🏳️‍🌈NARA SHIVA A LOBA VOL. 01 SÉRIE AS LOBAS BRUXAS

CAPÍTULO 50

               CAPÍTULO 50

Nara chegou à enfermaria, bateu duas vezes, em seguida colocou metade do corpo para dentro no momento em que a doutora pedia:

― Maya, coloque a mão na barriga dela e sinta se os bebês estão bem. ― Enquanto  examinava a pressão arterial da jovem mãe.

― Posso entrar? ― perguntou . A médica gesticulou fazendo aceno com a mão, mandando-a entrar sem tirar os olhos do aparelho. ―Vim buscar a senhora e a Maya para levá-las até minha casa. A senhora ainda não teve sossego, precisa descansar. Em pouco tempo, a obstetra virá assumir o seu lugar. Ela é ótima. Pode vir sem medo. Lá em casa vocês tomam um banho, vestem roupas limpas e comem algo decente. ― Enquanto falava, passava a mão lentamente próximo à paciente.

― Eu agradeço Nara . Estou pregada e caindo de sono, desde ontem que não prego o olho ― falava e fazia anotações na prancheta afixada ao lado da cama.

― Boa noite, mamãe. Como se sente? Me desculpe a grosseria, como é seu nome? Foi tudo tão corrido que nem tive tempo para ser educada. ― Ficou bem próxima à jovem.

― Cledia Pereira, moça, e eu estou mais para uma coelha parideira do que uma mãe humana. ― A pobre mulher dava pena. Nara sentiu seus olhos se encherem de água ao ver as mãos magras de dedos longos que a mulher passava por cima do barrigão enorme, acariciando ou, quem sabe, massageando para amenizar uma dor que talvez sentisse.

― Dói muito? ― sentou-se em uma cadeira próxima e passou a mão na barriga da mulher, que, nesse instante, parou de mexer.

― Olha só, doutora, a ninhada ficou calma de repente. Foi só a moça passar a mão. ― Cledia respirava tranquilamente com a folga que as crianças deram na sua barriga. ― Me desculpa, moça, eu falar assim. É que pra mim essa barrigada parece uma ninhada, eles mexem muito, sem contar que tiram tudo de mim. Por isso, estou assim, parecendo um cadáver. Uma coisa é sustentar um casal como foi com a Maya e o Kessa, outra coisa é gestar 3 filhotes. ― Ela tentou sorrir, mas o que saiu foi uma coisa meio torta mostrando os dentes perfeitos.

―Nara sua voz está causando  uma festa com as futuras mamães, as crianças não param de se mexer―Apontou para as mães que não estavam muito contentes.

―Todos aqui têm consciência do que está acontecendo dentro do corpo  de vocês? ― Olhou para cada mulher deitada e surpresa com a pergunta então balançaram a cabeça, afirmativamente.

―Eu sinto muito terem passado por tanta coisa ruim eu tenho uma madrinha que é ótima e apagar lembranças  ela virá aqui vai conversar con cada una e quando essas crianças nascerem cada uma vai ganhar uma segunda chance na vida com o destino que escolheram pode também ficar morando aqui tem casas e trabalho para cada una se quiserem trazer a família também serão bem vindos.―O espanto, medo e desconfiança estava presente em cada fisionomia.

Nara ainda ia comentar algo quando a médica do plantão da noite chegou junto com uma obstetra para o caso de emergências e outros médicos para o plantão do laboratório, local onde eram atendidos casos simples.

― Boa noite, doutora Juliana. Como estão nossas pacientes hoje? ― A obstetra pegou o prontuário para ficar a par do que as jovens mães estavam tomando.

― As crianças estão impossíveis, procurando espaço e, com isso, maltratando a mãe. Aumentei a quantidade de gotas por minuto. A antiga quantidade já não era suficiente. Os bebês estão crescendo rápido demais, o sangue estava pouco para alimentar esse batalhão e a própria mãe. ― A médica examinou a quantidade de gotas caindo e abriu mais um pouco. ― A paciente está reagindo bem, mas sente dores na barriga, o que é normal. Ela precisa de massagens nessas horas, e fique atenta às alterações. Ela está entrando na 28ª semana, a qualquer momento vai ser preciso fazer uma cesariana.