CAPÍTULO 62

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          No começo da escada um policial nos aguardava começando a descer na hora que nos viu antes mesmo de aproximarmos e pela velocidade com que descia atiçou mais ainda minha curiosidade que apressei as passadas, depois de descer os dois últimos pisos uma ideia clareou na minha cabeça eu tinha que lembrar de falar isso para o meu  pai.

          O desgraçado tinha um verdadeiro fascínio por porão o que não era de se admirar, papai ia  precisar de uma equipe especializada em subterrâneos para examinar  todos os imóveis por onde Mascarenhas possa ter passado.

 .         Entramos em um corredor com paredes e portas brancas  muito longo, com duas portas de cada lado, em uma das portas tinha outro policial nos esperando, quando chegamos na porta faltou forças nas minhas pernas e só não cai por que minha madrinha me amparou Esther se aproximou dos corpos jogados de qualquer forma nas macas manchadas de sangue já endurecido pelo tempo, um mal cheiro tornava o ambiente sinistro.

―Eu esfolo esse miserável juro que esfolo, tem pelo menos alguém vivo Meneses? ― Ao deu para segurar vomitei nos meus pés, não pelo mau cheiro pútrido esse eu suportava, mas pela barbaridade e desumanidade que essas duas mulheres tinham sido submetidas ao requinte de crueldade era visível.

―Não as duas estão mortas, há mais de 48 horas ao que tudo indica elas passaram por uma cesariana sem o mínimo de cuidado necessário nesse tipo de cirurgia, seus filhos ou embriões foram arrancados a força de dentro delas da mesma forma como eram feitos na idade média, isso em pleno século 21 onde dizem que a humanidade ficou mais humana, meu Deus. ― Fazia o sinal da cruz em oração.

          Cheguei mais perto da mulher de cabelos maltratados pelo tempo  com aparência humilde se avaliasse pelas roupas simples que vestia.

          A mulher tinha uma abertura grande na barriga próximo ao ventre seus órgãos ainda expostos tinham moscas em cima, o sangue que escorreu caiu no chão e também já estava duro a mulher tinha um olhar amedrontado, como se tivesse lutado muito por sua vida, o corpo estava entrando em decomposição e nos pulsos ela tinha marcas arroxeada como se estivesse passado muito tempo amarrada, a outra estava em pior estado, com cortes precisos mais cortado do seu ventre também tinha sido tirado um feto ou uma criança ninguém sabia ao certo eu não conseguia entender essa maldade toda.

― Vou chamar a perícia forense para examinar os corpos e nos dar mais informações da morte dessas infelizes, como um ser pode ser tão cruel assim. Será que essas crianças estão vivas? E se estão, para onde foram levadas e o mais triste, o que leva pessoas como essas mulheres a se subjugarem a essa barbaridade, tomará que elas tenham tido uma morte rápida. ― Meneses e a policial tomavam as providências enquanto um outro buscava nas gavetas de um armário no canto lençóis brancos para cobrir os cadáveres.

―Eu vou avisar meu pai. ― Peguei o celular e destravei, porém, não pude continuar com o desejo, Meneses segurou minha mão na intenção de me impedir.

―Espere mais um pouco, vamos ouvir o que o pessoal da forense tem a dizer e só então colocaremos seu pai a par de tudo. ― Ele continua falando ao telefone quando teve a certeza que eu não ligaria falava quem sabe com seu chefe, mas eu não iria esperar, tinha ido aquele lugar, tentar capturar o Mascarenhas, que mais uma vez tinha escapado, e não solucionar crimes cometidos por ele, essa parte eu deixaria para a polícia resolver.

―Madrinha nós vamos embora, não tem nada que possamos fazer aqui, sinto muito Meneses. Mais aqui é trabalho para vocês, estamos indo para reserva nos mantenha informada de tudo.

          Passamos na casa somente para pegar as motos e mochilas em pouco tempo entramos na reserva, as motos pilotadas por mim e por Esther eram muito silenciosas, mas não foi isso que nos chamou atenção foi o silêncio da mata, nada se movia nem mesmo as plantas queriam se balançar ao sabor do vento, Esther desceu da sua CRF 1100L África Twain, uma moto nascida no deserto feita para qualquer terreno a da minha madrinha era vermelha com detalhes em preto, já que eu estava nem minha era, peguei emprestado do meu tio, mas não deixava de ter seu charme, era uma brós toda amarela. Também desci e toquei com a mão o solo sentindo suas vibrações estava alterado foi só o tempo de olhar para Esther ela rapidamente deitou no chão puxando os cabelos para o lado e colando a orelha no solo, por uns segundos apenas.

🏳️‍🌈NARA SHIVA A LOBA VOL. 01 SÉRIE AS LOBAS BRUXASOnde histórias criam vida. Descubra agora