CAPÍTULO 43

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Amkaly vinha descendo as escadas e ouviu a notícia trazida por Anael. O pai de Nara uma pilha de nervos com a notícia, e a doutora que segundo as descobertas poderia ser sua mãe biológica, ficou olhando a médica tentando encontrar semelhanças entre elas. Ficou indecisa se descia ou voltava para o quarto

  ― Alguém pode me explicar que porra está acontecendo? Primeiro, os humanos aparecem infectados, os peixes morrendo, e agora o gado. Estão nos atacando, é isso? Estamos enfrentando uma guerra biológica? Podem me dizer. ― Ziam, com delicadeza, sentou a esposa na cadeira dela e levantou da sua, arrastando-a no chão.

                ― Ainda não sabemos, mas a água está poluída. O Yatagã, um grupo de geógrafos e pessoas ligadas ao estudo das águas subiram rio acima, mapeando um possível carregamento de dejeto humano ou resíduo industrial, como o esgoto, ou até mesmo se existe a possibilidade de algum hospital jogar seu lixo nas proximidades dos lençóis e nascentes dos rios. Buscamos qualquer coisa que nos indique o que está acontecendo. Até porque, para todos lá fora, aqui dentro é só uma floresta e os humanos não respeitam a natureza.

― Eu reforcei o véu de invisibilidade da reserva. Fora do nosso perímetro e por cima, ninguém enxerga nada, a não ser árvores e mais árvores. Nas lagoas e rios, eles verão uma terra seca esturricada, isso olhando de cima em aviões pequenos ou através de drones. Talvez seja por isso que, como o Anael bem falou, os humanos se sintam no direito de jogar seu lixo e seus dejetos na nossa porta ― Esther explicava ao alfa e não percebeu que uma humana se sentiu ofendida com o comentário.

― Nem todo humano é cretino ou irresponsável, como você está generalizando. ― Sandy não conseguiu ficar calada, mesmo que estivesse hipnotizada com a voz doce da mulher sentada à sua frente.

― Eu não me referi a você, até porque você está mais pra híbrida do que humana. Até onde eu sei, a senhora abriu as pernas para um lobo que deixou um filho dele no seu forno. Ou estou mentindo? ― Todos no recinto pararam o que estavam fazendo para olhar as duas mulheres se ofendendo.

― ATÉ ONDE EU SEI ― frisou bem, repetindo as palavras da bruxa ―, o que eu tenho entre minhas pernas é meu, e eu dou a quem eu desejar e, naquela noite, ela queria aquele lobo. Talvez justamente por isso, para deixar lá dentro uma semente linda, e eu amei a boa gozada alucinada que eu tive. ― Enquanto falava, Sandy lambia os lábios maliciosamente e sensualmente enquanto Esther engolia em seco, sentindo vontade de pular no pescoço daquela humana atrevida e mostrar a ela o que era uma gozada alucinada. Por esse motivo, gargalhou alto, debochando das palavras daquela coisa linda e cheirosa. Seu cheiro chegava a lhe deixar tonta.

― Tem GENTE que se conforma com pouca coisa. ― E fez um gesto com o dedo indicador e polegar com a distância de cinco centímetros mais ou menos, insinuando o tamanho do pênis do A. D., deixando uma mulher do outro lado da mesa corada de vergonha.

― Senhora, com sua licença. O café estava delicioso, sua casa é muito acolhedora ― falou Sandy diretamente para Nádia enquanto se levantava com elegância. ― Vou dar uma volta lá fora para refrescar a mente. Se eu ficar, sou capaz de me atracar com essa aí. ― E apontou, virando o rosto para Esther, que riu escrachadamente, chamando-a com a mão em convite e batendo levemente nas pernas, convidando-a a sentar em seu colo, o que fez a índia virar o rosto bruscamente e sair gingando os quadris.

🏳️‍🌈NARA SHIVA A LOBA VOL. 01 SÉRIE AS LOBAS BRUXASOnde histórias criam vida. Descubra agora