qualquer que fosse a dignidade que lhes restava. Amarantha direcionou um olhar contendo raiva para seu público, mas quando seu olhar recaiu sobre a humana em sua frente, ela deu um sorriso largo e amável.

─ Alguma palavra antes de morrer?

Uma infinidade de xingamentos passou por sua mente, mas em vez de dize-los, ela olhou para Tamlin. Como sempre, ele não reagiu, as feições eram como pedra. Desejou poder ver seu rosto por inteiro, no entanto, ela só precisava ver aqueles olhos verdes.

─ Amo você.─ Declarou de forma firme.─ Não importa o que ela diga a respeito disso, não importa se é apenas meu tolo coração humano. Mesmo quando queimarem meu corpo, vou amar você.─ Seus lábios estremeceram, e sua visão se anuviou antes de várias lágrimas mornas descerem por seu rosto frio. Feyre não limpou as lágrimas.

Corte dos PesadelosOnde histórias criam vida. Descubra agora