Sinopse
Nara Shiva é uma loba adolescente que vira humana, filha única e herdeira da sua alcatéia , sua linhagem pura mesmo tendo 18 anos sua loba é muito velha, desde o nascimento o filho do beta do seu pai fala para quem quiser ouvir que um...
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Nara acordou sobressaltada com o barulho vindo lá de baixo. Parecia que sua casa tinha sido invadida por um exército, mesmo sabendo ser impossível. Sua casa era uma das mais seguras da reserva, sem contar que a própria reserva contava com um sistema de segurança muito bom. Aliás, tinha. Perdeu-o quando o tal do Edmundo invadiu seu território, então era bem provável a invasão.
Levantou foi tomar um banho rápido e fazer sua higiene matinal. Estava terminando de pentear os longos cabelos quando Amkaly entrou sorrateira no quarto invadindo e abraçando-a grudou em suas costas.
― Bom dia. Que gritaria é essa lá embaixo? Parece que o mundo está acabando.
― Não sei, mas, seja o que for, meu pai vai dar um jeito rapidinho. ― Virou de frente, puxando a ruiva para sentar em seu colo, beijando suavemente seus lábios, que foram recebidos de bom grado.
Antes de seguirem com o carinho, ouviram duas batidas na porta. Mandou entrar e logo viu Sandy vestindo um vestido curto de alcinha fina com desenhos geométricos e calçando uma rasteirinha de couro feita toda à mão e com o cabelo penteado em duas tranças longas cruzadas no final, terminando em uma só.
― Desculpem, mas você me preveniu para uma cama sendo espancada por dois corpos se acabando no ato do gozo e gemidos altos, não falou que eu acordaria no meio de uma guerra declarada. ― Sandy foi entrando e falando. Sentou na cama, olhando para as garotas, que riam disfarçadamente com o comentário bem humorado da nutricionista.
― Não reparem. É que meu pai e seu irmão juntos falam muito alto para os ouvidos de lobos. Só não sabia que seu ouvido também era aguçado. Mas é claro, seu corpo sofreu mudanças com a gestação. Seu lobinho mudou sua genética, acho que tem outras pessoas lá com meu pai. Ele estava muito alterado, não se preocupe, não tem nada a temer. Vamos lá, minha ruivinha linda, vá tomar banho e vamos descer para comer alguma coisa. Estou varada de fome. ― Levantou Amkaly do seu colo, dando duas palmadinhas no seu bumbum. O gesto carinhoso fez a garota dar dois pulinhos e gritar baixinho, correndo para o banheiro.
― Amor, vai descendo com a Sandy. Eu vou já, preciso desenhar umas coisas. ― Não ouviram mais nada, pois a água caindo do chuveiro era muito forte, tapando o som da voz da garota.
― Bom dia a todos! ― Nara e Sandy falaram ao mesmo tempo, chamando a atenção de todos presentes na mesa.
― Bom dia, minha princesa. E você, Sandy, dormiu bem? Não estranhou o quarto? ― Nádia perguntou com sua voz suave.
― Dormi bem, senhora. Eu já conhecia aqui, ou melhor, esse lugar, pelas memórias da Jana, a mãe da Amkaly. Eu e ela criamos a garota, escondendo tudo dela. Além do mais, passei tanto tempo fugindo para proteger meu filho que já não estranho mais lugar nenhum. ― Agradeceu à senhora que servia seu café e colocava um prato cheio com um pouco de tudo. Uma colher generosa de cuscuz fumegante, um pedaço de milho cozido, um copinho de canjica, outro de mungunzá, bolo de milho e, para quebrar a dieta do milho, uma tapioca bem quentinha com coco ralado. Era tanta coisa gostosa, que Sandy não sabia por onde começar.
