CAPÍTULO 32

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           Nara, examinava detalhadamente mais uma vez o resultado dos exames da Amkaly, que foram feitos a partir do sangue colhido por sua tia Bárbara, e levado para o laboratório e clínica da reserva. Não conseguia entender nada, tantas siglas e símbolos, por mais que olhasse, parecia um outro idioma. Sentiu o cheiro da loba antes mesmo de avistar sua silhueta ao longo do corredor. Ficou em pé aguardando-a entrar no seu campo de visão.

           Ananya se aproximou, andando num passo cadenciado, como se executasse passos de uma dança sensual, trajava uma blusa preta de mangas bufantes toda transparente com detalhes de pequenas flores da cor de ouro, aberta até o meio dos seios, passada para dentro de uma saia azul com desenhos geométricos coloridos, o tecido colava ao corpo exibindo suas curvas perfeitas , de quadril largo e uma bunda avantajada, pernas torneadas, nos pés uma escarpim cor de ouro, combinando com os brincos e um colar fino  cujo pingente  em forma de uma pirâmide descansava em seu colo.

          Eu admirava a elegância da loba, mas ela mesma, não se via vestida com tanto requinte, gostava de roupas esportivas, coisas que fosse fácil de arrancar do corpo, e amava tênis. De todos os modelos e cores, tinha uma coleção deles jamais se sentiria bem em cima de um salto fino como esse que Ananya tão lindamente deslizava.

― Boa tarde Nara Shiva, desculpe a demora, estava separando umas cepas de vírus, que está devastando uma raça, há deixa pra lá você não deve estar entendendo nada. Ela sorriu, se desculpando da sua falta de tato se bem que eu nem liguei, estava começando a me interessar pelas coisas que aconteciam com meu povo.

―Que é isso pode continuar o que estava dizendo, que raça, esses vírus estão matando? Espero que nossa raça não seja atingida. ― Estava realmente interessada no assunto.

― venha vamos conversar na minha sala, tem uma surpresa para você― Virando para a secretaria que nesse momento agendava uma consulta, ergue a cabeça, continuando falando ao telefone com um paciente do outro lado da linha.― peça alguém da copa para levar água, café, e gelo la para sala por favor.― fomos para a sala enquanto ela explicava a proliferação do vírus  que estava levando os humanos ao desespero, ainda não sabiam do que se tratava e nem como se chegar a cura por isso alguns cientistas estavam trabalhando em segredo para descobrir uma vacina. Mas nada que pudesse preocupar seu povo.

          Na sala Esther estava bem sentada lendo um livro sobre religião católica, mitos e crenças, ao perceber a chegada das duas marcou a página dobrando um pouco a ponta e fechou o livro depositando na mesa. Mesmo que eu não estivesse entendendo nada, esperei que uma das duas explicasse o que estava acontecendo. Sentei no mesmo sofá que minha madrinha colocando o envelope com os exames junto ao livro ali descansando sobre a mesa de vidro redonda.

―O motivo pelo qual eu te chamei aqui, é que primeiro quero te pôr a par do que descobrimos sobre a sua garota e pelo cheiro de sexo em você, digo que agora também sua companheira, estou certa? ―Ananya piscava o olho em cumplicidade com a bruxinha que balançava a cabeça afirmativamente.

―Não ela não é minha companheira, eu não a reivindiquei por que ela pediu para não assumir um compromisso no meio de tudo isso e eu respeito, essas coisas os dois tem que querer, se ela nunca quiser ainda assim vou ficar com ela.

―Mas daí vocês duas deixam uma brecha para que qualquer uma das duas seja reivindicada por alguém, no seu caso pelo Cedrick a quem você foi prometida―Esther explicava o que a loba branca sabia desde que nasceu.

―Para que eu seja reivindicada é preciso eu querer e tudo que quero agora é ficar com a ruiva, e se o Cedrick cair na besteira de me reivindicar será um lobo sem pau faço questão de arrancar, eu jamais vou abrir as pernas para um lobo macho eu tenho certeza que gosto de fêmea.

🏳️‍🌈NARA SHIVA A LOBA VOL. 01 SÉRIE AS LOBAS BRUXASOnde histórias criam vida. Descubra agora