- Você vai gostar eu sei que vai! - disse Rugge dando um beijinho no ombro dela.
Karol apenas revirou os olhos e voltou a prestar a atenção na abertura de presentes.
- Lolo. - chamou Antonella.
- Oi Nonita - atendeu Lorenza.
- Aqui seu presente - disse Antonella lhe entregando um embrulho.
Lorenza sorriu, pegou o embrulho se sentou no chão ao lado de Caro e abriu o pacote, assim que pode ver o conteúdo, colocou as mãos na cintura e olhando para as avós disse:
- Vocês duas combinaram não é??
- O que você ganhou Lolo? - perguntaram Rugge, Leo e Mau.
- Ganhei um mp3 da Abuelita e um fone bem legal da Nonita. - respondeu mostrando os dois itens.
- Vamos encher de músicas mais tarde o mp3 então! - exclamou Rugge.
- Simmm todas as suas e as da mamãe! - disse Lorenza.
Karol jogou um beijinho para a filha, que lhe retribuiu com um belo sorriso.
Depois da entrega de presentes, e de Maurício quase comer todos os doces das meias, eles pularam o cafe da manhã e começaram a preparar o almoço, como habitual, as mulheres cuidavam das guarnições e arrumação da sala de jantar e os homens das bebidas e carnes.
Como estava sobrando gente para ajudar, Karol optou por ficar um pouco com Lorenza, vendo tudo que ela ganhou e aproveitando para conversar um pouco com ela.
- Você gostou dos seus presentes pequena? - perguntou Karol
- Simmm! Sobretudo os patins! - respondeu Lorenza.
Montse passou pela sala dizendo:
- Banheiro, minha vida é um banheiro.
Karol e Lorenza riram.
- Tia Montse foi mais no banheiro agora de manhã do que eu a semana toda. - disse ainda rindo Lorenza.
- É que a sua priminha está começando a ficar sem espaço e pressiona a bexiga da sua tia, por isso ela vai bastante no banheiro. - explicou Karol.
- Ah, nem acredito que vou ter uma prima. - disse Lorenza.
- Vai sim, e em breve. - disse Karol.
- Pena que eu fiz meu pedido de Natal pra pessoa errada... - começou Lorenza.
- Humm... vai me contar o que tinha na cartinha? - perguntou Karol ja que Lorenza havia começado o assunto.
- Eu já conversei com o papai, mas eu te conto... - disse Lorenza.
- Certo, me conte. - pediu Karol.
- Eu tinha pedido um irmãozinho, mas o papai Noel disse que não era com ele... - começou a contar Lorenza.
- Um irmãozinho? - perguntou Karol se fazendo de surpresa com a notícia como Rugge.
- Sim, eu tinha ficado chateada sabe, mas o papai me disse que o papai Noel só faz brinquedos, que irmãos temos que pedir a cegonha como o papai Noel disse na carta. Então agora eu vou escrever para a cegonha. - contou Lorenza.
Karol ficou quieta, apenas trocava olhares com Lorenza que a ouviu engolir saliva e analisando sua expressão quebrou o silêncio:
- Mami, eu quero muito um irmãozinho.
Karol respirou fundo e disse tomando muito cuidado com as palavras:
- Não é algo simples filha, mamãe está cheia de trabalho, seu pai também, envolve muitas decisões... eu ... não sei se posso agora filha.
- Eu sei Mami, mas eu estou aprendendo a esperar e ... eu sei que vocês vão conseguir arrumar as agendas e tudo mais, mas eu quero muito... eu... eu... preciso. - disse Lorenza.
- Como precisa? - perguntou Karol digerindo as palavras de Lorenza.
- Preciso... eu só preciso, não tem bem um porque. - tentou se expressar Lorenza.
Karol fez carinho na filha, pensou por alguns segundos e a retornou:
- Escreva para a cegonha, quando a obra de Milão terminar eu prometo que vou pensar com muito carinho sobre isso esta bem?
- Uhum! - concordou Lorenza lhe abraçando.
Maurício apareceu na porta da cozinha as interrompendo:
- Hermanita, me empresta a Lolo um pouquinho?
- Sim, mas só um poquinho! - respondeu Karol dado um beijinho na filha.
Lorenza se levantou e foi correndo junto ao seu tio segurando sua mão, Maurício disse a levando pra cozinha:
- Preciso da minha ajudante número um!
- Oh! Quem será? - disse Lorenza rindo passando pela porta.
Mais tarde com a mesa da sala de jantar posta e quase todos reunidos, Rugge olha em volta e não vê sua esposa, vê Montse voltando de mais uma ida ao banheiro e lhe pergunta:
- Montse viu a Karol?
- Ela estava na sala agora pouco com a Lolo, mas depois não a vi mais. - respondeu Montse.
- Lolo, cadê a mamãe? - virou-se perguntando a Lorenza.
- Ela tava na sala papi. - respondeu Lorenza se sentando a lado de Maurício.
Rugge saiu em busca de Karol, procurou na sala, na sala de TV, foi na cozinha olhar pro jardim, mas nem sinal dela, lavanderia vazia, sala acustica com a porta aberta, nada, resolveu ver o escritório, abriu a porta calmamente, e a viu olhando pra fora pensativa.
- Ka? - chamou ele.
Ela somente virou o rosto para olha-lo.
- Tudo bem? - seguiu ele andando até ela.
Ela balançando a cabeça dizendo que sim, mas ele sabia que algo não estava certo e insistiu:
- Não esta não, você só vem aqui ficar sozinha olhando pela janela assim se estiver triste ou chateada, o que houve?
- Conversei com a Lolo sobre a carta, ela me contou. - respondeu Karol.
- Tudo certo amor, assunto superado. - disse ele.
- Ela me disse que vai escrever pra cegonha... - continuou Karol.
- Sim, mas é só mais uma cartinha tudo certo. - seguiu ele.
- A expliquei que lhe dar um irmãozinho envolvia muitas coisas, ma prometi que depois das obras de Milão pensaria sobre o assunto... - contou Karol.
- E ela? - quis saber Rugge, feliz por dentro por essa potinha de esperança.
- Rugge ela me disse que, ela precisa de um irmão... tom que ela usou ...eu não sei...
- Ka, a obra de Milão esta só começo, tem muito tempo pra você pensar sobre isso, então tranquila. - disse Rugge a acarinhando os ombros.
Eles se olharam, Rugge a puxou pela cintura mais para perto de si, devagar foi chegando mais perto de seu rosto até a beijar suavemente e ela retribuir lhe envolvendo o pescoço com as mãos.
- Humm - se solta - Vamos almoçar porque estão nos esperando. - disse Rugge a puxando.
No almoço todos saboreavam o que havia sobrado da ceia junto com os pratos produzidos mais cedo, de sobremesa uma bela salada de frutas com bolas de sorvete de creme e muitas conversas e brincadeiras entre Lorenza, Maurício e Léo.
Enquanto isso Montse começou a fazer caretas que acabaram terminando em uma expressão de dor.
- Filha o que esta acontecendo? - perguntou Eli, chamando a atenção de Leo que virou imediatamente para Montse.
- Tudo bem aí? - perguntou Rugge.
- Prima? - perguntou Karol preocupada.
- Esses pezinhos. - disse Léo.
- Ah, porque eles adoram colocar pés nas costelas e no estômago. - disse Caro.
- Deus Leonardo fazia isso sempre no último trimestre era eu comer e la vinha o pezinho, Bruno ficava horas com a mão na minha barriga. - contou Antonella.
- Lolo fazia isso também, mas mais no último mês, eu morrendo de fome e ela ali se mexendo. - disse Karol.
Léo ficou cuidando de Montse ate passar, quando a expressão de sua cunhada melhorou Rugge perguntou.
- Ja escolheram o nome?
- Já - responderam Leo e Montse.
- E como vai se chamar minha prima? - perguntou Lorenza.
Montse olhou para Leo, depois para todos e respondeu:
- Antonella Elizabete.
- Ou seja minha priminha Anto! - disse Lorenza toda garbosa.
Karol e Rugge lhe fizeram caretas engraçadas.
- Em homenagem as melhores avós. - disse Léo.
Antonella e Eli ficaram bem emotivas.
- Antonella Elizabete Cisneros Pasquarelli - analisava - minha netas sempre com nomes fortes - disse Bruno.
- Quem diria Papá, que depois de dois filhos teria duas netas - disse Rugge que seguiu conversando com seu pai sobre o assunto.
- Filha? - chamou Caro.
- Si Má? - atendeu Karol.
- Vão passar o ano novo na Itália? - perguntou Caro.
- Vamos Má, amanhã ja vamos junto com Bruno, Nella e Léo... - começou Karol.
- Montse vai com vocês também - interrompeu Eli.
- Ela pode viajar tão seguido assim Eli? - questionou Caro.
- O médico disse que sim, e não vou separa-los, além do mais o acompanhamento ela esta fazendo lá. - respondeu Eli.
- Ainda não me conformo que não me contou sobre isso Eli, sou sua irmã! - exclamou Caro.
- Eles decidiram como queriam contar Caro, eu juro pra você que me segurei varias vezes pra não te contar. - esclareceu Eli.
- Hunf, tudo bem. - disse Caro ainda um pouco contrariada.
- Karol, enquanto estiver lá, fique de olho na Montse pra mim. - pediu Eli.
- Pode deixar Tia, mas vamos ficar só até dia 2, dia 5 temos uma reunião importante aqui na produtora e ja temos que voltar ao trabalho. - disse Karol.
- Não vão tirar ferias filha? - questionou Caro.
- A princípio não Má, vamos ter uns dias de folga, mas questão de 10 dias no máximo, mas la pelo dia 15. - respondeu Karol.
- Filha vocês precisam de uma pausa, a 3 anos vocês não param uns dias, e tiram um tempo pra vocês. - lembrou Caro.
- Descansamos nos finais de semana, e além disso temos uma regra que depois do horário comercial não se fala de trabalho nessa casa, a não ser em situações extremas. - explicou Karol.
- Se vocês não pararem o corpo vai fazer isso, sabe bem como funciona filha. - alertou Caro.
- Sei sim Má, tranquila.
Ficaram ate tarde na sala de jantar, conversando, jogando jogos de tabuleiro, mimicas e dinâmicas em família, comeram o que havia na mesa de jantar, por fim quando o sono começou a bater em alguns, começaram a se agilizar para o banho e para se retirarem a seus quartos para dormir, afinal no dia seguinte enfrentariam aeroportos.
Mais tarde, quando todos ja estavam em seus quartos, Lorenja havia escolhido dormir com a avó Caro e já havia dormido, Karol entrou em seu quarto e Rugge estava sentado na cama abaixo das cobertas lendo um livro, ela se sentou na beirada da cama perto dele e lembrando lhe disse:
- Ainda estou esperando sabe...
- O que? - perguntou ele fazendo que não lhe dava atenção.
- Meu presente de Natal oras! - exclamou ela.
Ele a olhou, respirou fundo, fechou o livro o colocando em cima do criado mudo calmamente, se voltou a ela, segurou o edredom e puxou revelando um belo embrulho abaixo dele, a fazendo contrair os labios e sorrir misteriosamente.
- Seu presente, espero que goste. - disse ele lhe alcançando a caixa, que era um pouco grande.
Karol tirou o laço, abriu a caixa revelando um vidro de perfume.
- Ahhh um perfume da Carolina Herrera! - exclamou ela animada.
- Sim, você adora esse, vi que o seu tinha acabado e comprei outro, mesmo eu tendo que quase vender o rim, mas tudo pra você amor! Só que olhe com atenção porque tem mais coisas aí. - disse Rugge.
Karol levou o perfume ate sua prateleira na entrada do closet, como as vezes ainda era bem desastrada era melhor colocar o vidro em um local seguro. Voltando a se sentar na cama, nota que o papel de seda que estava abaixo do perfume na verdade embrulhava algo, ela abriu com cuidado a seda revelando o resto de seu presente.
- Humm Ruggerito ... - disse ela tirando as peças de roupa para fora da caixa.
- Eu sabia que você iria gostar, são 3 coisas, uma camisola, o roupão e um conjunto de calça e blusa de seda. Sei que você vai usar, alem disso o tecido é bem fresquinho. - explicou Rugge.
- O tecido é incrível, amei a cor!
Era um conjunto em tom Rose, com rendas pretas nas bordas, muito elegante, a camisola era um pouco além do que Karol estava acostumada, mas era igualmente bonita.
- Sabia que você iria gostar! - repetiu ele.
- Adorei, bom vou tomar um banho, ja venho. - informou Karol colocando as roupas na caixa e se levantando.
- Hei, e meu beijo? - indagou Rugge.
- Depois, agora preciso de um banho urgente. - disse Karol indo pro closet em direção ao banheiro, o deixando desconsolado.
Restou a Rugge voltar a ler enquanto sua esposa se banhava. 20 minutos mais tarde, Karol volta do banho, para em frente a cama e lhe diz tentando lhe tirar novamente a atenção do livro.
- E então ficou bom?
Ele tirou os olhos do livro, a olhou, ergueu as sobrancelhas, analisando cada pedacinho dela, a camisola havia ficado perfeita, o que o fez dizer:
- Mamacita!
Karol contornou a cama, se sentando no colo dele e lhe disse:
- Agora eu entendi porque você disse que iria gostar também, mas sabe achei a camisola meio inútil.
- Porque, ficou tão bem. - respondeu ele.
- Porque você vai tirar ela em alguns minutos e ela vai passar a noite toda no chão a pobrezinha. - falou Karol o olhando e lhe sorrindo com o lábios fechados.
Ele a olhou de cima em baixo, passou a lingua no lábio inferior, a olhou nos olhos e seguiu:
- Tem razão, deveria ter analisado com mais cuidado esse item. - a puxa mais perto - Mas acho que essa é função - disse ele a dando selinhos.
- Eu até poderia deixar você tirar, mas temos visitas. - o interrompeu Karol.
- Ah porquê... vamos a sala acústica então... - sugeriu ele.
- Não Rugge, não, melhor não. - deixou claro Karol saindo de cima dele e indo pro seu lado da cama.
- Que injusto. - disse ele indignado.
Karol lhe pressionou as bochechas com uma das mãos e o disse modulando a voz e lhe dando um selinho:
- Temos todo o tempo do mundo pra essas coisas, meu urso preferido, agora vamos dormir, boa noite.
Ela se deitou e virou de costas para ele, se cobriu ate a cintura e apagou o abajur. Ele passou as mãos no rosto, fez movimentos de negação com a cabeça, apagou seu abajur e se deitou também de lado, a luz indireta da sanca no teto, era bem amena, porém era possível enxergar, seus olhos se fixaram sobre as costas de Karol que por conta da camisola ficou bem exposta, " porque não pensou melhor no presente" pensava ele brigando consigo mesmo. Ele tentou se conter mas foi quase impossível, ele se aproximou dela, lhe dando beijos no pescoço, depois de alguns resolveu deslizar a mão pela cintura dela, que o segurou e disse:
- Nem pense nisso!
- Amor sério, não ta dando pra mim. - reclamou ele.
- Não vou ceder a você! - deixou claro ela.
Na manhã seguinte, Rugge começa a acordar sentindo o corpo e percebendo que tem alguém sobre ele, abre os olhos calmamente e encontra aqueles lindos olhos verdes de alguém que estava com os braços cruzados sobre o peito dele com o queixo apoiado sobre eles o olhando fixamente, assim que a viu lhe disse com a voz rouca:
- Bom dia...
Ela não respondeu, apenas lhe sorriu singelamente e continuou olhando pra ele, que lhe perguntou:
- Faz tempo que você esta acordada?
- O suficiente - respondeu ela sem desviar o olhar dele um segundo.
Ele a abraçou e percebeu que estavam sem roupa, antes que ele pudesse dizer algo, ela disse apontando o chão com os olhos:
- Eu disse que ela iria pro chão.
Ele se lembrou da madrugada e tentou conter o sorriso, mas ela não tirava os olhos dele, tinha um olhar meio sério, misterioso, ao mesmo tempo radiante, a observando com mais atenção pode perceber que seus olhos pareciam espelhos de tão brilhantes, ele a fez carinho no rosto e nos cabelos, mas ela seguia fixa com o olhar nele, que retribuiu a atenção. Com o passar dos anos o amor foi ganhando varias formas e uma delas era o silêncio que na verdade falava muito mais do que as palavras pudessem expressar. O alarme do celular tocou, sem tirarem o olhar um do outro, Rugge apenas esticou o braço e desativou o toque. Ele a segurou pela cintura a puxando mais pra cima, deixando seus rostos colados, Karol o disse baixinho:
- Temos que levantar...
Ele balançou a cabeça em negação e disse:
- Mais 5 minutos.
Trocaram beijos lentos e suaves, até escutarem movimentação no corredor.
- Temos que ir - disse Karol entre os beijos.
- Precisamos de mais tempo - selinho - pra nós dois... - disse Rugge.
- Sim... - disse Karol o olhando fixamente mais uma vez e se levantando.
Ela pegou a camisola do chão a pondo a frente do seu corpo e indo para o closet. Rugge ficou mais um minuto na cama pensativo, colocou seu relógio de pulso que estava no criado mundo, tomou fôlego e se levantou, colocou sua roupa de baixo, arrumou a cama e foi para o closet se vestir, foi em direção a pia do banheiro, mas Karol estava la escovando os dentes, ele a abraçou pelas costas, encaixando o queixo entre o ombro e o pescoço dela fechando os olhos, ela lhe fez cafuné enquanto terminava de escovar os dentes.
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Boomerang - 2 temporada
FanfictionAlguns anos se passaram, Lorenza cresceu, Karol e Rugge seguindo suas carreiras enquanto cuidam da educação e da filha. Muitas surpresas o destino vai trazer e embora eles vão por seus compromissos sempre voltam um para o outro!