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Feyre odiava seu vestido de casamento que não passava de uma bagunça confusa de tule, chiffon e organza. O corpete era justo, o decote se curvava para destacar seus seios e as saias eram como uma renda reluzente que praticamente flutuava no ar primaveril. Não era a toa que Tamlin riu de sua figura e até mesmo Alis murmurava para si enquanto lhe vestia, mas não havia dito nada, talvez fosse porque Ianthe havia pessoalmente escolhido o vestido para completar qualquer que fosse o conto que ela cuidadosamente teceria naquele dia.
Sinceramente, Feyre poderia ter lido com tudo se não fosse as mangas bufantes, tão grandes que quase conseguia enxergá-las em sua visão periférica. Os cabelos loiro-castanho foram enrolados, metade para cima e metade para baixo, entrelaçados com pérolas e jóias. O Caldeirão sabia sobre o quanto havia se esforçado para não se encolher diante do espelho antes de descer as escadas espiraladas até o salão principal.
Sua boca ficou seca quando Alis afofou a cauda brilhante do vestido à sombra das portas do jardim. Seda e organza sibiliram e os dedos da ex-humana se fecharam ao redor do buquê pálido nas mãos enluvadas ao ponto de quase partir os caules. O tecido das luvas de seda na altura dos cotovelos para esconder as marcas, luvas que foram entregadas naquela mesma manhã por Ianthe em uma caixa de veludo.
─ Não fique nervosa.─ Dissera Alis.
─ Não estou.─ Disparou de volta com rapidez.
─ Está se mexendo como meu sobrinho mais novo durante um corte de cabelo.─ Soltou, terminando de organizar os tecidos do vestido de Feyre e lançou um olhar desagradável para alguns criados que haviam ido espiar a noiva primaveril antes da cerimônia, acabando por os enxotar. Da mesma maneira que ignorou a multidão reluzente emoldurada pelo pôr do sol que estava sentada no pátio adiante, Feyre fingiu ter visto dos curiosos. Ela brincou com um grão invisível em seu vestido.
─ Você está linda.─ Sibilou Alis em um tom baixo.
─ Obrigada.
─ E você parece a caminho do próprio funeral.
Feyre sorriu. Alis revirou os olhos, cutucando as costelas da Grã-Feérica na direção das portas quando estas se abriram após um evento imortal e uma música alegre iniciou-se.
─ Terá terminado mais rápido do que você consegue piscar.─ Garantiu a criada, as mãos encontrando-se com as costas de Feyre e lhe dando um sutil empurrão para a última luz do sol.
Trezentas pessoas viraram-se e encararam a fêmea. Todas com adornos tão semelhantes dos que tinham usado Sob a Montanha, os borrões de seus rostos se fundiam. Atrás de Feyre nas sombras, Alis tossiu para lembrá-la que deveria andar e assim, a fêmea mais nova o fez. As orbes azul-cinzentas se encontraram com o altar, observaram Tamlin. E um grande esforço foi necessário para não ceder para a tremedeira de suas pernas conforme descia as escadas e perdia o fôlego.
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Corte dos Pesadelos
Fanfiction⊱ Cidade Escavada, também conhecida como Corte dos Pesadelos, é um lugar perverso, o berço das pessoas mais desprezíveis da Corte Noturna, onde a escuridão dominava tudo. Apesar de ser um belo exemplo do inferno na terra, era a única coisa que Dem...