Nara acompanhada de Maya e da doutora só então perceberam que já tinham chegado em sua casa, encontrando sua mãe e Amkaly sentadas no degrau da escada descascando laranjas, onde já se via outros pedaços no chão, demonstrando não ser a primeira que chupavam. Nara abraçou a mãe e, em seguida, sentou ao lado de Amkaly, beijando-a.
― Mãe, essa é a doutora Juliana, e essa é Maya Nala, ela Amkaly e o garoto que foi com Anael, tem os mesmo pais biológicos e já mandei que trouxessem ele para ficarem todos juntos . ― Nadia levantou, passando as mãos na roupa, retirando o pouco sumo da laranja de entre os dedos para abraçar a médica, que sorria. Em seguida, abraçou a jovem que observava tudo curiosamente.
― Bem-vindas. Eu já separei quartos para vocês. Você, minha lindinha, vai ficar no quarto ao lado da Amkaly, e a senhora, no quarto ao lado do da lindinha aqui. ― Nádia passou o braço pelo da doutora e as duas entraram como se fossem velhas amigas.
― E então, o que tem a minha Deusa Lilith a ver com a conversa de vocês. ― Amkaly puxou as duas para dentro, sentando no sofá.
― Uma de nossas irmãs se chama Lilith. Eu, ela o anagrama da tríplice lua. Quanto às outras crianças, ainda não me disseram os nomes, mas a Lilith reconheceu a Nara quando ela passou a mão na barriga da Cledia.
― E eu que achava que conhecer minha lobinha estava me deixando louca. Ganhei nem sei quantos irmãos. Será que tem alguém que se parece comigo? Eu estava com o Kessa até agora. Ele é meio caladão, mas a gente se entendeu. Ele tomou a vacina para impedir o cio.
― Ele é calado mesmo e, sim, nós vamos ganhar cinco irmãs, todas bruxas de linhagens. Você e o restante de nós temos o mesmo pai. Só nascemos de mulheres diferentes porque o lunático queria manter tudo em segredo. As outras três crianças são meninos e de outra doadora. Mas estou muito contente de ter reunido nossa família toda no mesmo lugar. ― Maya abraçou Amkaly, que ficou meio sem jeito, sem retribuiu o abraço.
― A conversa está boa, mas temos que dormir. Amanhã será um dia longo. Aliás, enquanto não pegarmos esse louco, serão dias longos. ― Nara passou o braço por cima dos ombros das garotas e as três subiram.

Um mês depois
― A Cledia entrou em trabalho de parto, meninas. ― Bárbara entrou na casa sede aos gritos. Todos desceram rápido, Nádia, com uma barriga já redondinha de uma mulher de quase cinco meses de gravidez, e Maya acompanharam Bárbara a caminho do hospital.
Amkaly e Nara ficaram aguardando Esther, que pediu para falar com as duas. Algum tempo depois, Esther chegou com uma pasta nas mãos e Nara sabia que ali tinham informações importantes.
― Descobriu algo? ― Não conseguiu disfarçar a curiosidade.
― Sim, descobri e não é nada bom. ― Sentou e abriu a pasta, tirando duas folhas de papel de dentro e passando para as mãos de Nara, que também sentou, puxando Amkaly para sentar em seu colo. Amkaly, ao sentar, passou a mão em seu ombro, rodeando seu pescoço.
― Segundo esses papéis aí, a mulher do segundo Beta já foi casada de papel passado e tudo com o lunático oitenta anos atrás, teve uma filha com ele e, quando conheceu o Beta, se apaixonou. Foi realmente laçada e os garotos são mesmo filhos dos dois. ― Tirou mais outros papéis da pasta e esperou as garotas digerirem as informações.
― Ainda bem, eu fico aliviada. Não saberia dar a notícia ao meu pai afirmando que entre nós poderia ter um traidor. Vamos ter que pensar em outras possibilidades. Ninguém sabe onde esse homem mora. Para cada criança, ele tinha um lar diferente. A Jana só conhece a casa da praia; a Maya, só da fazenda; a doutora que trabalha há muito tempo pra ele só conhece o laboratório; o tal Dr. Rui, que está preso, só o hospital e o laboratório. Onde esse homem se esconde quando não está em nenhum desses lugares?―Nara não conseguia esconder a frustração.
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🏳️🌈NARA SHIVA A LOBA VOL. 01 SÉRIE AS LOBAS BRUXAS
FantasySinopse Nara Shiva é uma loba adolescente que vira humana, filha única e herdeira da sua alcatéia , sua linhagem pura mesmo tendo 18 anos sua loba é muito velha, desde o nascimento o filho do beta do seu pai fala para quem quiser ouvir que um...