CAPÍTULO 60

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Contêm cenas de sexo.

                Estava uma tarde quente de verão, para não dizer escaldante. A. D. estava feliz que sua mãe pediu para ele ir em casa, assim ele podia tomar um banho demorado na lagoa da reserva. De longe, viu Ananya, elegante como sempre, na varanda da casa, rindo alto. Aquele era um lar feliz.
             A médica vivia de bem com a vida, tinha ganho seu amor de volta e, com ela, cinco filhas. Isso era viver no paraíso. Uma brisa suave vinha da lagoa e A. D. sabia que era sua vontade de tomar banho. Tinha um cheiro de fumo secando ao sol, aliás, aquele cheiro o vinha acompanhando. Talvez fossem os produtos usados para lavar as roupas.

― Boa tarde, doutora. Posso saber o motivo do riso para eu rir também? ― A. D. parou em frente à casa, olhando para dentro em busca de ver o rapaz que trouxe para morar com Ananya com a autorização do Ziam. Esse gesto sutil não passou despercebido pela médica, que o olhou de uma forma interrogativa e ele não sabia o que dizer.

― Cledia acaba de me contar a última palhaçada das minhas filhas. E você, está fazendo o quê? Já terminou o serviço?

― Não, minha mãe me pediu para vir buscar uma erva e levar para o ginásio. Vão fazer infusão para os machucados dos alunos. Onde tá todo mundo? ― Tentou ser o mais natural possível. Não queria que percebessem o que de fato buscava ver, nem ele mesmo queria ter certeza.

― Jana e as crianças estão na Esther, Elinaldo foi para a lagoa tomar banho. Em casa, só tem eu e a Cledia. ― A. D. teve a impressão de que a médica frisou bem o local onde o rapaz tinha ido, como se tivesse certeza do interesse dele. Mas ela estava enganada, ele não queria saber e o motivo de estar indo rapidamente era somente para se refrescar.

Na Lagoa

Ao longe, A. D. viu o garoto nadando. As braçadas  na água eram precisas, nadava como se conhecesse o esporte aquático. Aos poucos, diminuía a distância entre a parte mais funda da lagoa e a parte mais rasa na margem. Mantinha a cabeça toda dentro da água, sem subir para respirar. Quando estava bem próximo ao outro lado da margem, mergulhou e saiu lá na frente. Foi então que A. D. viu. O rapaz estava pelado e sua bunda, que ora surgia, ora se escondia, fez a festa com o membro de A. D., que resolveu dar sinal de vida. Uma vida louca, porque ele tremia dentro da calça apertada, causando-lhe dores.

Dessa vez, ele não ia correr como fez na semana passada ao ficar excitado na frente do rapaz, então o jeito, no momento, era tirar sua roupa rapidamente e entrar na água. Se aparecesse alguém, não veriam seu membro batendo continência até para o vento.

A.D. ficou por ali, aproveitando a água fresquinha. Arriscou-se dando umas braçadas generosas. Já estava no meio da lagoa, quando avistou Elinaldo, era esse o nome dele, sair do outro lado da margem, alheio a tudo. Com certeza o rapaz não viu A. D., pois em momento algum olhou para o lado onde este estava. Ele saiu da água e se deitou na areia fina do outro lado. A. D. ficou olhando, maravilhado e ao mesmo tempo envergonhado por estar apreciando e sentindo desejo pelo traseiro de outro homem. Quando na sua vida ele olhou para outro macho? Nunca.

Ficou olhando o garoto do outro lado e, sem que percebesse, sua mão desceu, agarrando seu pau por baixo d’água e fazendo movimentos de vai e vem enquanto ele imaginava que Elinaldo estava de joelhos, com a boca sugando e engolindo ele inteiro e com as mãos acariciando suas bolas. A. D. acelerou o movimento, já de olhos fechados. O cheiro de fumo exposto ao sol ardia no seu nariz, contribuindo para aumentar seu desejo. Quando sentiu que estava perto de gozar...

― Precisa de ajuda para completar o que está fazendo? ― Elinaldo perguntou com a voz rouca e baixa.

A.D. travou e sua mão apertou grosseiramente seu membro, como se quisesse punir pelo desejo insano que estava sentindo. Ele não conseguia falar e, para completar, a traíra da sua língua lambeu seus lábios indecentemente, como se quisesse mostrar ao garoto o que podia fazer com o corpo dele. Isso, no entanto, serviu para que o rapaz entendesse como um convite ou permissão para algo que em sã consciência A. D. não seria capaz de fazer.

🏳️‍🌈NARA SHIVA A LOBA VOL. 01 SÉRIE AS LOBAS BRUXASOnde histórias criam vida. Descubra agora