🏳️‍🌈NARA SHIVA A LOBA VOL. 01 SÉRIE AS LOBAS BRUXAS

CAPÍTULO 56

           Nara enviou a mensagem para os pais, que estavam chegando e trazia consigo todas as bruxas, incluindo as crianças. 

          As lobas bruxas corriam na mata fechada aqui acolá banhada com a luz prateada da lua, Esther olhava a posição das estrelas avistando a estrela da manhã muito brilhante o que significava em breve o sol surgiria e um novo dia se abriria.

          As lobas acompanharam com a cabeça o local onde Esther olhava ao mesmo tempo que ficaram se comunicando com a mente numa conversa alegre. 

          Quando saíram de dentro da mata  avistaram a casa magnífica com a janela do quarto que foi de Nara com a janela aberta em um convite para voltar.

           seus pais e seus tios estavam na varanda esperando por todos. Barbara e a doutora Juliana  pegaram as crianças enquanto suas mães voltavam à forma humana.

Como Lilith havia previsto no início da noite, quando entraram na sala Ermelinda vinha entrando  com uma panela de tamanho médio presa entre o braço e o peito batendo um bolo de chocolate quando viu as crianças foi ao encontro das lobas pegando Lilith nos braços não era segredo para ninguém a preferência da senhora que  ao se encaminhar  para a cozinha levou consigo metade das visitas a criançada fazia uma algazarra, cada uma ganhou pequenos pedaços de bolos junto a uma mamadeira de  leite, estragaram mais do que comeram e uma a uma foi banhada e levada para o berço Logo, todas estavam dormindo no segundo andar, que foi destinado às bruxas de Salem, como Ziam as chamava. 

          Nara, Amkaly e os gêmeos ficaram no terceiro andar, próximos, no quarto que vinham usando nos últimos dias. Logo depois que todos estavam alojados, os adultos desceram, encontrando ziam, a mulher, Anael e a esposa junto com a médica, sentados à espera.

― Agora podem dizer: o que está pegando? ― Ziam pediu enquanto ajudava Nádia a sentar com mais conforto, já que não podia sentar sozinha. Sua barriga estava enorme, bem próximo de parir.

― Nádia, suas filhos chegam hoje. ― Esther levantou, tocando a barriga da alfa, circulando a mão em torno de toda a barriga. ― Já estão na posição e uma empurrando a outra. Antes do final da tarde do dia que está nascendo, suas crianças vêm ao mundo.

― Eu sei. Ontem eu não consegui dormir, não achava posição, e hoje foi pior ainda. Até agora eu não preguei o olho. O pobre do meu marido é que sofre, essa gestação é toda diferente de quando esperava a Narinha. ― Nádia passava a mão na barriga, acalmando as filhas para não se mexerem muito.

           Quanto a Ziam, por segundos notava-se o pai incrivelmente carinhoso que era, cuidando de Nádia, e todos sabiam que quando as crianças nascessem, ele assumiria todo o trabalho. Só não amamentava por falta de peitos com leite, o resto tudo ele fazia até o bebê andar por conta própria. Quando Nara nasceu, o posto de Alfa passou para o irmão e o segundo beta. Desta vez, todos achavam que Anael ficaria só ou escolheria outro beta.

― Agora podem me pôr a par dos acontecimentos administrativos da reserva, já que os particulares estão me levando à loucura. ― Ziam acariciava a barriga da esposa, que se aconchegou em seu braço, cheirando sua pele, mas todos podiam ver que em alguns momentos ela fechava os olhos fortemente, demonstrando sentir dor e disfarçando com um sorriso forçado.

― O lunático está na antiga casa da Amkaly. Achamos que ele está sem as bolsas de sangue para transfusão, por isso está tão perto. —Esther falava sem tirar os olhos da alfa que estava se esticando com uma dor muito forte. Começou a cronometrar o tempo das contrações.

—Se isso for verdade, ele está envelhecendo rápido demais e deve estar desesperado para continuar jovem, afinal esse é o maior desejo do ser humano, continuar jovem, sem ter noção de que esse desejo o torna uma pessoa solitária, amarga e triste, afinal não é fácil ver as pessoas a quem amamos envelhecerem, ficarem cheias de doenças da idade e, por fim, morrerem. Isso, geração após geração. —As palavras foram ditas por Ermelinda, a humana que não queria ser transformada em  loba mas que recebia duas vezes por ano transfusão.