Depois do momento marcante de revelar a família sobre a gravidez, Karol e Rugge se juntaram para saborearem o buffet de sorvetes organizado pelas tias. Mais tarde quando alguns ja haviam retornado a suas casas e os que ficaram se organizaram nos quartos, chegou a hora de cumprirem com sua higiene pessoal para descansarem do dia cheio.
Depois de se trocar e deixar seu marido conversando com o irmão em seu quarto, Karol foi atrás de Lorenza que havia sumido depois que tomou banho e colocou o pijama, ao descer a escada viu a filha fazendo companhia a Montse que estava trocando Anto.
- Lolo, você não esta atrapalhando sua tia certo? - questionou Karol.
- Não prima, na verdade ela esta me ajudando. - se interpôs Montse contanto.
- Estou em treinamento Má! - disse Lorenza orgulhosa de si.
- Pode guardar essas coisas na bolsa pra mim Lolo? - pediu Montse.
- Claro tía! - concordou Lorenza realizando o pedido.
Karol se juntou a elas se sentando no sofá, enquanto Montse arrumava a filha para a última mamada do dia.
Tendo guardado os itens que foram utilizados para a troca de Anto na bolsa, Lorenza se sentou ao lado de Karol observando novamente a priminha mamar, dessa vez cuidando da barriga de sua mãe, passado alguns minutos ela disse olhando com seriedade:
- Eu vou te ajudar com tudo mami!
- Eu sei que vai princesa. - concordou Karol.
- Você prefere irmão ou irmã Lolo? - perguntou Montse.
- Irmão, mas se vier irmã eu vou amar igual. - respondeu Lorenza.
- O que te fez mudar de ideia prima? - seguiu Montse agora para Karol.
- Saber que ele ja estava aqui... - respondeu.
- É ... são muitos sentimentos quando descobrimos... agora eu te entendo bem. - exteriorizou Montse.
Conversaram por mais um tempo até Lorenza começar a ficar sonolenta, se despediram de Montse a desejando boa noite e subiram, entraram no quarto com Karol contando:
- Tem alguém com sono papai.
- Melhor eu ir mano, pra deixar vocês descansarem, mas obrigado pela conversa.- disse Leo se levantando.
- Sabe que pode sempre falar comigo mano. - deixou claro Rugge.
- Eu sei! Bom... Boa noite pra vocês. - desejou Leo saindo do quarto.
Karol ajudou Lorenza a subir na cama e a arrumou ao lado de Rugge que a fez carinho circulares na testa até cair em sono profundo. Karol se deitou ao outro lado dele que a estendeu o braço para que ela pudesse se aninhar, não emitiram uma palavra, apenas se olharam com atenção e suspiraram por terem tirado o peso de revelar a família que estavam grávidos novamente.
Perto das 3 da manhã, Rugge semi acorda, sentindo que Karol esta sentada ao seu lado, meio que abre o olho na tentativa de ve-la, mas devido a penumbra não a ve muito bem por isso a chama e pergunta baixinho:
- Moglito... porque esta sentada?
Ela não respondeu, mas acendeu o abajur em baixa intensidade para não acordar Lorenza, com a iluminação Rugge conseguiu vê-la e ao encontrar seu olhar entendeu tudo.
- Aconteceu de novo. - afirmou ele.
Karol assentiu com a cabeça lhe dizendo o mais baixo possível:
- Estou bem, sei que esta tudo bem com o bebê, só é uma sensação nova.
Rugge não disse nada, apenas se deitou no colo dela que lhe fez cafuné, enquanto ele ouvia aquele coraçãozinho batendo, sentia aquela vibração engraçada na bochecha vindo la de dentro, parece que seu filho estava querendo dizer que está cada dia mais vivo.
Pela manhã Lorenza acordou cedo, tomou cuidado para não acordar seus pais, desceu para aproveitar as ultimas horas com os tios e avós, assim que chegou a sala encontrou seu tio Leo acordado trocando sua priminha, ela foi logo ajudando, alcançando as coisas para ele.
- Ja esta treinando Lolo? - perguntou Leo.
- hehe ja sim tio!! - respondeu Lorenza.
- Esta certa! Seus pais ainda estão dormindo? - seguiu Leo.
- Estão, abraçados... gosto de vê-los juntos, só não gosto de beijos. - respondeu.
- Ue porque? - questionou Leo.
- Ah não tio - brinca com Anto - me da nojinho, não gosto. - deixou claro Lorenza.
Perto das 10:00 da manhã quase todos haviam se levantado, estavam a mesa tomando café, menos Karol e Rugge, Antonella resolve subir para ver se esta tudo bem e chamá-los, chegando, abre a porta do quarto devagar e os vê sentados na cama lado a lado olhando um pro outro com Rugge fazendo carinho com as pontas dos dedos sobre o lunar de Karol descoberto. Meio hesitante Antonella bate de leve na porta lhes dizendo:
- Bom dia!
- Bom dia Mamma. - lhe deu atenção Rugge.
- Bom dia Nella! - completou Karol.
- Estamos todos tomando café, faltam somente vocês dois, esta tudo bem? - retornou Antonella.
- Esta sim ... ja vamos descer. - respondeu Rugge sob concordância de Karol.
No entanto Antonella ao invés de retornar para sala, se aproxima os dizendo com ternura:
- Olha só essa barriguinha... - os olha nos olhos - Que orgulho de vocês!
Karol a sorri enquanto Rugge da um beijinho no ombro da esposa. Achando que Antonella estava demorando muito Caro também se juntou a eles questionando:
- Tudo bem aqui??
- Sim Mamá! - respondeu Karol.
Porém como para Antonella, ver a barriguinha de sua filha exposta mexeu um pouco com Caro que caminhou até o lado da cama exteriorizando:
- Vocês dois... quem diria... casados, tendo um doce de menina e agora mais um a caminho...
As palavras de sua sogra chegaram para Rugge como um bater de gongo, enquanto sua mãe e sogra seguiam falando coisas sobre a gravidez, ele se perdeu olhando a esposa e contendo todas as memórias que vinham feito um turbilhão em sua mente, como se tivessem aberto todas as pastas e arquivos de uma só vez e a tela azul fosse esperada, mesmo que nesse caso a tela azul fosse traduzida em emoção no exterior. Para não gerar perguntas, ele disse que iria ao banheiro e deixou as três ali indo em direção ao ambiente.No banheiro apenas encostou a porta, se apoiou na pia com as mãos, esticando os braços arqueando os ombros, olhou-se por alguns segundos no espelho, seus pensamentos os levaram para algo um tanto sombrio, decisões e momentos do passado, o fazendo questionar o que teria acontecido se não tivesse tomados as decisões que escolheu. Bruno que vinha ver porque as pessoas subiam, mas não estavam descendo, viu o filho pela fresta da porta do banheiro, a abriu com cuidado, seu filho ao percebe-lo apenas se virou e o abraçou, Bruno perguntou o que estava havendo, mas Rugge apenas ficou ali abraçado a ele tentando conter as memórias e projeções. Karol seguia conversando com sua sogra e sua mãe, até se incomodar com o fato de que Rugge não havia voltado do banheiro, intrigada deslizou ate a borda da cama perguntando com estranheza:
- Porque Rugge não voltou?
Caro e Antonella pararam de falar, enquanto Karol se levantava da cama.
- Cuidado filha, não se esforce sem necessidade. - disse Caro.
- Estou bem Má! - deixou claro Karol, andando intrigada.
Ela chegou próximo ao banheiro e viu seu sogro amparando Rugge, se aproximou, fez carinho nele lhe perguntando preocupada:
- O que houve?
- Não sei Ka, ja o perguntei ele não responde. - disse Bruno.
Em uma fração Rugge se soltou de seu pai e abraçou Karol muito firme, ela o fez cafuné, tentando entender, achando que ele poderia estar emotivo apenas devido a sindrome da gravidez, mas antes que ela pudesse formular qualquer frase ele disse:
- Gatilho.
- Como assim amor, gatilho de que?? Do que lembrou? - questionou ela.
- O que sua mãe disse sobre nós a pouco, mexeu com as minhas memórias... comecei a ter projeções do que estaría acontecendo agora se eu não tivesse tomado as decisões que tomei... se eu não tivesse lutado por você.- explicou ele visivelmente emotivo.
- Você não tem os hormônios bagunçados como eu, mas parece que a sindrome esta bem latente. - externou Karol.
- Sindrome? - Questionou Bruno preocupando-se.
- Não se preocupe sogro... começou Karol.
Rugge a soltou lhe dando um beijinho na testa e lhe fazendo sinal para que o deixasse explicar.
- Estou com sindrome de couvet pai, que é quando o homem fica grávido junto com a esposa, psicologicamente claro. - contou Rugge.
- Nossa existe isso? - questiona a si mesmo Bruno bem pensativo. - Bom devido a conexão que vocês tem eu acho que faz todo o sentido.
Ao fundo de Bruno, Lorenza apareceu preocupada, Rugge a fez sinal para ir até ele, com a aproximação dela ele questionou:
- Que foi princesa? Porque está com essa carinha??
- Primeiro porque achei que tinha acontecido alguma coisa porque os nonos subiram e não desceram mais, e segundo... precisamos mesmo ir embora hoje Pá?
- Papai tem uma reunião importante na terça filha e sua mãe tem show no final de semana... - começou a reportar Rugge.
- É que eu queria ficar mais um pouquinho aqui com a Abuelita, com meus tios e com os nonos... - exteriorizou os motivos Lorenza.
Karol e Rugge trocaram olhares, mas antes que pudessem dizer algo, Bruno se interpôs:
- O nono vai tentar mudar as passagens para amanhã.
- Ela tem aula amanhã pai... - começa Rugge.
- Não tem nada tão relevante na agenda dela amanhã amor, se o nono conseguir um vôo pra chegarmos a tempo de descansar e seguir com a nossa rotina não vejo porque não, e eu também estou com saudades de todos e um dia não é suficiente pra aproveita-los. - disse Karol calmamente.
- Bom esta bem, mas temos que achar um vôo em um horário bom. - concordou Rugge.
- Então vamos ficar mais um pouquinho? - perguntou Lorenza
- Sim, Bagunceirinha, nós vamos ficar. - respondeu Rugge.
- Obaaaa!!!! - festejou Lorenza se abraçando a Bruno que a pegou no colo a enchendo de beijinhos, saindo do banheiro.
Rugge ficou rindo por ver seu pai com sua filha, mas o silêncio de Karol fez sua atenção voltar a ela.
- Esta sentindo de novo? - indagou ele.
- Sim. - respondeu ela levando a mão dele a seu lunar para sentir o borbulhar.
- Eu não sei, mas acho que logo logo vamos sentir ele mexendo. - disse Rugge a dando um beijinho na cabeça.
Finalmente todos tomaram o café da manhã, Lorenza contou que ela e seus pais ficariam mais um dia com a família, noticia que foi bem festejada. Para o almoço, com o retorno dos pais de Montse, organizaram uma linha de produção de tacos alá família Cisneros, o melhor taco da cidade do México. Foi incrivel estarem juntos outra vez, cada um cuidando de uma coisa para preparar a comida, Lorenza ficou cuidando de sua priminha Anto, enquanto os homens cuidavam da carne, Tia Eli e Ana preparavam as tortilhas, enquanto Karol e Montse cortavam os ingrdientes, Caro e Antonella preparavam os frijoles, guacamole e demais acompanhamentos.
Com as carnes prontas, Bruno foi ajudar a preparar o sour cream, Leo se juntou a Lorenza para cuidar de sua filha, Maurício estava cuidado das bebidas e Rugge foi até Karol estava cortando alfaces ao lado de Montse, a abraçou pelas costas levando as mãos a barriga dela e a dando beijinhos no pescoço lhe perguntando baixinho:
- Como esta o nosso neném?
- Esta bem... - respondeu também baixinho rindo ela.
Ele a deu beijos estalados na bochecha a soltando em seguida, para começar a arrumar o buffet de tacos na mesa da sala jantar.
O almoço foi bem caprichado, estar com a familia reunida era sempre um alvoroço, todos falando ao mesmo tempo, saboreando a comida, mas aproveitando cada segundo juntos. Com cada qual morando em um canto, com agendas lotadas esses momentos acabaram se tornando raros, porém muito prestigiados por todos.
Bruno havia conseguido mudar o vôo de Rugge, Karol e Lorenza para segunda as 14:15, o que deu uma certa folga para Lorenza passar mais tempo com seus tios e avós, ela não esqueceu de ninguém, passava no minimo 30 min com cada um, apreciando cada segundo, como quem guardava na memória cada detalhe a longo prazo, pra quando a saudade batesse pudesse mergulhar em suas memórias. No entanto quando estamos fazendo o que queremos e gostamos o tempo passa correndo, ja era horário de jantar, havia sobrado muito do almoço a ponto de repetirem a noite. Saciados do jantar, Lorenza ajudou sua tia a dar banho em sua priminha, como forma de aprendizado para quando seu irmãozinho chegar. No andar de baixo, terminavam a louça e a limpeza geral, Rugge que havia levado o lixo pra fora se da conta que Karol não esta no ambiente e pergunta:
- Sogra cade a Ka?
- Não sei Rugge, acho que ela subiu pra ver a Lolo. - respondeu dando uma possibilidade Caro.
- Não mamá, - aponta - ela esta dormindo no sofá. - interrompeu Maurício.
Rugge contorna o móvel, encontrando Karol dormindo sentada, se aproxima, a faz carinho no rosto com toda a delicadeza, ela respira fundo e ele a diz:
- Vamos subir amor, tomar um banho e ir pra cama... vem - insiste - eu te amparo.
Ela levantou devagar com um olho meio aberto e o outro fechado, Rugge a segurou pela cintura e a ajudou a subir as escadas, a deixou no quarto e buscou Lorenza para também tomar banho. Elas tomaram banho juntas, mas Karol estava muito exausta, tanto que ficou encostada no caixilho da porta do banheiro dormindo. Rugge ajudou a filha a se vestir e a colocou na cama, depois puxou Karol devagar a ajudando também a se vestir.
- Estou tão cansada Baloo... - exteriorizou Karol com a voz rouca.
Rugge não disse nada apenas a acomodou ao lado da filha que havia se entregue ao sono. Ele se deitou em seguida, mas antes de fechar os olhos, sentiu a barriguinha de Karol conversando mentalmente com o bebê até adormecer completamente.
No dia seguinte, havia um alvoroço no andar de baixo da casa que acabou acordando Rugge, ao abrir os olhos deu de cara com Karol muito próximo a ele, percebendo que estavam na mesma posição que se deitaram pra dormir, ele deu uma esticada no corpo, no entanto Karol estava abraçada a ele como de costume, ele a deu um beijinho testa para tentar acorda-la, mas as risadas altas que atravessavam a porta como se ela não existisse acabaram a acordando.
- O que será que estão aprontando la em baixo? - questionou ela bocejando.
- Não faço ideia... - nota a cama vazia do outro lado - Mas Lolo deve estar la. - respondeu ele a observando olhando pra baixo.
Ele a observou alguns segundos quando seus olhares se encontraram outra vez ele perguntou:
- De novo?
- Uhum... - confirmou ela.
- Ele esta querendo se mexer... - exteriorizou Rugge em meio as gargalhadas vindas de fora do quarto.
Com o volume da balburdia vindo do térreo, os dois resolveram se levantar, se arrumaram e desceram para tentar entender o que estava acontecendo. Ao descerem as escadas viram Antonella, Caro e Tia Ana tirando coisas de dentro de sacolas e mostrando pro resto da familia. Saindo da escada Rugge indagou:
- O que esta acontecendo?
- Ah finalmente acordaram! - exclamaram Antonella e Tia Ana.
- Fomos pro centro mais cedo e compramos algumas coisinhas pra vocês... - aproxima de Karol a afagando a barriga - Na verdade pra esse bebê. - contou Caro.
- Mamiii olha essa roupinha que pequena. - mostrou Lorenza.
- Na verdade eu comprei algo pra você Ka. - disse Tia Ana procurando nas sacolas.
Karol riu, ainda que seguisse cansada, Rugge se sentou na poltrona em frente ao sofá a puxando em seu colo, enquanto suas mães continuavam desempacontando as coisas. Em um dado momento Tia Ana finalmente encontrou o que estava procurando e entregou o pacote a Karol, que o abriu com cuidado revelando uma camiseta muito inusitada que a fez rir.
- O que esta escrito ai Mami? - questionou Lorenza.
Rugge ao ver a estampa passou a rir também instigando a curiosidade dos demais, logo Karol virou a camiseta para todos revelando a estampa que era um desenho de um forno escrito: " tem um pãozinho no forno."
- Nosso pãozinho... - sussurrou Rugge a fazendo carinho.
Karol se recostou nele sorrindo, no entanto viu que ainda haviam sacolas, ao notar e raciocionar disse:
- Vocês são ótimas, mas nem sabemos o que é ainda.
- É menino! - disse convicta, mas se corrigiu - Bom pelo menos eu acho que é menino. - falou Lorenza.
- Humm... - começou, olhou para Karol - Não se preocupe Ka, compramos tudo, verdinho, amarelo e branco, tudo bem neutro. - esclareceu Antonella.
- Depois que souberem o que é, quero que me contem pois quero tricotar umas coisas. - disse Ana.
Karol e Rugge confirmaram que o fariam assim que soubessem o sexo do bebê, mesmo Lorenza deixando claro sua preferência, ainda que surpreendesse a todos que ela preferia um irmão a uma irmã.
Com o passar da manhã e cada vez ficando mais proximo do horário de partirem para retornar a Argentina, Karol tratou de aproveitar para ficar o maximo de tempo com sua mãe e irmão, ficando sentada no colo de sua mãe por um longo período. Rugge e Lolo fizeram o mesmo com os demais familiares aproveitando todos os segundos, mas o horário de irem pro aeroporto se aproximava feito vento anunciando chuva. Com as malas organizadas com todos os mimos das vovós, passaram a se despedir, Lolo ficou um tempo agarrada a sua priminha, pois não sabia quando a veria outra vez e provávelmente não seria tão cedo, depois se despediu de seus avós e tios na base do choro, 1 dia a mais era muito pouco para sanar tanta saudade, contudo ela tinha aula no dia seguinte e seus pais reuniões importantes na empresa inadiáveis, a rotina precisava ser mantida para em breve, poderem reunir a familia outra vez.
Com o taxi a espera na frente da casa, Karol se despediu de sua mãe lhe afirmando que era a melhor mãe do mundo mundial, que em breve se veriam outra vez e que sempre que possivel ela faria chamadas de vídeo para matar a saudades.
- Rugge! - chamou seu genro, ao ganhar a atenção dele que se desabraçava do irmão, fazendo carinho no lunar da filha seguiu - Me mantém informada sobre esse mocinho aqui por favor! - pediu Caro.
- Pode deixar sogra! - confirmou Rugge indo abraçar seu pai.
Após abraçarem pais e irmãos eles trocaram, Rugge foi por sua sogra e cunhado e Karol por seus sogros, enquanto Lorenza se despedia mais uma vez de sua tia e priminha.
Maurício ao se despedir de Rugge o pediu:
- Cuida dela Rugge, por favor.
- Sabe que vou cuidar Mau. - deixou claro Rugge.
Com Lorenza agarrada a sua avó Caro, o alarme avisando sobre o limite do horario soou, Karol e Rugge se despediram verbalmente enquanto Lorenza dava os últimos beijinhos nos seus avós. Os 3 entraram no carro, se acomodaram, Bruno colocou as malas no porta malas e partiram, olhando para trás a familia que acenava a eles, até os perderem de vista. O ar de tristeza era nitido em Lorenza, porém seus pais também estavam um pouco abalados de ter que se distanciar da familia uma vez mais, mesmo sendo bons atores embora não mais praticantes, as expressões eram transparentes.
Cerca de 2 horas mais tarde estavam alocados em seus assentos no avião, Lorenza na janela como na ida, Karol no meio e Rugge no corredor. Sem demora assim que o avião decolou, Lorenza se aninhou bem perto de sua mãe se cobrindo, pegando no sono rapidamente, Karol ficou conversando com Rugge sobre as reuniões do dia seguinte, havia se esquecido por um instante do bebê, quando sentiu as borbulhas de novo, mas dessa vez elas foram um pouco mais intensas, sua reação imediata foi pegar a mão de Rugge bruscamente em meio a conversa e leva-la a seu lunar, assim que ela viu na expressão dele que ele havia sentido ela perguntou baixinho:
- Será que é porque estou nervosa com o voo e com a reunião de amanhã?
- Talvez amor, mas não fica pensando nisso, você tranquila, ele fica tranquilo. - respondeu Rugge calmamente.
Karol olhou pra baixo sorrindo voltando a perguntar:
- Acha que Lolo tem razão, que é menino?
- O que for vamos amar é isso que importa. Mas agora mocinha, vamos tratar de dormir 3 descansar porque vamos chegar bem a noite no Ezeiza e depois tem mais de 1 hora até em casa e amanhã é um dia cheio, tudo que pudermos poupar de energia será bem vindo. - concluiu Rugge.
Karol concordou com ele, encostada nele e em Lorenza ela dormiu, Rugge no entanto aproveitou para continuar trabalhando na música nova enquanto o sono não vinha.
9 horas depois, chegaram em Buenos Aires, Lorenza seguia dormindo então o transportes Rugge estava em ação, carregando a menina por todo o aeroporto. Após pegar as malas, incluindo as não previstas cheias de mimos para o bebê, eles atravessaram o saguão principal, ao sairem encontraram um único taxi disponível por sorte, dali em aproximadamente 40 minutos, pois havia pouco trânsito chegaram em casa em Navarro.
Desceram do veiculo, pegaram seus pertences, agradeceram a corrida ao taxista e entraram em casa finalmente, mesmo que Lorenza seguisse no colo de Rugge completamente apagada.
- Eu vou levar ela pra cama direto amor. - informou Rugge indo para o corredor.
- Ta bom Baloo, eu só vou trancar a porta e já te encontro la em cima. - avisou Karol.
Mais tarde os dois já estavam na cama, virados um de frente pro outro, Rugge a acarinhava a barriga a olhando no olhos, conversando por seu dialeto próprio. Sem perceber sensação nenhuma ele perguntou:
- Pararam as borbulhas?
- Uhum, acho que era saudade de casa. - respondeu Karol.
- Eu disse que eram voos seguidos, quer queira quer não sempre ficamos apreenssivos, então você passou isso pra ele, não era nada demais, mesmo que eu queira muito sentir e ver ele mexendo, mas tudo tem seu tempo. - concluiu ele bocejando em seguida dela.
A noite passou tão rápido que parecia ter tido apenas 2 horas, o alarme soou anunciando o dia e a rotina tinha que ser cumprida. Meio relutante Rugge se levantou, chamou Lorenza e desceu adiantar o café, Karol saiu da cama, deu uma leve arrumada, cumpriu sua higiene, trocou de roupa e foi pela filha, para ter certeza de que estava pronta para a escola, ambas estando prontas elas desceram, se sentaram a península começaram a tomar o café, quando Karol olhou Rugge e começou a rir.
- Que foi?? - questionou ele
- Vai trabalhar de pijama? - retornou ela rindo.
- Nossa!! Vou me trocar - diz ele se olhando e rindo.
Com todos prontos e bem alimentados com o café, partiram rumo a escola de Lorenza, que parecia ainda um pouco sonolenta, meio que em um efeito rebote, de tanto dormir deu mais sono. Da escola primaria de Navarro, foram direto rumo ao centro de Buenos Aires para a KSP.
Ja na empresa, Karol se despediu de Rugge o desejando sorte com a reunião, subiu direto para seu andar pois hoje a Karla passaria o dia todo ajustando detalhes do anfiteatro da LPS Milão e ela precisava estar atenta a todos os detalhes.
No quinto andar Rugge foi direto a sala de reuniões, Alvarenga ja estava la com algumas pastas referente as agendas, faltavam alguns integrantes da banda chegarem, mas ainda havia tempo.
Cravadas 10:00 em ponto no relogio e com todos presentes, sentados em seus lugares Alvarenga anunciou a pauta e passou a palavra a Rugge que descorreu sobre a mudança drástica na agenda sob alguns contestamentos.
No ultimo andar do prédio, na sala de Karol, estavam ela, Karla e Amélia, decidindo sobre que tipo de revestimento e cores usariam no piso do teatro, Karla estava explicando sobre carpets de materiais recicláveis e de acústica mais abrangente. Karol estava atenta a explicação, vestia uma camisa mais soltinha que não denunciasse tanto sua gravidez, afinal por enquanto na empresa a uncia pessoa que sabia era Amélia, mesmo que Rugge fosse contar a equipe durante a reunião, ela preferia manter tudo o mais discreto possível. Terminado a explicação sobre o piso reciclável, Karla foi procurar onde estavam as imagens do proximo tipo de revestimento, fazendo Karol tirar um pouco a atenção de Karla, ela trocou algumas palavras com Amélia que lhe deu alguns papeis pra assinar e saiu da sala rapidamente para despacha-los. Com Karla seguindo sua procura pelas imagens ilustrativas, Karol olhou um pouco pela janela, apreciando o dia de sol entre nuvens, ao voltar sua atenção para dentro da sala ela olhou pra si, reparou um botão de sua camisa se movendo razoavelmente, levou as mãos a barriga e ao sentir fechou os olhos, aproveitando o momento, seu bebe estava se mexendo e muito. Ela abriu os olhos novamente, observando seu ventre se mexer, enquanto Amelia retornava a sala e Karla parecia ter encontrado as fotos que queria mostrar, mas em um salto ela saiu da cadeira e anunciou:
- Preciso falar com o Rugge eu ja volto.
- Mas Karol eles ainda estão em reunião... - começou Amélia.
- Eu sei, mas é importante. - disse Karol a interrompendo e saindo da sala.
Ela correu pelo corredor, entrou no elevador que ja estava parado no andar, apertou o 5 e as portas fecharam. Enquanto o elevador descia, ela sentia seu bebe plenamente, dizendo baixinho:
- Vamos contar pro papai.
No quinto andar, Karol saiu do elevador feito um raio, encontrou Juan em sua mesa logo perguntando:
- Onde eles estão?
- Na sala A. - respondeu Juan.
- Ótimo. - disse Karol andando na direção da sala.
- Senhora, eles ainda estão reunião, sabe que não gostam de ser interrompidos. - alertou Juan.
- Eu sei! - confirmou Karol andando mesmo assim.
Ao chegar na porta da sala, ela respirou fundo e bateu na porta leve, mas sonoramente e abriu a porta.
- Com licença, eu posso falar com o Ruggero um pouquinho? - perguntou Karol se contendo.
- Karol estamos no meio de uma reunião. - deixou claro Alvarenga.
Mas ela olhou pra Rugge fixo lhe dizendo com o olhar que era algo importante.
- 2 minutos Alva. - disse Rugge se levantando.
- E nem um segundo a mais, afinal você quer mudar a agenda toda. - brandou Alvarenga.
- 2 minutos, aproveitem pra tomar uma agua. - sugeriu Rugge saindo pela porta a fechando.
No corredor a uma distância da porta Rugge se virou para Karol perguntando:
- O que aconteceu de tão importante que não dava pra esperar?? Sabe que o Alva é m... - perguntou e começou a falar Rugge.
Karol não deixou ele terminar de falar, pegou aos mãos dele de imediato, as levando até seu ventre que mexia contundentemente.
Ele parou completamente de falar ao sentir os movimentos nas mãos, a olhou suspreso e ela o sorriu dizendo:
- É o nosso bebê.
Ele foi invadido por muitos sentimentos, se lembrou de quando Lorenza começou a mexer, mas esse bebê mexia muito mais do que ela, quase como se quisesse dizer algo, em um impulso Rugge puxou Karol para um abraço firme a erguendo um pouquinho, ele seguia sentindo seu filho se movendo.
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Boomerang - 2 temporada
FanfictionAlguns anos se passaram, Lorenza cresceu, Karol e Rugge seguindo suas carreiras enquanto cuidam da educação e da filha. Muitas surpresas o destino vai trazer e embora eles vão por seus compromissos sempre voltam um para o outro!