Estou indo

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Karol sentiu desconfortos até o embarque de Lisboa para Argentina, foi muito contida para não transparecer, ainda que Rugge insistisse, as vezes ela esquecia da síndrome que o fazia sentir o mesmo que ela as vezes, mas preferia deixa-lo tranquilo. O voo para Buenos Aires foi mais tranquilo, como era o mais longo puderam dormir bastante, o que ajudou Karol a se distrair e seu corpo relaxar, a parte Rugge a amparava o tempo todo e a deixava bem grudada a ele o que lhe passava segurança.
Pousaram em Buenos Aires após 9 horas de vôo, era noite na capital, o pouso foi suave, foram liberados rapidamente da aeronave, pegaram as malas, fizeram checkout e saíram do aeroporto. Na saída Carlos ja os estava esperando com a Van da empresa, agora faltava pouco para chegarem em casa. Tudo que Karol queria era um banho quente e cama. Em pouco mais de 1 hora, chegaram em Navarro e finalmente em casa, agradeceram Carlos pelos préstimos e entraram em casa, para surpresa de Rugge e Karol, Lorenza os pediu:
- Posso ir tomar banho ja?
- Pode sim filha mas não demora muito ta, vamos logo subir também. - respondeu Rugge.
Lorenza saiu correndo rumo ao piso superior.
- Essa foi nova... - exteriorizou Rugge.
- Ela esta cansada como nós, um banho e cama é tudo o que se precisa e nada melhor do que a nossa cama pra descansar. - disse Karol.
- Sim amor, acho que vou so fechar a porta, deixar as malas na lavanderia e vamos subir o que acha? - sugeriu Rugge.
- Perfeito Baloo, quer ajuda? - segui ela.
- Quero, você fecha a porta e eu levo as maletas, porque fechar a porta não vai esforçar você. - dirigiu Rugge.
- Esta bem... - concordou Karol indo para a porta para tranca-la.
Com tudo no andar de baixo resolvido, eles subiram diretamente pro quarto, Rugge disse para Karol ir tomando banho que ele cuidaria de Lorenza. Ao chegar no quarto de Lolo, a menina estava tão sonolenta que havia colocado as calças do pijama no avesso, Rugge a trocou, a pegou no colo, a levou pra cama, a cobriu, lhe deu um beijinho, deixou a meia luz ligada e foi para seu quarto. Quando Karol saiu do banho, até estranhou que ele ja a estava esperando sair do chuveiro.
- Ué ela ja dormiu? - perguntou Karol
- Ela apagou, nem precisei contar historia, estava tão cansada que colocou a calça do avesso. - contou Rugge.
- Bom pelo menos sei que ela vai dormir bem a noite toda. - disse Karol.
- Vai sim... - a da um selinho - Vou indo pro banho te encontro ja ja. - disse Rugge.
Karol, colocou sua roupa, escovou os dentes e foi pra cama tentando se arrumar o mais confortável possível, sem demora Rugge se juntou a ela lhe amparando, a mantendo segura como no avião, o que a deixava mais relaxada e a fazia sentir menos dor. Assim pegaram no sono em minutos, coisas que somente a própria cama proporciona.
Em um campo de trigo lindo, Lorenza ia caminhando com seu vestididinho azul, passou pelo portal, vendo sua bisavó de primeira ao longe, sem demora a menina correu até lá.
- Bisabuelitaaa!!! - chamou Lorenza se aproximando.
- Minha pequena adamatis!!! - exclamou Berta ao vê-la.
As duas se abraçaram fortemente e Berta seguiu:
- Faz um tempinho que não te vejo por aqui minha doce criança!
- Estive um pouco ocupada e não conseguia relaxar para vir... - explicou Lorenza.
- Mas que bom que veio, eu estava sentindo muita saudade! - contou Berta.
- Ah eu também Bisa, eu também! E o San cadê? - perguntou Lorenza.
- Ele esta na retifica, mas logo deve ser liberado se der tudo certo você conseguirá vê-lo e... ele lhe contará... - respondeu Berta.
- Vai me contar o que? - segue Lorenza.
- Logo você saberá. Mas agora venha, venha ver que lindas calêndulas nasceram este ano. - respondeu e articulou Berta para evitar mais perguntas.
Próximo do descer do Sol, Santiago vinha caminhando pela rua principal, quando viu sua bisavó e sua irmã, ele foi até elas o mais rápido possível, pois sabia que Lorenza iria embora antes do final do descer do sol.
- Lolo!!!! - corria colina a baixo chamando Santiago.
- San!!! - correu até ele Lorenza.
Os dois se abraçaram fortemente o menino chegou a erguer a irmã por alguns instantes, depois se soltaram, se olharam e Lolo perguntou diretamente:
- Porque você ja ta indo pra retifica?
- Porque ja estou fazendo os processos! - respondeu Santiago.
- Mas falta tempo ainda! - explanou Lorenza.
- Conte a ela filho. - disse Berta.
- Contar o que Bisa? - questionou Lorenza.
Santiago olha bem para a irmã, segura uma das mãozinhas dela e a diz:
- Estou indo... para a retifica, porque ja estou indo Lolo, certamente essa é a última vez que nos vemos aqui.
- Mas ... - começa Lorenza.
- Olhe minha pequena, vai ficar tudo bem, ele vai chegar bem e sua mamãe vai ficar bem também, confie mim. - tranquilizou Berta.
- Mas porque você ta indo antes San? - perguntou Lorenza ao irmão.
- Porque quero ver a mamãe, não aguento mais de saudade dela, e a grande luz compassiva permitiu a antecipação no meu processo.
- Promete que vai ficar tudo bem com você e com a mamãe? - seguiu Lorenza meio chorosa.
- Prometo Lolo, prometo! Vamos nos ver antes do que você imagina! - contou animado Santiago.
- E eu vou garantir que tudo ocorra da melhor maneira possível e o Tio Emmanuel vai estar comigo pra dar tudo certo, vamos cuidar da mamãe pequena, confie! - explicou Berta.
- Esta bem... - aceitou - Ja esta quase na hora, me leva até o portão irmãozão? - pediu Lorenza.
- Claro Bagunceirinha! - respondeu Santiago.
- Você vem Bisa? - pediu Lorenza.
- Sempre meus amores, sempre!
De manhã na segunda o alarme tocou mas ninguém pareceu ouvir, todos continuaram seu sono, até as 12:00 quando o telefone da casa tocou, fez Karol acordar de sobre salto, mas até ela conseguir se levantar para atender o telefone parou. Sentada na cama ela esfregou os olhos, olhou para o relógio e quando viu as horas se espantou, pegou no braço de Rugge e começou a chama-lo:
- Baloo, Baloo!!
- O que amor...- atendeu ele com voz de sono.
- Ja passa do meio dia! - disse ela.
- Mais dois meses de sono e a gente vai... - se da conta, senta na cama - Mas o que?? Como assim meio dia? Dormimos tanto??? - questionou ele.
- Parece que sim... - respondeu ela.
Rugge pegou seu celular olhou as mensagens e a contou:
- Alva disse pra tirarmos o dia de folga hoje... que alivio...
- Mas a Lolo tinha escola... - lembrou Karol.
- Hoje vamos ficar em casa... to podre de cansado e sei que vocês duas também. - seguiu ele.
- Oi... - entrou no quarto Lorenza os interrompendo.
- Oi princesa... - retribuiu Rugge.
- Eu tinha escola mas não consegui acordar... - contou Lorenza se aproximando de Karol e lhe fazendo carinho na barriga.
- Sim filha nós também perdemos a hora, por isso hoje vamos ficar todos aqui na cama do papai agarradinhos os 4. - contou Rugge.
- Os 4?- questionou Lorenza
- Sim filha eu, você, a mamãe e o seu irmãozinho. - respondeu Rugge.
- Ahhh sim contando com o San! - entendeu Lorenza.
- Isso com o San. Bom mas agora venha aqui, porque vamos dormir mais um pouco e todos juntos... - disse Rugge puxando Lorenza pra cama.
- Eu ja volto... - informou Karol se levantando.
- Onde vai amor? - perguntou Rugge.
- Ao banheiro, tem alguém usando minha bexiga de travesseiro, ja quase fiz xixi na calça duas vezes... ja venho. - respondeu Karol.
Enquanto Karol entrada no corredor pro banheiro, Lorenza olhou pro pai com carinha de quem estava achando aquilo estranho e doloroso, mas Rugge logo a tranquilizou:
- Você fazia a mesma coisa, tem pouco espaço, a bexiga da mamãe enche um pouquinho e já incomoda é assim mesmo, não se preocupe.
No banheiro, Karol estava por sua necessidade, quando sentiu algo estranho sair além do xixi, ao ir se enxugar e ao olhar soube do que se tratava, respirou fundo, era o tampão mucoso, " É muito cedo pra isso sair", pensou Karol, mas imediatamente veio a voz da Dra Marta em sua cabeça lhe dizendo " Nem sempre a saida do tampão indica o incio ou o processo de parto iminente", isso a acalmou prontamente, ela terminou de se limpar, colocou as calças e aparentemente se sentia bem, voltou pro quarto e se deitou na cama sendo abraçada por Lorenza e Rugge.
Mais tarde, perto das 15:00 horas Karol acorda naturalmente, percebe Lorenza abraçada a ela, olha além da menina e percebe que Rugge não estava, ela pensou falando baixinho:
- Onde será que o papai foi??
- Ele saiu do quarto, acho que foi fazer algo de comer... - respondeu Lorenza no mesmo tom.
Karol concordou com Lorenza que ele deveria mesmo ter ido a cozinha preparar algo, por isso ela encheu a filha de beijinhos e carinhos sendo retribuída e ainda recebendo palavras doces da menina.
- Te amo tanto mami!
- Nhoi! Também te amo pequena, muito - beijinho - muito - beijinho - muito! - retribuiu Karol.
- Opa - ri - o San acordou! - disse Lorenza sentindo os movimentos do bebê.
A menina se ajoelhou na cama e começou a dar muitos beijos na barriga de sua mãe, por vezes conversava com o irmão esperando respostas em movimentos, Karol ria, se sentia feliz de ver sua filha tão animada e tão conectada com bebê. Passado um tempo, Karol ficou preocupada que Rugge não havia subido, ou as chamado, quando Lorenza fez menção de ir ao banheiro, ela aproveitou para ir ver o que havia acontecido.
Lorenza saiu na frente dela indo ao banheiro de seu quarto, Karol estava saindo pelo corredor, quando viu a porta do quarto de Santiago aberto, olhou e viu Rugge sentado na poltrona olhando pela janela, ela entrou, se aproximou e lhe perguntou suavemente para não assusta-lo:
- Baloo?? Tudo bem??
- Hum? Oi... oi Moglito... estou bem... só pensativo... - respondeu ele.
- Pensativo ? - seguiu ela
- Quando a Lolo chegou nossa vida deu uma virada... acredito que quando nosso filho chegar, vamos ter outra... - tentou se expressar ele.
- Hei... - se aproximou e sentou em um das pernas dele que a segurou - Estamos juntos lembra... - disse ela.
- Eu acho que a ansiedade esta pegando um pouco... quanto mais o tempo passa mais penso na correria pro parto... todas as coisas que precisamos organizar... - continuou ele.
- Baloo... deixa que eu me preocupo com essas coisas... - interrompeu karol
- Amor você sabe como eu fico... - disse ele.
- Eu sei, mas temos tempo, então não pense nisso agora... - disse Karol seguindo de um barulho vindo de seus estomago junto com um movimento do bebê.
- Pelo jeito vocês estão com fome... - constatou Rugge.
- Ai um montão na verdade... - afirmou Karol.
- Então vamos descer e preparar algo, ou pedir alguma coisa. - disse ele.
- Isso, assim você se distrai desses pensamentos todos.- concluiu Karol se levantando.
- Espera... - segurou ela Rugge.
- O que? - indagou Karol.
Rugge a beijou e a fez carinho na barriga, quando ele a soltou ela o sorriu, como ele amava aquele sorriso, era como se na mente dele só existisse aquele momento e nada mais.
Ao saírem para o corredor, encontraram Lorenza e juntos desceram para finalmente comer alguma coisa. Passaram o dia todo mais quietinhos e juntinhos, para descansarem e melhorarem a sensação do jetleg.
A terça chegou com pilhas a mil e rotina cronometrada, Lorenza na escola, eles indo pra empresa. Na KSP Rugge levou Karol até o ultimo andar, se despediu e foi para o 5º andar seguir com as atividades do dia. Karol entrou no seu escritório e viu Amélia dando uma arrumada em umas papeladas.
- Ah Karol ja chegou que bom!! Como esta? - Perguntou Amelia organizando os documentos em duas pilhas.
- Bem Amélia e você? - retornou Karol pegando um pouco de água no filtro.
- Estou bem, o jetleg passou. Pra vocês passou também? - seguiu Amélia.
- Sim, foi tão bom passar o dia em casa ontem, deu uma revigorada.- respondeu Karol bebendo a água.
- Sim, dar uma relaxada foi muito bom... - percebeu karol - ... Santo Deus Karol essa barriga!! - exclamou Amelia contornando a mesa rapidamente indo em direção a Karol.
- O que? - indagou Karol.
- Está mais baixa do que enquanto estávamos na Itália, você tem certeza de que esta bem?? - questionou  um pouco desesperada Amélia.
- Estou bem Amélia, tranquila... se acontecer algo juro que aviso. - tentou acalma-la Karol.
- Certeza? - insistiu Amélia.
- Sim, sim. - afirmou Karol.
Depois da preocupação excessiva de Amelia, elas seguiram com a agenda do dia que estava bem tranquila. As 17:00 Rugge foi de encontro a ela.
- Cadê a mulher mais linda do mundo?? - disse ele entrando na sala.
- Baloo!! Ja esta na hora de irmos?? - respondeu Karol.
- ja sim, temos que buscar a nossa princesa. - respondeu ele.
- Nossa hoje o tempo voou... - expressou Karol.
Ela se levantou pegou seus pertences se despediu de Amélia, foi em direção a Rugge que a segurou pela mão e antes que saíssem Amélia pediu:
- Se cuidem! E Rugge fique de olho nela... 
- Pode deixar Amélia. - assentiu Rugge.
Da empresa como habitualmente pegaram a estrada rumo ao distrito de Navarro e a escola primaria para buscarem Lorenza. A menina veio muito falante, muitos conteúdos que ela aprendeu que queria compartilhar, eles como bons pais sempre muito atentos em tudo que ela contava.
Em casa, Lorenza ajudou Rugge a começar a preparar o jantar, enquanto Karol subiu para organizar algumas coisas. Nem 20 minutos depois, Lorenza já estava atrás de sua mãe querendo saber o que ela estava fazendo e se podia ajudar.
- Estou arrumando a mala com as coisas pro seu irmãozinho pra quando ele chegar, quer me ajudar? - perguntou karol.
- Muito! - respondeu Lorenza.
- Você quer ficar com a lista e vai me falando os itens pra eu ir colocando na mala? - seguiu karol
- Eu posso ir lendo você separa e a gente coloca na mala juntas? - deu uma alternativa Lorenza.
-  Ta bom... - concordou Karol.
Assim elas o fizeram, Lorenza falava o intem, Karol o separava e ao terminar elas arrumaram bem certinho na mala do bebê, a menina fez até uns enjambres para ficar tudo tão certinho que até pra fechar foi mais fácil.
- Foi muito rápido! - exclamou Karol.
- Foi mesmo mami!! - concordou Lorenza.
- Quer me ajudar a montar a minha? - perguntou Karol.
- Você também tem que levar? - disse Lorenza em duvida.
- Sim filha, preciso de muitas coisas, olha a minha listinha aqui. - responde Karol.
- Mas ele não nasce e dai vocês vem pra casa?? - questionou Lorenza
- Não filha, mamãe precisa ficar 1 dia pelo menos no hospital pra ter certeza de que eu e ele estamos bem pra vir pra casa. - explicou karol.
- Mas você vai ficar no hospital?? O papai vai ficar com você com certeza, mas e eu?? - continuou com as perguntas Lorenza.
- Você vai junto filha! - respondeu Rugge entrando no quarto.
- Mesmo?? - ficou incrédula a menina.
- Sim pequena! Você vai com a gente! - confirmou Karol.
- Já montaram a mala dele?? Mas porque tão cedo? - questionou Rugge.
- Porque quero saber o que falta, já que nossas mães querem organizar um chá de bebe, não quero um excesso de coisas - respondeu Karol.
- Ah bom!! - expressou Rugge.
- Como montamos super rápido a do San, vamos montar a da mamãe também! - disse Lorenza animada.
- Humm, primeiro vamos jantar porque sua mãe precisa comer pra deixar seu irmão mais forte, depois subimos e montamos a mala dela, okay?? - sugeriu Rugge.
- Você vai montar com a gente Pá? - perguntou Lorenza.
- Vou sim, tem coisas que eu que compro pra mala da sua mãe! - respondeu Rugge.
- Isso é verdade! Quando foi a sua mala, seu pai que comprou quase tudo. - completou Karol.
Karol olhou para Rugge com devoção e ternura, Lorenza sorriu ao ver a cena e de saber que seu pai é sempre dedicado a sua mãe, o que a passava tranquilidade, sabia que tudo ficaria bem.
Dali desceram para comer, Rugge havia caprichado nos legumes e verduras, tinha um creme de especiarias muito bom quase como o jantar em Milão.
- Parece que alguém quis reproduzir o creme do jantar de inauguração, não é mesmo senhor? - perguntou Karol ja sabendo a resposta.
- Foi mesmo, ficou parecido?? - retornou ele?
- Ficou igual Pá, ta muito bom!! - interrompeu Lorenza.
- Ta uma delicia tudo Baloo - olha pra barriga - Não ta tudo uma delicia filho? Papai caprichou hoje! - disse Karol.
Rugge levantou da cadeira foi até Karol virou o rosto dela pra si e a beijou, Lorenza ficou quietinha. Ela aguentou um tempo a troca de beijos, mas acabou dizendo:
- Ta bom Pá, acho que a mamãe entendeu... chega né? 
- humm - se solta- Ela tem razão Baloo.... - sussurra - deixa pra depois - disse Karol.
- Ta bom filha, bom vamos terminar de comer, ai a senhorita vai me ajudar com louça e a mamãe vai ficar aqui descansando pra gente subir e arrumar a mala dela, certo? - diz Rugge.
- Sim Pá!
Eles terminaram de comer, Lorenza ajudou com a louça, mas Karol não aguentou e foi ajudar a guardar, deixando o que era muito no alto para Rugge. Com a cozinha limpa e organizada, Rugge pegou Lorenza a colocando em suas costas e subiram atrás de Karol até o quarto do casal.
- Bom mamãe, cade a lista pra gente ver? - falou Rugge.
- Não Pá, a mamãe lê agora e a gente pega depois todo mundo guarda junto na mala! - explicou Lorenza descendo na cama das costas do pai.
- É papai o negocio é participar! - disse Karol rindo.
- Então vamos lá, lê amor! - pediu Rugge.
Karol foi lendo cada intem, eles foram pegando e colocando sobre a cama.
- Bom agora falta só o chinelo e essa lista acabou! - disse karol.
Rapidamente Lorenza correu pegou um chinelo e levou pro quarto.
- Como assim a ultima dessa lista? Eu não me lembro de ter mais... - disse Rugge.
- Tem que ter coisas pra você e pra Lolo agora... - respondeu Karol.
- Ah então vamos pegar filha, pijama, chinelo, cobertinha ... - começou Rugge.
- Sim mas lembrem que tem que ser as coisas que vocês não usem sempre.... - interrompeu alertando Karol.
- Pode deixar! Vem filha vamos pegar as coisas pra depois colocar na mala. - disse puxando Lorenza pela mão Rugge.
Karol foi até a cama pra começar a guardar algumas coisas na mala, mas sentiu uma dor bem incomoda no quadril, precisou se sentar, parecia as que ela teve durante uma parte da viagem, não era insuportável, mas desconfortável. Rugge e Lorenza voltaram com as coisas da menina, colocaram na cama, de cara Rugge percebeu ela com a mão nas costas e indagou:
- Ka?
- Estou bem Baloo, é só cansaço...
- Filha vamos guardar tudo aqui e fechar a mala, depois banho e cama pra mamãe poder descansar e o papai cuidar um pouco dela, tudo bem? - disse Rugge
- Sim Pá, mas ja fiquei bem feliz de ajudar! - disse a menina toda orgulhosa.
Eles guardaram tudo na mala, Lorenza arrumou novamente tão bem e a mala fechou com tranquilidade, Rugge deixou as duas malas do lado de fora da porta de seu quarto, voltou para dar um beijo na testa de Karol, enquanto Lorenza se despedia dela para ir pro banho.

- Amor vai pro banho também, depois deita pra relaxar que eu só vou cuidar dessa bagunceirinha e ja venho. - pediu e informou Rugge.
Karol assentiu com a cabeça, Lorenza deu um ultimo beijinho na barriga de sua mãe, um abraço nela e foi com o pai pra se arrumar pra dormir.
Lorenza tomou banho rapidinho, colocou o pijama, foi pra cama com seu fiel amigo o senhor coelho, Rugge a cobriu, a leu uma história, mais uma e outra.
- Filha agora chega, vamos dormir bagunceirinha!! - disse Rugge a fazendo cocegas.
- Ta bom Pá, deixa o abajur ligado? - pediu Lorenza.
- Sim pequena... - disse ele a dando um beijinho de boa noite.
Ele acendeu o abajur, deu uma piscadinha para a menina que fechou os olhos, deixou a porta entre aberta e saiu. Estava voltando pro seu quarto quando viu as malas, ele teve um gatilho, uma sensação estranha e para não te-la outra vez resolveu levar as malas até o carro, as deixou no porta malas, fechou o veiculo, a porta da casa e subiu para cumprir com seu asseio.
Karol ja estava na cama, lendo algo no celular, Rugge saiu do banheiro, deu a volta na cama, puxou as cobertas, se sentou bem perto de Karol e começou a olhar o que ela estava lendo.
- Porque está vendo informações sobre o ... como é... Tampão? - perguntou ele.
- Só por curiosidade, era o tema do dia para as leituras recomendadas. - respondeu Karol.
- Humm, entendi... - pega o celular da não dela - Mas agora chega, vamos descansar, você precisa. - disse Rugge colocando o telefone sobre a mesinha de cabeceira.
Karol deitou de lado de frente pra ele, ficaram se olhando um tempo, ela percebeu algo diferente nele, ele o mesmo nela, mas não quiseram falar nada, Rugge apenas a puxou o mais perto de si com todo cuidado e passou a fazer cafuné nela, até que adormecesse.
Contudo, a ansiedade nele estava meio latente, as malas prontas parece que pioraram a coisa, ele não se lembrava de ter ficado tão a flor da pele quando Karol estava gravida de Lorenza, chegou a conclusão de que desta vez a sindrome era o fator diferente.


Contudo, a ansiedade nele estava meio latente, as malas prontas parece que pioraram a coisa, ele não se lembrava de ter ficado tão a flor da pele quando Karol estava gravida de Lorenza, chegou a conclusão de que desta vez a sindrome era o fator di...

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